fantasma da meia-noite

Capítulo 15

Entrei no carro impressionada,mas o que esperar de alguém que mora numa casa gigante daquela?O silêncio estava constrangedor,então resolvi cortar o clima:

-Amei seu carro...

-Obrigado,gosto de velocidade.- ele deu uma risadinha.Seguimos o percurso inteiro em silêncio,quando finalmente a chuva resolveu começar a cair.

Ele parou o carro do outro lado da rua, a chuva caia forte lá fora.

-Parece que chegamos...-eu disse triste

-Infelizmente.-ele falou me olhando nos olhos

Ficamos nos encarando por um tempo quando ele finalmente se manifestou, colocou sua mão em minha nuca e subiu pegando meu cabelo, o que fez meus pelos se arrepiaram. Então ele aproximou seu rosto do meu fazendo-me sentir sua respiração, ele colocou sua outra mão em minhas costas e desceu até minha cintura.Entao eu resolvi dar o próximo passo e o beijei.

Ficamos nos beijando por um tempo até que eu disse:

-Preciso entrar...-não consegui tirar o sorriso bobo dos lábios.

-Eu sei...quando vou poder te ver de novo?-ele sorria igual a mim.

-Não sei, acho que não vou poder sair de casa por um bom tempo.

-Tudo bem!

Demos um último beijo e saímos do carro, ele me levou até a porta e me deu um selinho.

Entrei sorrateiramente para tentar passar despercebida,o que infelizmente não aconteceu.

-Aonde a senhorita estava Juliana? -minha mãe perguntou atrás de mim me dando um susto, me virei lentamente para encara-la.

-Eu já tinha te avisado que eu estava em uma amiga minha mãe...-respondi quase inaudível.

Senti uma ardência em minha bochecha, então me dei conta, ela havia me dado um tapa no rosto .

-Não minta para mim!!!-ela gritou.

-Você está louca!!!?-gritei indignada.

Senti a mesma ardência, mas desta vez na outra bochecha.

-Sua vadia ingrata!!-ela gritou Nunca mais me chame de louca, eu sou sua mãe e é bom que você me respeite!!

-Agora você é minha mãe? -respondi ironicamente. -Você me deu para minha avó para poder segurar  a droga de um bêbado que só queria te comer, e ainda te deu está droga de aids, e quando voltou não quis nem saber se eu estava viva. E só me pegou agora que eu já sou quase adulta porque a vovó morreu, então não me venha com essa de eu sou sua mãe porque minha mãe já morreu!!

Subi correndo para meu quarto antes que ela falasse algo e me tranquei. Me joguei na cama e chorei até dormir.
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