Um zunido infinito que nunca acaba, sinto a adrenalina correndo em minha corrente sanguínea sem nenhum motivo, lutar ou correr, de quê? Talvez correr de mim mesmo, deve ser essa a mensagem que meu cérebro tenta passar todos os dias, graças a algo que eu mesmo criei, esse desejo de questionar a realidade e ser racional acima de tudo mesmo sabendo que seria algo impossível em meio a tantas perguntas que talvez nem em milhares de anos nós humanos teremos respostas; fui muito presunçoso ao questionar deuses e crenças populares, achando que assim estaria me livrando de uma bolha, talvez sim eu tenha conseguido estourá-la, só não planejei a queda. As maiores consequências de ter estourado estes pensamentos colocados de antemão eu ainda sofro e talvez irei de sofrer para sempre, mas os primeiros anos são sempre mais complicados e sinto que no meu interior eu esteja acostumando com este lapso de realidade que criei entre meu consciente e mundo real, a ansiedade e a despersonalização são partes de mim agora, e removê-las seria o mesmo que matar o que me faz um ser heterodoxo e único.
