Imagine Louis (grande) Parte 2

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_Ok. -Me soltei pra me levantar.
_Cadê o meu beijo de bom dia?
_Pede pra alguém lá na rua. -Me levantei e sai do quarto pra tomar um banho. Aquele água deliciosamente quente do chuveiro caiu sobre meu pescoço relaxando meus músculos. Durante o banho eu lembrava dos toques de Louis durante a noite na qual eu acordava todas às horas por arrepios bons pelo tocar dele. Mais um arrepio me atingiu ao lembrar, lembrar daquele abraço que durou à noite interinha. Coloquei a mão no gancho da toalha e não a senti.
_LOUIS! -Gritei ainda no chuveiro.
_Oi? -Ele disse atrás da porta que se encontrava fechada quando chegou.
_Trás uma toalha?
_As toalhas estão na gaveta do criado mudo branco que está aí.
_Obrigada.
_De nada AMOR. -Pareceu fazer questão de dar ênfase naquela palavra.
Peguei a toalha e me troquei, em seguida sai do banheiro e fui para a biblioteca do escritório ler.
_Amor... -Louis apareceu, de novo.
_O que foi? -Tirei minha atenção do livro.
_O que vai me dar de Natal?
_É necessário alguma coisa?
_Sim.
_Vou te dar um beijo. De língua. -Brinquei.
_Oba! -Entrou na brincadeira e começou a dançar.
_Besta. -Ri.- E o que eu vou ganhar? _Surpresa...
_Odeio surpresas, conta vai!
_Não, nem pensar. -Riu e saiu.
O que eu posso dar de Natal pra ele? A gente vai passar o natal em uma festa da família dele e é óbvio que a "namorada" tem que dar um presente. Acho que vou dar um passeio pra ver se acho alguma coisa. Peguei meu casaco e sai. Eu andava, andava e andava. Estava ficando sem idéias, tudo que eu pensava era chato. Até que de repente parei em frente de uma loja de fotografias. Peguei meu celular, o olhei mesmo apagado, sorri e entrei. Eu tive uma idéia brilhante, nunca achei que daria tão certo. Mas além disso, eu teria que comprar mais um presente pra mais uma data especial.

Louis POV
(SeuNome) saiu sem avisar, o mais provável é que saiu para conhecer a  cidade. Aproveitei e sai pra comprar o presente dela em uma loja perto de casa. Entrei em uma loja de sapatos, foi a única coisa de última hora que encontrei. Durante a escolha, fiquei entre dois, então resolvi levá-los.
Fui pra casa e ela estava lá, então escondi o presente e fui me aprontar pra festa como ela fazia. Me vesti de forma simples, mas não anti-sociável. Apenas esperava que (SeuNome) não colocasse nada com um enorme decote, nunca dá pra saber, as vezes as secretárias quietas tem algo a esconder. Eu estava pronto, eram nove horas em ponto, ela terminava de se arrumar Á eu esperava ansioso no sofá, eu ainda não tinha a visto, estava só imaginando. Comecei a ouvir passos em direção à sala, e ela apareceu. Estava completamente perfeita, simples mas perfeita.
_Louis -Me tirou do transe.- Está muito frio? Será que devo levar meu sobretudo preto?
_Sim.
_Você acha que é simples demais? Muito feio?
_Não, está perfeito. -Sorri.
_Vai ser uma comemoração em família reservada ou uma festa?
_Festa em família, bastante gente. Roupa ótima pra ocasião. Vamos. -Falou rápido me puxando pra garagem onde estava um carro.
_Espera, tínhamos um carro?
_Sim, pode entrar. Estamos atrasados!
_Calma... -Eu disse já dentro do carro.
Louis era frescurento, a casa de sua mãe ficava à quatro quarteirões. Chegamos em frente e eu já via o movimento na casa através das cortinas claras. Descemos do carro e ele segurou minha mão direita e fomos até a porta. Charlotte nos recebeu e então podemos entrar. Várias moças mais velhas me cumprimentaram, diziam que eu era linda e que Louis era muito sortudo por me conquistar. Eu apenas ria, mal elas sabiam que eu ria de deboche por acharem que Louis poderia me conquistar.  Eu não larguei o braço dele por nenhum instante daquela festa. Conversei com várias pessoas, homens estão incluídos. Os primos de Louis eram lindos, tão lindos mas não quanto ele. Havia uma garota loira que não parava de me olhar feio, o que me fez querer voar nela.
_Louis, aquela garota loira à esquerda na mesa cinza, não olha agora, tá me olhando assim porque?
_Alissyn Jones, na cabeça dela, vamos nos casar, ter onze filhos e morar no castelo de Nárnia. Resumindo, não vai rolar.
_Que estranho. -Rimos.
Faltavam dois minutos pra meia noite, quase natal. Todos olhavam ansiosos pro relógio, loucos pela meia noite. Até que o ponteiro foi ao doze e todos começaram a gritar o que me fez rir. Depois de muita comemoração, alguém gritou "Hora dos presentes!". Todos nos sentamos, alguns em sofás outros em cadeiras. Vários presentes foram entregues e de repente...
_(SeuNome), pode ser a próxima? -Sra. Tomlinson me pediu.
_Claro. -Me levantei- Bom, eu trouxe dois presentes pra uma pessoa só. Um, pelo natal, e outro pelo aniversário que com certeza ele achou que eu esqueceria... -Olhei pra Louis e sorri- Mas eu não esqueci, certo Louis? -Sorrimos e ele se levantou vindo em minha direção.
_Eu não disse Boo, ela não ia se esquecer! -A mãe dele gritou.
Ele ficou envergonhado e surpreso, mas antes de pegar os presentes, ele me abraçou forte.
_Obrigado... -Cochichou.
_Disponha...
Me sentei. Era a vez dele, eu sinceramente não fazia idéia se o presente era pra mim, mas tudo bem.
_Então...Eu, como sempre, fiquei indeciso sobre o que comprar. A pessoa consegue ser chata e fofa ao mesmo tempo, mas eu continuo a amando. (SeuNome), amor, pode vir.
Sem querer eu ri um pouco alto, fui até lá e o abracei dizendo em voz normal:
_Obrigado meu príncipe.
_Disponha. -Me imitou cochichando e eu ri.
Depois de nós todos entregaram os presentes.
_Bom gente... -Uma moça ruiva e de uns quarenta anos falou- Vamos fazer uma coisa diferente esse natal. Em ordem, os que vieram vão abrir os presentes um na frente do outro e dizer o porque compraram e o que acharam.
Tão rapidamente chegou minha vez e a do Louis, tinham duas poltronas de frente à outra pra sentarmos.
_Abre você primeiro. -Louis pediu.
_Tudo bem... -Fui abrindo e vi que eram duas caixas pretas, o olhei e ri por ele ter ficado indeciso. Tirei as duas do embrulho, e abri a primeira. Era um salto, um belo salto preto. E depois abri o outro, era um Vans Cosmic Galaxy. Eu não sabia de qual havia gostado mais, meu sorriso era gigante e meus olhos brilhavam como nunca.
_Ai.Meu.Deus! -Falei o olhando- Amor, eu te amo. -Nem preciso dizer que ele se surpreendeu- Vai, sua vez.
_Tá. -Ele abriu rapidamente os dois de uma vez. Parecia ansioso, até que sorriu igual a mim. Ficou um tempo olhando as duas coisas ainda na caixa e continuava sorrindo.
_Eu também te amo. -Me olhou profundamente.
_Tudo bem gente. -A ruiva falou.- Mostrem. O que você ganhou (SeuNome)?
_Um salto e um tênis. -Os levantei.
_Gostou?
_Adorei! -Sorri.
_Que fofa. Louis, porque o salto alto e o tênis?
_Bom, ela usa bastante tênis, e poucos saltos. No armário dela, de dez sapatos nove são tênis, então eu não sabia o que escolher. O salto por ela não ter muitos ou o tênis por ela usar bastante.
_Ótimo. O que você ganhou Louis? Nos mostre.
No mesmo instante ele voltou a sorrir.
_Pelo aniversário, um iPod e de natal, uma foto. Mas não é uma simples foto, é a foto espontânea que nos obrigaram a tirar no dia que nos conhecemos. Nos odiávamos, mas havia uma garotinha tirando fotos e nos mandou fazer essa pose. E na moldura está escrito "De 15/01/**** até o Indeterminado", ou seja, se depender de mim, pra sempre. -Acabei sorrindo quase me emocionando, não sei porque.
_(SeuNome), porque do iPod? -A ruiva questionou.
_Sei que ele adora música. -Falei olhando diretamente à ele.
_E porque da foto?
_Porque eu não vou esquecer do dia em que nos conhecemos, foi o dia mais estranho da minha vida, mas valeu a pena. E também, porque Louis jogou em mim uma lata de tinta azul por que eu disse que o odiava, mas ele sabe que por mais que eu diga isso é mentira. Sempre foi, pois eu gostei dele desde que ele disse "Com licença moça, me chamo Jennifer.". -Rimos- Eu te amo sabia? -Nos levantamos e nos abraçamos.
Todos começaram a aplaudir e gritar: "Cadê o beijo? Cadê o beijo?"
No abraço, me escondi no pescoço dele de vergonha.
_Não gente. -Ele disse rindo- Ela é tímida.
_Parem de graça, se beijem logo! -Lottie gritou lá de trás.
Louis me afastou do seu pescoço, e me perguntou um inaudível "Posso?" e eu balancei a cabeça positivamente. Ele me beijou, um selinho pra ser exata, mas um selinho de dez segundos. Depois de tudo, saímos nós dois pra fora.
_Que bom que você foi verdadeira, apesar de algumas partes.
_O que? Tudo que eu disse ali foi verdade.
_Menos a parte de gostar de mim quando nos conhecemos.
_Claro que não! Eu gostava de você!
_Gostava? -Começou a rir- Então era por isso que você nunca chegava perto de mim?
_É! -Ri.
_Mas depois que virou minha secretária, começou a me odiar de verdade.
_Porque você acha isso?
_Sei lá, você usa alguns xingamentos pesados em relação a mim. Principalmente, cretino.
_Como você sabe?
_Câmeras. -Riu- Eu sempre me divirto com os seus insultos, são engraçados. Ri bastante da vez que você me xingou por te mandar assinar os papéis. "Idiota, isso está no nome dele. Ele quem devia assinar essa droga. Vai ver esse burro não sabe escrever. Como ele consegue ser tão desprezível e cretino?" -Disse imitando a minha voz.
_A é? -O desafiei- Bom, você não se esquece das minhas falas, mas eu ouço seus gemidos lá da minha sala, sei que você é o ratinho do banheiro. E também, por deixar a porta aberta, posso ouvir sua conversa por telefone com Benjamin. Em uma delas, alguém dizia: "Não vou deixar ela vir com nenhum tipo de saia, já pensou se eu não me responsabilizo pelos meus atos só por atacá-la! E outra, tem muito homem nessa empresa, não quero ver um olhando. E também tenho que parar de reparar nos decotes que ela usa, nunca presta olhar pra um decote!". -Imitei a voz dele.
_Eu nunca disse isso! -Falou vermelho.
_Você sabe que falou, e espero que o meu decote esteja bem tampado pra você não fazer besteira. -Ele ficou absurdamente vermelho. 
_Chega desse assunto!
_Você quem sabe. -Ri.
Passamos um enorme tempo sem conversar, apenas olhávamos a rua deserta.
_Espera... Você disse que tudo que você disse lá era verdade! -Começou a rir.
_E daí, porque está rindo?
_Você esqueceu dos "Eu te amo"?
_Caramba... -Olhei pra baixo pensativa- Leve pro lado bom, você é um bom amigo e eu te amo.
_Bom amigo? -Seu sorriso sumiu.- Pra você eu sou apenas um bom amigo?
_Não exatamente... -Tentei concertar a burrada em que me meti.
_Sou menos então? -Se afastou.
_Para de inventar coisas, você é especial!
_O especial que você chama de cretino quase todos os dias. -Foi sarcástico.
_É.
_Legal. Então se divirta aí. -Apontou pra onde eu me encontrava.
_Não, espera. Você entendeu errado!
Aquilo que eu disse havia tido um duplo sentido inocente. O que eu quis dizer é que mesmo eu o insultando de todas as formas, ainda o considero especial. Mas ele entendeu outra coisa, deve ter pensado que com a palavra especial eu quis dizer cretino. Droga de sarcasmo! Entrei pra dentro e ele estava entre várias pessoas sentado no sofá, ele tentava disfarçar sua expressão emburrada, mas eu via que estava chateado. A festa, pra mim, já tinha dado o que havia de dar, peguei meu sobretudo pra ir embora. Fui até o sofá que Louis ainda se encontrava e o avisei:
_Estou indo embora, estou vesga de sono. Até em casa.
Ele fingiu não escutar. Fui pra casa e me troquei pra dormir. Não estava nem um pouco afim de ver os emails do pessoal, iria ver apenas de manhã, isso se eu acordasse de manhã. Entrei no quarto e me deitei, com as luzes acesas por esquecimento.
_Droga, não vou me levantar! -Peguei uma almofada e ataquei no interruptor, mas atingiu o guarda roupa, que fez o barulho de algo caindo.
A minha coragem era tanta, que resolvi dormir assim mesmo, de luz acesa. Acordei no meio da noite por conta de um pesadelo bobo e ele não estava do meu lado, provavelmente estava na festa ainda. Me levantei pra tomar um copo de água então fui pra cozinha. Abri a geladeira, e ouvi algo se mexer na sala, sem hesitar fui pra lá. Me escondi atrás da parede e vi que era no sofá, não calma, é o Louis? Ele estava sem cobertas, encolhido pelo frio e pela falta de espaço do sofá.  Fui até lá.
_Ei, tá fazendo o que aí? -O balancei.
_An? -Falou todo confuso enquanto acordava.
_Vai, levanta daí! -Dei um tapa em seu braço.
_Não, o que você quer?
_Que você vá dormir na cama!
_Não vou dormir na mesma cama que você!
_Não é? Então eu vou dormir no sofá com você!
_O que? Porque? O sofá é pequeno demais!
_Primeiro, eu tive um pesadelo e segundo, ou o sofá minúsculo, ou a cama grande e confortável.
_Tá! -Se levantou todo mole.
Nos dirigimos para o quarto, apagamos a luz e deixamos o abajur. Ele se deitou primeiro, ele fez um sinal para que eu me deitasse e assim fiz. Ele me envolveu com os braços e me apertou um pouco, eu gostei pois me fez esquecer do pesadelo.
_Achei que estava bravo comigo... -Falei manhosa pelo sono.
_Eu estou.
_Então porque está me abraçando?
_Quer que eu solte? -Ameaçou.
_Não! -Falei rápido.
Acho que sem querer sua respiração quente foi ao meu pescoço me fazendo arrepiar e ele riu. Fingi não perceber e dormi.
No dia seguinte, acordei e ele me olhava, parecia observar cada detalhe simples do meu rosto. Estranho estarmos de frente para o outro, não dormimos assim. Quando ele percebeu que eu havia aberto os olhos, se assustou e disfarçou olhando pro teto.
_Bom dia. -Não obtive resposta- Feliz natal! -Beijei seu rosto.
Ele se assustou, mas de novo disfarçou.
_Feliz natal... -Falou ironicamente- Claro, muito feliz...
_O que você tem? Geralmente você não tira o sorriso do rosto .
_Eu tenho motivos.
_E qual é o seu motivo em? Só porque você interpretou errado as minhas palavras, vai jogar um foda-se pro natal e pro mundo inteiro? Qual é o seu problema?
_Interpretei errado? Você quem disse que eu sou um cretino! -Se levantou e foi em rumo a porta pra sair.
_Eu quis dizer que te considero mesmo dizendo aquelas coisas.
_Você me odeia, e nem me conhece de verdade! Como pode me considerar?! -Se virou e parou.
_Você foi a única pessoa que se importou em não me deixar passar o natal sozinha. Você pode negar que este foi o motivo, mas eu sei que foi. E eu te conheço sim, muito bem por sinal. Você gosta de cenouras, e por um estranho motivo sempre quis ter um chimpanzé. Já quis fugir de casa pra se juntar ao circo quando era menor, não pretende mudar seu jeito quando ficar mais velho, e já teve um amigo imaginário chamado Many.
_Como você sabe...?
_Uma vez quando estávamos em uma festa da empresa há quatro meses atrás, você bebeu demais e eu, por não saber onde você morava, tive que te levar pra minha casa. Fiz você tomar um banho gelado e depois se deitar pra dormir. Antes de eu apagar a luz do quarto de hóspedes você começou a contar histórias de quando era pequeno e me sentei para ouvir. Depois da sua história, você disse que mesmo sendo insuportavelmente chata, eu era a sua melhor amiga e a única que sabia sobre Many. Você me obrigou à cantar pra você dormir e a mexer no seu cabelo pra ajudar.
_Como eu não me lembro disso? Eu não acordei sóbrio na sua casa?
_Na verdade, às quatro da manhã, um amigo seu bateu na porta do meu apartamento e te levou pra casa.
_E você nunca me contou sobre isso?
_Claro que não, você poderia ter dito mentiras e eu ia parecer uma besta. Mas o que me impressionou foi que você me implorou pra ser sua melhor amiga.
_Eu realmente precisava.
_Não precisa mais?
_Sei lá.
_Olha, independente de você precisar ou não, eu sempre vou estar aqui. -Me levantei e sai do quarto.
Fui até a cozinha pra preparar o café, eu não estava com concentração pra isso mas preparei mesmo assim.

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