B-track zone os Guardiões do Selo

Os treinos começam

os treinos começam "
— Avô tchau vou aos treinos de atletismo e não volto cedo.
— Está bem filho, bons treinos e toma cuidado.
Era muito cedo, talvez 6:30h que saí de casa, deixando o Eric na cama. Foi fazendo uma corrida para aquecer porque já não corria a bastante tempo e sentia o meu corpo meio cansado.
Chego e encontro alguns alunos, bem já meus colegas de treino se posso assim dizer, não é meu hábito me socializar, então me sentei no banco do estádio onde são feito os treinos e fica próximo a escola.
— Como vai isso novato?- perguntou um colega chegando por detrás de mim.
— Tudo bem.
— Ele é arrogante pelo que parece, mas vocês não aguentão tanto nos primeiros dias.
— Isso é o que veremos.
— Um desafio interessante, mas, eu te mostro já, já como se corre.- saiu sorrindo, o que me irritou bastante.
— Prontos, organizar. - disse o professor com uma voz de comando. Vejo que temos caras novas por aqui , mas, isso não significa que vou dar moleza. Hoje temos prova de resistência, após os alongamentos.
Pelo pânico de alguns colegas a tal prova de resistência não era coisa mole. Após os alongamentos o professor explicou para que servia a prova.
— Prova de resistência é para avaliar o estado do corpo para capacita-lo a resistir a diferentes distâncias e por consequente adaptar-se aos movimentos.
Se estamos entendidos melhor se porem a postos.
Cada um já tinha noção de como se posicionar e so esperavamos pelo grito de partida.
— Os indivíduos que não estiverem capacitados para tal melhor se sentarem e quem estiver cansado na pista pode sair de imediato.
O colega olhou para mim e deu sinal com a cabeça para desistir, mas eu nunca desisto de um desafio. Finalmente ele deu o grito de partida.
O segredo para se começar uma boa corrida é começando lentamente para poupar o fôlego e foi assim que eu começei, enquanto os outros colegas passavam por mim a um velocidade abismal que tive que reagir e acelerar com os passos. Eles eram tão rápidos que mesmo reagindo não saía da minha posição.
Na terceira volta alguns colegas desistiam e ficavam poucos o que foi uma grande vantagem para mim,entretanto já não aguentava mais e pensei em desistir da prova como os outros, mas naquele momento o Prata, o colega que me pós aprova passou dando a sua quarta volta e disse bem no meu ouvido:
— Fraquinho... Óh aquilo foi demais não resiste a provocação barata dele e continuei e dessa vez aumentei a velocidade ao máximo, consegui passar alguns colegas cansados e foi em direcção ao mais forte.
Infelizmente já estava muito cansado para continuar e o meu aparelho de audição começou aquecer. Vivo com ele a bastante tempo que ele se parece com fones.
Estava numa boa posição, em quarto lugar e só faltava três para minha Victoria porque queria causar impressão, mas, estava muito fraco mesmo e passando mal, sentia o meu corpo caindo.
Nesse momento o meu aparelho aqueceu ainda mais e sentia uma enorme quantidade de energia no meu corpo e voltei a corrida como um fecha em direcção ao alvo, passando o Prata deixando todo mundo de boca aberta até eu mesmo. A energia que apareceu do nada consumia-me e não tinha controle dela e por fim caí desmaiado.
— Marcos! ! O que aconteceu como ele?- perguntou Eric.
— Ele não aguentou com o treino, acabou por explorar muito as suas capacidades físicas.- explicou o professor Leo.
Aquele momento encontrava-me na enfermaria da escola e ouvia todo o barulho que era produzido pelo meu Irmãozinho preocupado comigo... Mas tudo o que aconteceu na pista foi estranho e fora do normal, a energia que possuia era fantástica, olhava para os meus braços.
O calor que recebia do meu aparelho era como se fosse um receptor de energia ou coisa semelhante, para melhor entender o que não compreendia( ficou um segredo para mim).
— Meu filho, como estás? - perguntou o avô.
— Podemos já tirar o meu irmão daqui? Ele ainda está grave?- perguntava Eric a enfermeira.
— Foi apenas um desmaio devido ao cansaço, mas por agora ele está melhor e não têm nada com que se preocupar.
— Pará com isso Eric que eu estou bem não ouviu a enfermeira, até consigo sair daqui. Levantei da cama olhando para mim e sentindo o fluxo de energia.
— Avô podemos ir para casa agora? - perguntou Marcos
— Senhora enfermeira será que podemos partir?
— É claro, ele já está em bom estado. - disse a enfermeira.
— Marcos, pelas suas capacidades nos gostariamos de ter alguém como você no grupo, seje bem- vindo.
— Muito obrigado senhor Leo, darei o meu melhor. Saimos e logo fomos para casa o Eric aproveitou a situação para ir mais cedo em casa... — Estás bem ?
—Eu já disse para parares com isso.— respondi nervoso.
— Deixa-me em paz e vai-te embora.
O que se passou na pista me deixou chateado. Talvez fosse mesmo cansaço e começei a delíriar, mas foi muito real para o meu gosto.