Capitulo 3

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-Boa noite meu amor - Disse com sua voz suave como fazia toda noite ao botar seu filho para dormir. A moça de cabelos ruivos apagou o abajur e saiu do quarto ao som de um "durma bem".

A casa estava pouco iluminada pelas brechas das janelas, foi para seu quarto e se deitou sozinha em sua cama de casal, já que era mãe solteira.

Ouvira passos. Devem ser as crianças, pensou, se levantou e saiu em direção a porta.

-Augustus? Está tudo bem? - Disse abrindo-a - Não havia ninguém a sua vista, então andou em direção ao quarto do seu filho, já segurava a maçaneta da porta com a intenção de abri-la mas a largou com a sensação de ter alguém a suas costas, virou-se como se esse movimento dependesse de todas as suas forças vitais para serem realizados. Querendo ou não ela já sabia o que a esperava, talvez não com tanta precisão, mas sempre sabemos quando algo de ruim está para nos acontecer.

-Xiu - Disse alongando a palavra, um cara com uma mascara preta que deixava somente a boca e os olhos de fora, a segurava por trás com a mão em sua boca. Cristina soltava murmúrios e pedidos de socorro abafados pela mão do homem a quem agora a arrastava para trás, ele a deitou no chão, sem fazer quase nenhum barulho, ficou sobre ela e tirou uma faca da calça, levantou-a e apontou-a para Cristina tirando a mão levemente de sua boca enquanto fazia sinal para que ela não gritasse.

-Foi assim que ela se sentiu, você acha que ela não sabia o que a aguardava? Tudo por um canalha - Disse o assassino, suas palavras saiam tão friamente e convictas, como se ele tivesse presenciado tudo, e soubesse cada parte da história, e sabia, por isso estava lá, fazendo o que fazia com as pessoas que achava que merecia.

-Como você sabe? - Disse gruindo- Quem é você?- Estava com medo e respirava com dificuldade, e quando soube do que ele falava foi como um caminhão passando por cima de si, Cristina teria o que merecia, o que ela mesmo teve capacidade de fazer.

-Por favor! Não me mate, meu filho só tem a mim, eu não tive culpa do que aconteceu, não tive culpa de ter sido traída friamente.

-O filho dela também não, aliás, seu marido irá cuidar dele melhor do que você já cuidou em sua vida toda- E em um rápido movimento o homem enfiou a faca em seu peito, e Cristina soltou um gemido, então ele fez esse movimento mais duas vezes até ver que ela não respirava mais.

Tampou o rosto da mulher com um pequeno lenço branco e saiu como se tivesse acabado de salvar um pobre gatinho de uma arvore, sem nenhum remorso, estava fazendo isso por seus motivos, motivos que ninguém mais conhecia, nem os jornais que provavelmente publicariam este caso de morte no dia seguinte, ninguém da mídia, só ele, possuía sua própria vingança e se orgulhava disso.

Limpou as maçanetas que havia tocado com um lenço preto, apagou todas as luzes da casa e foi em direção ao seu carro estacionado a um quarteirão dali.

(...)

Tinha acabado de se deitar quando seu celular vibrou, Clarie se virou e o encarou vendo que recebera uma mensagem de Rebecca , sua melhor amiga da antiga escola, uma das poucas pessoas que não havia se afastado e que agora estava em outro estado fazendo uma faculdade de psicologia.

"Olá amiga, estou com saudades, como foi seu primeiro dia na faculdade? Me sinto presa aqui, não sabia que faculdade em tempo integral seria tão cansativo" Clarie lia a mensagem com um sorriso bobo no rosto e rapidamente respondeu.

"Oi, também estou com saudades. Hoje foi um bom dia, a faculdade serviu para clarear a cabeça, ocupar a mente com outras coisas, alias, fiz uma amiga, bem estranha por sinal mas ótima pessoa."

"Ótimo que tenha gostado! Só não vale me trocar pela primeira pessoa que aparecer, e juízo em, apenas aproveite bastante. Boa noite"

"Nunca!... Vou tentar, Boa noite"

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⏰ Última atualização: May 11, 2015 ⏰

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