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Mary andava pelas ruas escuras de sua pequena cidade apertando os livros contra os peitos, olhava para baixo as vezes para frente, tentando se concentrar que já estava chegando em casa e que aqueles passos que ela escutava eram só frutos da sua imaginação. Ela olha por cima do seu ombro, de relance, vê dois garotos altos, só consegue pensar em acelerar os seus passos, quase correndo.

Logo, percebe que eles também a seguem e lembra que essa é a típica cena de filme de terror ou até o início de um futuro caso de assassinato. Sem perceber, começa a correr e sua respiração acelera, tinha medo, era como aqueles pesadelos que ela corria e corria e não adiantava de nada. Ela olha para trás e vê os garotos correndo mais rápido que ela e se amaldiçoa mentalmente por ser tão baixa e ter pernas curtas. Num segundo, se encontra no chão com deus livros espalhados pela calçada.

"Pobre nerdzinha." Um dos garotos diz com tom de divertimento.

"Você não tem medo, J?" Um deles pergunta e ela olha confusa e com desespero.

"De que? Da filha do diabo? Claro que não, Dan!" O garoto que estava em cima dela diz, e ela tenta sair.

"Me soltem!" Mary diz com desespero e se debate.

"Olha vou te contar uma historinha que talvez você saiba, mas é só para te assustar um pouquinho ok?" 'Dan' fala e tira um pequeno canivete do seu casaco de jogador de futebol. Ele estudava na mesma universidade que Mary. A menina se desespera mas sua garganta trava, sem conseguir transferir sequer um barulho. "É o seguinte... Havia uma mulher que teve 3 filhos, duas meninas e um menino. Mas n tava satisfeita e queria outro, mas teve enormes complicações para ter a porra do filho."

Enquanto falava, cortava o braço de Mary.

"E o que mais Dan?" O menino que está em pé fala. A pobre garota só consegue chorar.

"E aí que ela ofereceu a alma da filha mais nova para o diabo, assim o seu filhinho poderia viver." Ele diz e sorri malicioso para Mary, que o olha com desespero e medo.

"E depois?" J fala em pé e agacha para ficar mais perto da menina.

"E depois... A mãezinha de merda morreu!" Ele fala e termina de rabiscar o braço de Mary. Dan levanta-se e a menina tenta pegar seus dois livros e corre até o portão de sua casa. Enquanto tenta encaixar a chave na porta com a mão trêmula, sente sangue escorrer de seu braço.

Ao abrir a porta se depara somente com o feixe de luz que vem da cozinha e percebe que nem seu pai, nem as crianças e nem a sua irmã estavam em casa. Melhor para ela.
Rapidamente Mary larga a bolsa na porta de entrada da sua casa, corre até o quarto que estão as coisas da sua mãe, seu pai odiava que ela entrasse lá.
Começou a procurar por todas as gavetas, todos os armários e todo canto algo que a contasse se aquela história era verdadeira. Ela se perguntava o que estava fazendo ali, que era uma idiota por estar dando atenção a essas pessoas, mas algo dentro dela sussurrava com uma voz macabra que procurasse.

Quando estava prestes a desistir, um caderno chama a sua atenção. Ele estava dentro de uma caixa, coberta por poeira e cheia de papéis amassados, rapidamente, Mary pega a caixa e corre para o seu quarto. Lembra que mesmo essa historia toda sendo mentira, Jacelyn, sua amiga evangélica ia ficar louca.

  Mary senta-se na cama e respira fundo antes de abrir a primeira filha amassada.

"todo o meu corpo queima, como se a alma estivesse sendo sugada por alguma outra força"

"Tenho medo"

"o que será dos meus filhos"

", proteja-os"

  Mary percebe que no último papel, o primeiro nome estava riscado com força, com tanta força que o papel rasgou-se. Isso a assustava.
  Ela respira novamente com muita força, antes de pegar o caderno. Assim que a ponta dos seus dedos encontram a capa do pequeno caderno, sente queimar e solta um pequeno grito. Mas não desiste, segura novamente e dessa vez não queima.

  Abre em qualquer folha e lê somente algumas frases. Ela estava com medo... Mas era tarde demais para voltar agora, na cabeça dela.
  Ao passar por varias paginas, para em uma que havia uma caligrafia estranha, diferente da caligrafia da sua mãe.

"Daughter diaboli
qui iam implorare...
Daughter diaboli
qui iam implorare
corpus curare
eam tuam" ela pronuncia as palavras que naquele momento pareciam besteira. "Eu estou te vendo, Mary" ela lê no final da página e larga o pequeno caderno assustada.

  Mary suspira, e olha para os seus joelhos e consegue entender que os seus batimentos acelerados não estavam comuns. Se amaldiçoou mentalmente por não ter ligado à luz do quarto, só um abajur.
  Ela levanta-se e olha no espelho. aquela marca... a marca que tinham deixado no braço dela ela o símbolo demoníaco. Na mesma hora, da um pulo para trás. Percebe que atrás de si existe uma sombra, e ao essa sombra se aproximar, Mary tenta fugir mas a sua frente esta algo que não tem conhecimento, atrás está o espelho.

"Mary, você me invocou, eu estou aqui." uma voz obscura que ecoava por todo quarto foi ouvida.

  Então Mary vê, um corpo de uma menina um pouco mais alta que ela, diferente do que ela estava costumada de demônios, não tinha chifres, estava nua e seu corpo era como carne viva. Seus olhos eram totalmente negros e apesar de tudo, o seu sorriso (naquele momento de malícia) era bonito.

"O-o que você quer de mim?" Mary pronuncia.

"Eu que pergunto Mary, o que você quer de mim?"

"N-nada, só que vá embora." Mary engole seco e sente que vai cair no chão quando a criatura chega mais perto.

"Você cheira bem pra caralho." O demônio fala e mexe em uma mecha do seu cabelo, deixando-o melado de sangue. "Vamos nos divertir."

A garota do inferno empurra Mary até sua cama, onde tira sua roupa e em segundos Mary se vê fazendo sexo com um demônio.
  Odiava admitir naquele momento, mas era a melhor coisa que já havia sentido na vida. No meio do ato, Mary olha nos olhos assustadores do demônio, e sente uma dor insuportável, o que a faz gritar e sair de um estado de prazer para um estado de intensa dor.

"Você é minha agora, Mary." O demônio fala olhando para a pobre garota, que chora de dor e desespero.

  Naquele pequeno quarto, nua, Mary é possuída por um demônio sedento.

Mary, agora eu realmente acho que é tarde para voltar atrás.

Nossa história começa aqui!
Me desculpa pela 'demora' de começar realmente a historia.

Compartilhem e recomendem muuito se gostaram! Não desistam de mim kkk 🖤

» Insta: @rafarabello._

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⏰ Última atualização: Mar 01, 2020 ⏰

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daughter diaboli: a filha do diabo - h.e.sOnde histórias criam vida. Descubra agora