Não era para ser amor

Liah Moore

Estou na sala contando os segundos. Percebo que não sou a única. Olho para o lado e vejo o "poderoso" Walker olhando atenciosamente para o relógio na parede. Como se ele tivesse algo importante. Vida de babaca é ficar sentado em frente a tv e fazendo a mãe de escrava para ele. Provavelmente isso. As horas correm e... Maravilha! Casa, aí vou eu! Começo a pegar minha coisas e me deparo com uma cena ridícula, adivinha? O "gostoso" da sala jogando beijinhos para aquelas piranhas. Desculpe a expressão. Mas foi até delicado chamar elas assim. Que nojo. Pego minha bolsa e saio da sala. Antes de ir para casa guardo alguns livros no meu armário e logo depois caminho tranquilamente pra meu lar doce lar pensando no que irei pintar hoje. A, é mesmo. Esqueci de dizer... eu adoro fazer quadros, retratar o que sinto, amo pintar! Chego em casa e minha mãe ainda não se faz presente. Subo direto para o meu quarto para fazer o que gosto. Jogo minha bolsa em cima da cama e.. ai, estou radiante! Pego uma tela, minhas tintas e ligo umas músicas em meu celular... começo a dançar com um sorriso no rosto e ops... está faltando claridade. Vou em direção às cortinas sorrindo com a letra da música e as abro. Volto para a minha tela. Pego uma das tintas e... espera um pouco, que barulho é esse? Está vindo daquele lado ali. Olho para a janela e não consigo ver... me aproximo mais e... Ha! Isso só pode ser brincadeira! Não acredito nisso! Parece que o universo quis conspirar contra mim hoje! Não acredito na minha visão. Dilan Walker tocando guitarra! Só isso que me faltava!

- O que você faz ai seu idiota?

Grito para ele.

- Como assim? Eu moro aqui.

Ele diz.

- Isso só pode ser um pesadelo! Que merda! Não acredito. Não acredito.

Estou furiosa.

- Olá para você minha vizinha querida!

Ele diz sorrindo.

- Cretino!

Grito e fecho às cortinas. Ai agora o dia se tornou um pesadelo.