Capítulo Dois - Gabriel

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Sofia sentou-se no degrau da entrada.

Queria ir embora daquele lugar. Mal conhecia as pessoas, mas, se chegasse a casa sem a prima, lhe arrumaria problemas e estava se esforçando ao máximo para que a amizade entre elas realmente funcionasse.

Aline e o tio eram tudo que havia restado em sua vida, depois do acidente que levara seus pais.

A prima havia prometido voltar para buscá-la, mas, depois de tanto tempo, Sofia começava a desconfiar da promessa. Aline sempre perdia a hora, quando saía com André.

O relógio marcava pouco mais de onze da noite e o dinheiro havia ficado na bolsa da prima. Como faria para ir para casa sozinha, em uma cidade nova e sem ter como pagar um transporte?

Encarou o céu estrelado, pensando em como sentia falta da fazenda e da vida que levava, antes de São Paulo. Aquela cidade não combinava com ela. Não havia nada lá que ela quisesse. Nada... Exceto Gabriel.

Fechou os olhos por um segundo. Sentia ainda o perfume dele. O toque rápido de seus lábios nos dela.

Bem que ele poderia aparecer! — pensou e sorriu.

— Se continuar sorrindo assim, vou ter que roubar outro beijo! — a voz acelerou seu coração no mesmo instante.

Os olhos se abriram para encontrar o garoto mais lindo que ela havia conhecido na vida, em seus jeans desgastados e camiseta branca. Ele sentou-se ao seu lado.

— O que faz aqui fora? A festa está lá dentro, sabia?

— Não conheço ninguém e nenhum deles parece querer mudar isso!— Deu de ombros.

— Odeio essas festas chatas! Só vim até aqui porque meu pai exigiu. Ele acha que eu preciso frequentar um "clube de respeito" — Fez aspas com os dedos, fazendo Sofia rir. — Quer conhecer um lugar realmente legal?

— Não posso! Estou esperando Aline. Se ela não me encontrar...

— Só alguns minutos, Cinderela, prometo que a trago de volta antes da meia- noite. Sua prima não vai voltar antes disso, acredite!

Sofia pensou por um segundo, mas como podia resistir a um convite dele? Qualquer segundo ao lado de Gabriel valeria por todas as broncas da vida.

Seguiram correndo de mãos dadas, como dois fugitivos pela noite, deixando o barulho da festa para trás.

Pararam perto de uma motocicleta.

— Você vai pilotar?

— Por quê? Não confia em mim?

— Confio, mas...

Gabriel colocou o capacete em Sofia e prendeu a fivela em seu queixo.

— Meu Deus, você fica linda até de capacete! — Sorriu, fazendo o calor no estômago de Sofia aumentar.

Subiu na moto e esperou que a garota fizesse o mesmo.

— Agora você precisa me abraçar! — Sorriu guiando os braços delicados, até se fecharem em torno de sua cintura.

o Amor que eu Rejeitei (DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora