Acordo com o som do despertador às 6:02 da manhã
Olho pra janela e para o tempo de cu lá fora, desejando que já fosse sábado
Me levanto, troco de roupa e sigo a rotina da manhã até meu irmão aparecer na porta-A madame já acordou?- disse ele em tom de deboche
-faz um favor e vai se foder?- respondo no mesmo tom
Ambos rimos e fomos até a mesa de café da manhã
Aí que merdaMeus pais já acordaram e já estão comendo, eles dão um olhar de relance, quase ensaiado, pra mim e pro meu irmão e então nos sentamos na mesa
-então...- lá vem quando meu pai começa com os "entãos" dele já pode se esperar algo ruim
- o seu valorén aumentou, Dylan?- diz ele enquanto me encara, sinto meu corpo inteiro tremer com essa pergunta, óbvio que não aumentou, eu tenho esse mesmo número dês de que nasci
- não - respondo em um tom baixo e minha mãe bate a mão na mesa em sinal de irritação
-Claro que não aumentou, você nem tenta fazer ele subir, sinceramente, por que você não pode ser como o seu irmão?-
ela disse quase gritando, não sei o que aconteceu mas naquela manhã ela estava especialmente irritada
- talvez, por que ele não seja eu?- disse meu irmão então encarava o ovo no prato dele
Minha mãe pareceu furiosa, contrariada, mas nunca descontaria a raiva no filho favorito
-Preciso ir trabalha- disse ela se levantando e indo até a porta
- já deu o meu horário também- disse meu pai indo logo atrás delaEu sei que eu não sou bom o suficiente mas precisa me lembrar disso todo dia?
- não fica assim- disse meu irmão colocando a mão no meu ombro - você precisa de carona?- assenti com a cabeça
No carro
-Vamos só buscar a Eliza e te levo na faculdade, tá?- assenti novamente
-como estão as coisas com ela?- perguntei em desdém- vão bem, digo não nos matamos ainda- ele disse seguido de uma risada baixa - se ela fizer isso com você eu arranco os rins dela e vendo no mercado negro- nós rimos baixo e continuamos o trajetoA casa da Liza é bem pequena de dois andares, uma pequena casinha azul espremida entre prédios ou casas de maior porte
-Oi- disse Liza entrando no carro e trocando um selinho com meu irmão
- como vocês estão?- perguntou enquanto colocava o cinto - bem, o de sempre- ela bufou e se virou pra mim - olha, com todo respeito os pais de vocês devem ser insuportáveis- meu irmão concordou com a cabeçaPoucos minutos chegamos na faculdade...
Me despedir do meu irmão e da namorada dele, não sei o porquê mas não confio nela
Deve ser minha paranóia falando
- OIIIEEEEEE - vejo uma garota correndo em minha direção enquanto gritava, quando ela finalmente se aproximou me abraçou, com força o suficiente pra quase me derrubar
-Sentiu minha falta? - ela me encarou mas assim que abro a boca ela responde - eu sei que sentiu, todos sentem- revirei os olhos e respondi:- minha paz acabou-
Ela botou a mão no peito fingindo indignação e me dando um tapinha fraco no ombro logo em seguida
Rimos e colocamos as coisas em dia
Essa é Marta, eu suporto ela dês do maternal e não consigo escapar dês de então
- Você falou com o Daniel hoje?- ela perguntou enquanto me encarava
- não- respondi dando de ombros e completando logo em seguida- mas já já nós achamos ele por ai, digo, ele não fugiu da gente até hoje-Entrei na sala
Assim que entrei vi Daniel sentado em um das mesas do canto, rapidamente coloco minha mochila na cadeira no lado da dele e me sento
- oi, manhã tranquila até agora?- perguntou sem tirar os olhos de seu caderno - sim e a sua?- respondi
- O de sempre- ele solta um longo suspiro antes de finalmente me encarar revelando olhos levemente marejados. - cara, eu sinto muito, brigou com a sua mãe de novo?- ele assentiu com a cabeça antes de continuar a falar - eu só queria que ela entendesse que eu não escolhi nascer como eu sou e, porra, custa não me chamar de "Michele"?- ele disse enquanto guardava o caderno - às vezes, eu penso se ela não está certa sobre mim- eu esperei ele guardar o caderno de desenho - eu vou te bater- eu disse em tom de irritação - foda- se se ela não vê o garoto incrível que tu é e o quanto você está tentando, não esquenta a cabeça por quem não tenta te entender- ele me encarou um pouco - obrigado, e eu acho que a aula vai começar daqui a pouco- nós dois nos voltamos pra professora que começou a falarDepois dos períodos
- ei, seu irmão vai te buscar?- perguntou Daniel no portal da faculdade - claro, ele é o bebê da família- disse Marta enquanto mexia no celular eu olhei pra ela e respondi - vai se foder que seus pais também te buscam- ela tirou os olhos do celular para me dar o dedo do meio e eu retribui
Depois de uns minutos de conversa fiada meu irmão chegou e eu entrei no carro e fechei a porta e logo percebi que a namoradinha dele não tava no carro
-A Liza finalmente terminou com você e decidiu ir pra casa?- disse em um tom de animação e ele logo se virou para mim e respondeu - Primeiro não nós não terminamos, segundo você tem o que cinco anos?- eu dei um sorrisinho sarcástico, o tipo de sorriso que se dá pra esconder a raiva e o respondi - Ela é estranha e não faz bem pra você, já percebeu que ela nunca fala sobre ela ou onde ela anda quando some??- ele soltou um suspiro longo, de decepção ou cansaço, é difícil definir e então me respondeu de forma ríspida - a gente namora mas nem por isso ela precisa me contar tudo, eu não sou dono dela nem nada- e então colocou música em um tom alto pra evitar mais discussão
Olhando assim até parece que eles nunca tiveram todas aquelas brigas, era uma por semana.
Qualquer um se cansa disso°•°•°•°•°•°•°•°••°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°°•°•°•°•°•°•°
Oi gente, desculpa os erros de português e esse capítulo foi mais tranquilo por que eu tô com preguiça
Desculpa
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Perdendo Altitude
General Fictionem uma sociedade na qual você nasce com um número em seu pulso que determina seu valo ele tem que lidar com ter nascido com um número baixo e as consequências de seu azar enquanto tenta terminar a faculdade... mas algo acontece e ele perde tudo a so...