— SÃO PAULO – Gritou Espírito Santo no ouvido do paulista, visto que o mesmo não tinha respondido ao ser chamado nas outras vezes, São Paulo se encolheu para traz com medo do alto barulho, e logo depois irritou-se ao ver o que era — Sinto muito – Desculpou-se antes que ele brigasse — É que, Rio de Janeiro estava lhe chamando para disputar uma partida de futebol, e como eu perdi contra ele, meu desafio foi te chamar, achei que era fácil, mas é difícil pra caralho
— Diga a ele que não irei, tenho coisas mais importantes a fazer, como achar Maranhão e Paraíba, seja lá o local em que eles estiverem – Ajeitou os óculos pedindo para que o capixaba saísse de seu quarto, no entanto Espírito Santo era teimoso e continuava insistindo para que ele fosse jogar
— São Paulo – Acre chamou o maior, que deixou de lado o irmão sudestino para dar atenção ao nortista, na verdade, apenas queria arranjar um motivo para se livrar do moreno — Está na hora da aula
— Como assim aula? – Perguntou Espírito Santo, vendo que o paulista havia ficado constrangido com a pergunta — Não pera, São Paulo, o sem graça que fingi que importar com todo mundo, está se importando com o norte? Essa é boa! Rio, se liga – Saiu do quarto indo atrás do fluminense para contar a novidade
— Fala como se não tivesse irmãos nordestinos – Resmungou, e pegou o acreano no colo — Mas, hoje seria Amazonas e Pará, onde eles estão?
— Eles foram atrás de Maranhão
— Enquanto isso, ninguém liga para Paraíba. Todos já estão na sala? – Questionou com Acre concordando
Logo, São Paulo levou o acreano para a sala, tinha sido um pedido de Amazonas para que eles ensinassem os mais novos sobre como seriam no futuro, e tomarem decisões mais sábias. Embora isso, o paulista tinha vergonha de demonstrar o quanto se importava com os nortistas e nordestinos, já que na visão de seu povo eles eram um atraso
— Gente, é o viadin – Alertou Alagoas para o resto dos irmãos, embora tivesse seus cento e poucos anos, o alagoano era considerado o mais burro de todos mas se esforçava para não ser, no entanto sempre teve uma enorme dificuldade para saber das coisas
— N-não diga isso, ele pode se sentir ofendido – Sussurrou Sergipe no ouvido de Alagoas, que apenas riu em resposta
— Não vai me dizer que você também é um deles? Esse daí dá o cu pra Rio de Janeiro, de certeza! – Afirmou, enquanto ria com alguns outros irmãos, o sergipano voltou a se sentar em seu lugar tentando ignorar a pergunta que antes foi lhe feita, embora já soubesse a verdade sobre si, era difícil contar para os irmãos
( ... )
— Nós nunca iremos achar Maranhão – Amazonas se encostou na parede do beco e pôs as mãos no rosto, tentando se acalmar, sentia que a qualquer momento fosse chorar, já havia tentando tudo que era lugar, mas nada de Maranhão — Você tem alguma ideia de onde ele esteja, Pará?
— Não, mas, sabe, está muito quente aqui, não acha~? – O paraense disse tentando atrair a atenção do amazonense só para si, no entanto seu irmão estava mais preocupado com o gêmeo nordestino
— Maranhão amava fazer comidas quentes, as vezes eu até me queimava, e ele ficava rindo enquanto se desculpava, embora ele não tivesse culpa
— Zonas~ Você poderia prestar atenção em mim~?
— Eu gostava quando ele me chamava de Zonas, embora eu nunca admitisse isso para ele, direi isso assim que o encontrarmos
— Amazonas! Caralho! – Pará o encurralou, já estava estressado com a falta de atenção que recebia do maior, Amazonas ao perceber na situação em que se encontrava ficou extremamente vermelho — Olha, eu sei que Maranhão está fazendo falta para você, eu também sinto falta dele! Mas me dê atenção e para de falar nele o tempo todo
— Ah, claro, claro – O amazonense olhou para o lado avistando alguém parecido consigo, no entanto mais baixo e de cabelos pretos, e tinha ataduras cobrindo seu olho esquerdo, os dois ficaram se encarando, até que Amazonas se lembrou da situação que estava — Me desculpe... Pará
— O que faz lhe perder a atenção tão rápido? – Se virou não avistando ninguém
— Eu só estou estressado, podemos... Continuar isso outra hora?
— Se você achar melhor, não irei o impedir, não nesse momento – Segurou a mão do amazonense e foram de mãos dadas para casa
( ... )
— São Paulo, você poderia me ajudar com isto? Eu não entendi – Pediu o sergipano, na verdade iria pedir a Pernambuco mas o mesmo andava extremamente ocupado irritando Rio Grande do Norte sobre Fernando de Noronha, o paulista sorriu, dificilmente alguém lhe perguntava uma coisa, a não ser que fosse de seu trabalho — Tipo, se eu precisar criar uma nova lei, ela precisa ser aprovada na câmera dos deputados, mas, essas leis precisam ser em todos os estados?
— Eu adoraria lhe ajudar com sua dúvida pequeno, no entanto, poderia ser mais tarde? Eu preciso rever uns papéis sobre os festivais dos próximos meses
— Ei, viado! – Alagoas chamou São Paulo enquanto ria extremamente alto, chamando a atenção de alguns que passavam
— Sim? – São Paulo e Sergipe responderam respectivamente, no entanto o silêncio logo se instalou no lugar, os nordestinos se encaravam, Alagoas estava confuso, enquanto o sergipano constrangido
— Eu achava que só Rio de Janeiro, Amazonas e Rio Grande do Sul eram gays – Comentou o paulista, não podia deixar de estar surpreso, visto que o nordeste, a maioria, foram criados da forma ‘tradicional’ e aquilo era estranho para si
— Sergipe! Eu achava que você era hétero! E não um deles – Alagoas se irritou, Sergipe começou a tremer de medo e saiu correndo enquanto chorava, o nordestino olhou para o sudestino, que parecia confuso com toda aquela briga, desnecessária
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guei
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Dear São Paulo - Remake
FanfictionCansados de serem apenas uma sombra. Se rebelam sequestrando aqueles que viveram suas vidas por eles. Os estados brasileiro. Embora sejam poucos, jamais desistiram de terem a luz que lhe foi tomada