Pov Dylan
Se passaram algumas semanas desde o que aconteceu na balada, Alex não nos deixa sair nem da casa
Eu não sou louco de tentar fugir mas também não confio neles o suficiente para sair do quarto ou para uma conversa mais longa do que uns dois minutos
Ouço uma batida na porta e fui abrir dando de cara Aille com um sorriso amigável estampado em seu rosto, eu a cumprimento e pergunto se ela quer entrar
- Não, bem, eu e a Isabelle vamos andar um pouco e eu vim te chamar pra ir com a gente?- fico extremamente confuso
- Mas o Alex não vive repetindo para a gente não sair?- ela soltou um risada e respondeu: - Ele saiu, por isso a gente tá indo, você vem?- pensando na oferta por outro ângulo isso pode ser uma chance de conhecer onde eu estou para pensar em um jeito de sair daqui
Eu digo que sim e vou trocar de roupaAlguns minutos depois
É só quando saio que percebo que sentia falta do ar em movimento constante e a presença de plantas ao meu redor
Andamos acompanhando a calçada e conversando sobre coisas aleatórias, tenho a impressão de que Aille está fazendo de tudo para me distrair do fato de que Alex vai ficar emputecido conosco
- Ok, tá vendo aquele cara sentado ali?- Isabelle perguntou enquanto apontava para um homem sentado no banco e eu aceno com a cabeça em sinal de afirmação
- É ex do meu irmão, eu lembro que quando eles terminaram eu e a Aille fudemos com o quintal do cara- ela e Aille riram, Aille parecia ter um pouco de ressentimento pelo ato mas ainda assim ela ri
- Por que vocês fizeram isso exatamente?- perguntei enquanto meus olhos ainda se prendiam no rapaz
- Ele traiu o meu irmão e tem sorte de ter escapado com vida- eu me virei para Isa assustado - O Alex tentou matar ele??- Aille riu e respondeu:- Não, mas a Isa quase, o Alex tava de boa- vejo Isa soltando um longo suspiro e cruzando os braços : - Bem, depois eu fui descobrir que o meu irmãozinho quando descobriu que foi traído ele traiu de volta- Aille deu de ombros: - Me parece justo- Isa riu quando olhou para mim
Deve ser pela minha expressão que deve estar bem clara agora
Eu pessoalmente não acho que fique igual, na verdade não deveria haver traição para início de conversa
Andamos mais um pouco até que vi Daniel sentado em uma mesa rabiscando algo em seu caderno
Nos aproximamos devagar para ver o que era mas assim que ele nos viu ele fechou o caderno
- Chato- disse Aille enquanto se sentava do seu lado e ele fechou a cara e respondeu - Eu não sou obrigado a expor o que eu desenho- eu e Isa nós sentamos também na mesa
Jogamos conversa fora por um tempo até que percebi que Daniel estava aqui desacompanhado e tranquilo, aliás, esse caderno não estava na casa dele
- Dan, você saiu sozinho?- perguntei enquanto o encarava e ele acenou em confirmação - Então, nós podíamos sair daquela casa o tempo todo e você não me disse?- ele me encarou um tempinho e riu - Dylan, a gente é amigo mas sendo sincero, tu é trouxa pra caralho- eu coloco minha mão no peitoral fingindo surpresa
- Aliás, não lembro de você ter levado o caderno de desenho pra balada- Aille se encolheu um pouco, como uma criança com medo de tomar sermão
- O Alex buscou pra mim umas coisas, aliás, ele deve ter ido com a Marta buscar algo- Isa se agita na cadeira logo falando - Ele levou ela junto? Ele é idiota mas eu não achei que fosse tanto- a encaro curioso - Por que idiota? É a casa dela- Daniel cruzou os braços em cima da mesa e também começou a encarar as duas
- B-Bem, seus pais tiveram que sair do caminho...o Alex está cuidando disso-
Sinto minha perna ficando dormente, meus pais não eram dos melhores mas eles me amavam do jeito torto e confuso deles
Antes que pudesse perceber eu estava chorando, lágrimas que eu não queria mas teimaram de descer
- Que porra é essa?! E vocês ainda falam isso sem remorso nenhum?- disse Daniel em tom que nunca ouvi por ele
Era ódio ou medo ou talvez tristeza, difícil dizer
- Vamos Dylan- ele disse enquanto se levantava da mesa e eu o segui enquanto eu secava meus olhosPov.Aille
- Você precisava falar aquilo?- perguntei enquanto encarava Isa, agora estávamos sozinhas
- Eles iam descobrir de um jeito ou de outro, nós não somos santos e se eles quiserem sobreviver eles também não podem ser- soltou um longo suspiro e continuei - Você sabe que a gente não pode esconder o que tá acontecendo por muito tempo- eu acenei com a cabeça - É, eu sei-
Logo agora que as coisas estavam indo bem, talvez eles até confiassem em nós mas agora a Isa jogou isso pela janela
- Eu só acho que eles não precisam saber o que o Alex o nós já fizemos- eu disse fitando o chão
Isa deu de ombros e se levantou me deixando sozinha
Isso me lembra de quando eu cheguei em Ditero, nem parece que já fazem nove anos
Eu nasci em uma cidadezinha no sul da França, Colmar, ainda lembro das estradas estreitas na beira do rio mas então meus pais decidiram se mudar para a capital, depois de uma onda de homicídios em Colmar e já que meus começaram a ganhar um bom dinheiro isso foi possível, na época eu não entendi o porquê dessa mudança tão rápida mas hoje em dia eu sei que meus pais subiram o valorén de um jeito extremamente rápido...talvez eu não seja tão diferente delesPov. Alex
Tranco Marta desacordada no carro enquanto eu escondo o corpo
Foi incrivelmente fácil já que ela não lutou muito
Depois de esconder o corpo no porão da casa eu paro e analiso a casa
É uma casa acima da média, coisas extremamente caras mas claramente houve um esforço grande até ali, não parecia ter sinal da C.I.V ou de qualquer outro clã, isso é raro hoje em dia
Ouço um barulho nos fundos e vou ver o que é
Quando chego não vejo nada, eu ouvi algo eu sei que ouvi
Vou até o carro com a impressão de quem tem alguém observando
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Perdendo Altitude
Художественная прозаem uma sociedade na qual você nasce com um número em seu pulso que determina seu valo ele tem que lidar com ter nascido com um número baixo e as consequências de seu azar enquanto tenta terminar a faculdade... mas algo acontece e ele perde tudo a so...