Prólogo

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O homem começou essa jornada há muitos anos atrás, na "corrida espacial", como era chamada. Ano dois mil e dezenove. Os Estados Unidos e a renomada empresa "Space Apps" propagaram a audaciosa missão de levar o homem a Marte, e quem sabe, povoá-lo. Com o noticiário correndo por todas as telas de smartphones, laptops e obsoletos televisores, as maiores potências mundiais se viram intimados a se juntar à disputa espacial. A fim de desenvolver pessoas cada vez mais aptas a suportaras dificuldades que a vida no espaço imputa ao ser humano, as nações iniciaram novamente as experiências hediondas praticadas por cientistas e médicos no passado, com a ressalva da nova tecnologia. Muitas pessoas morreram e aberrações foram criadas, como os dismorfos e os robôs. A esta altura, em dois mil e vinte e dois, muita água já havia passado por debaixo da ponte da humanidade, e com as missões a Marte bem sucedidas, o homem se preparava para deixar o planeta Terra. Os dismorfos permaneceram ocultos da sociedade até quando foi possível; e sobre os autômatos humanoides apenas os industriais chegaram ao conhecimento da população global.Claro, rumores sobre androides altamente desenvolvidos e mutações humanas corriam pelas bocas de muitos. Parte da população temia, e a outra não se importava, afinal, eles deixariam o planeta, o que havia a temer?

A fim de revitalizar o planeta Terra, nós, os extrisseiros, cometemos pecado ainda pior que os próprios humanos, dando alma aos robôs humanoides. Nos demos conta do erro tarde demais. Foi aí que nossa eclosão teve início.

Agdora de Hierofante: A Ilha Flutuante de Fogo do Círculo Polar ÁrticoWhere stories live. Discover now