PRÓLOGO

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          — Eu contei os segundos para ver você, para ter você aqui comigo. Quero tanto estar dentro dessa sua boceta doce, ela me apertando até conseguir o que quer. Minha amada rosa, tão linda, tão perfeita, tão saborosa e tão minha. — A voz firme e rouca chega aos ouvidos da adolescente e ela sorri. Aqui está o seu sonho, seu amante perfeito com quem dividia a cama de um hotel barato nos últimos meses.

          Ele é o melhor amigo do seu pai, alguns bons anos mais velho. Mas que se importa com isso? Para o amor não tem idade, é esse o pensamento que sempre passa na sua cabeça quando está sendo amada por ele. O conheceu na igreja que frequenta perto de casa e seu pai, o reverendo, a dei xou fazer amizade com a filha mais nova de seu amor.

          — Falou com sua esposa? — A voz abaixa algumas oitavas, esse é um assunto delicado. — Vai largar ela quando?

          Ter um relacionamento com o melhor amigo do seu pai, um homem quase vinte e dois anos mais velho e ainda por cima casado, com duas filhas da sua idade, não é aceitável para a sociedade, mas para ela, é o seu conto de fadas perfeito.

          — Já falei com ela, amor, apenas queremos esperar a Louise ter idade o suficiente para entender — o homem responde sem nenhuma vontade aparente de conversar. — Agora venha aqui e dê o que é meu. — Suas mãos enormes e firmes agarram os seus braços finos e quando os retira, duas marcas vermelhas ficam no lugar. A moça resmunga pela dor infligida e faz uma careta fofa, mas para ele não é, é apenas outra má criação. — Não seja uma mimada, Lizzie. Preciso de você, não me ama mais? — Sua pergunta faz o coração da garota acelerar. Ela o ama mais que tudo no mundo, sempre provou o quanto seu sentimento é puro e sincero. — Seja uma boa menina...

          Ela confirma com a cabeça e retira sua roupa com delicadeza sob os olhares sádicos do seu amante. Quantas vezes se submeteu a apanhar dele, ser amarrada por ele, penetrada com violência e ficar sangrando por alguns dias? Mas isso é amor, o amor que ele prova para ela a cada dia juntos. Quando a menina mata aula para vê-lo é o ápice de sua adrenalina, pois em sua cabeça, ter um caso sexual com ele não é nada demais.

          — Preciso provar o seu mel, minha rosa, eu não aguento mais esperar — ele comenta enquanto esfrega a frente de sua calça, ajeitando seu pênis porque se sente um pouco desconfortável com a dureza. — Toda minha, até eu dizer o contrário.

          O homem se aproxima do corpo pequeno e passa suas mãos nas poucas curvas da garota, ela suspira e um arrepio gostoso percorre da cabeça aos pés. Ele é experiente, ele sabe o que faz para deixar a cabeça da sua acompanhante nas nuvens toda vez que esse encontro proibido ocorre.

          — Precisa parar de comer um pouco, Lizzie. — Sua voz é ouvida depois de um tempo. — Seus seios estão grandes e seus quadris um pouco mais largos, essa barriga cheia aí é um problema. — O seu olhar é severo enquanto reclama de coisas bestas sobre o corpo da moça. — Sabe que não será mais atraente para mim.

          Seu gosto é um específico e ela está deixando de se encaixar nesse tipo. Meninas jovens demais, inocentes demais, todas virgens e com o corpo de uma pré-adolescente.

— Eu amo você, faço qualquer coisa. — Sua voz soa um pouco desesperada e o homem sorri, apreciando a pequena dor causada nela. — Apenas me diga e eu o farei.

          — Vamos conversar sobre uma dieta depois, mas agora eu quero me enterrar fundo dentro dessa boceta apertada. — Ele a pega pelas pernas e ela sorri divertida, ao mesmo tempo em que enlaça a cintura dele, mas logo em seguida esse sorriso se apaga quando as suas costas são empurradas com violência contra a parede. — Você precisa do meu leite para crescer forte e eu vou dá-lo todo a você. Vai me chupar como eu ensinei?

          — Sim... sim... — ela confirma depois que a dor para. — Eu só queria compartilhar algo antes. Por favor.

          — Calada! — Sua voz é rude enquanto o seu corpo pressiona ainda mais a pequena garota contra a parede. — Não quero ser tão bruto, mas está me deixando sem opções, rosa. — Uma de suas mãos deixa a lateral da cintura magra apenas para pegar em seu rosto e o puxar com ferocidade para si. — Eu disse, calada.

          — Para — ela diz tentando afastar sua face daquela mão enorme. — Eu tenho novidades e aposto como vai amar também. — Seu rosto se ilumina com esperança. Na cabeça dela, eles finalmente irão ficar juntos. — Por favor, amor... — Sua voz é ofegante pois o homem chupa seu pescoço e vai descendo até encontrar os seus mamilos rijos. Ela consegue sentir o seu membro empurrando através da calça e seu interior queima em excitação. — É rapidinho.

          — Eu disse não, Lizzie. — Um tapa muito forte é deixado na lateral da sua coxa, é possível ouvir o barulho de choro pelo quarto. — Não seja teimosa, minha rosa. — Ele passa a mão áspera com carinho pela região marcada enquanto distribui beijos pelo rosto vermelho. — Eu só preciso gozar dentro de você e depois disso vamos conversar.

          — E-está doendo... — Os soluços se propagam pelo quarto. — Você me machucou.

          — Será que vou ter de amordaçar você para não ouvir sua voz? — O homem tem um olhar diferente agora, sua paciência esgotou-se. — Não vou conseguir controlar quando a raiva sair, então seja boa para mim. Certo?

          Loucura. Loucura pura brilhando em seus olhos quando sua mão esquerda vai para o cabelo comprido dela e o puxa para baixo, quase arrancando um punhado. Ela estremece e dessa vez não é por gostar do que ele está fazendo, a garota sente medo, pois sabe muito bem o que vem depois desses puxões sucessivos. Assustada, tenta escapar dos braços fortes sem sucesso.

          — Calma, por favor. — Tenta uma abordagem mais tranquila, mas nem isso o faz soltar seu corpo. Suas mãos desenham os contornos dela enquanto empurra cada vez mais contra a parede. — Apenas espere um segundo, não faz assim. — A menina geme de dor quando o seu amado deixa uma mordida forte na sua bochecha.

          Ele sempre dá um jeito de marcar sua propriedade. Ela era sua antes de fazer doze anos, ela era sua antes de começar a frequentar sua igreja, era sua antes de se aproximar pela primeira vez. Ela era sua, sempre foi e ninguém pode dizer o contrário.

          — Eu... por... fa-vor — suplica mais uma vez. — Escute.

          Nada!

          O homem está preso em seu próprio mundo de perversão e luxúria. Ele quer machucá-la, destruí-la, e enfim se livrar quando a obsessão passar.

          Na cabeça da moça tem apenas um pensamento: contar logo, e isso fará com que seu amado se sinta feliz e não a castigue. Ele parece contente por ter feito ela ficar em silêncio e isso o deixa nas alturas, poderia esvaziar sua porra na boceta jovem que tanto adora. Isso acaba no segundo em que uma frase inesperada deixa a boca dela, seus olhos se arregalados ao mesmo tempo que tenta assimilar a merda que se envolveu.

          — Como é? — Incredulidade respinga a cada palavra dita. — Isso é impossível.

          — Estou grávida e isso é maravilhoso... — O sorriso cresce a cada segundo enquanto na sua frente o rosto de seu amante vai ficando obscuro. — Vamos enfim poder ficar juntos. Como uma família. Certo de que eu tenho quatorze anos e meus pais provavelmente irão querer nos matar, mas tenho certeza de que no fim vai dar tudo certo.

          A garota sentiu medo num primeiro momento de contar, temendo a reação do homem, afinal o incidente de alguns dias atrás a deixou assustada de verdade. Na sua cabeça manipulada, foi apenas uma surra inofensiva por um erro dela e o amante se encontrava bêbado, o perdoou e compreendeu.

          Seu corpo é solto e quando ela sente o chão sob os pés, sorri aliviada pensando que agora os dois irão comemorar juntos. Doce engano. O primeiro soco vem forte e a faz cair como um peso morto. O segundo soco vem no momento em que ele se encontra sentado sobre as suas pernas. Dissociar sua mente do real é a opção, por isso não sente os outros socos vindo em sequência e nem seus gritos raivosos.

          — Otto... — Foi sua última frase antes de se entregar a sua possível morte.

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