Capítulo 17

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Elas não se falavam há mais de uma semana. Numerosas vezes Emma pegou o telefone ou tinha pairado sobre o nome de Regina em sua lista de contatos, mas qual era o ponto? Ela deixou bem claro que não foi nada sério, nada mais do que um encontro, então por que Emma deveria parecer uma idiota perseguindo uma causa perdida? Talvez fosse por causa daquele sentimento inquietante no fundo de seu estômago que lhe dizia isso, não estarem juntas, não estava certo. Ou talvez o coração dela tivesse doído muito por ter sido abandonada, por não ser bom o suficiente.

Henry a importunou para ligar novamente para Regina nos dias seguintes, depois do Natal, e doeu em Emma sentá-lo e explicar da melhor maneira possível que elas não estavam juntas, que ele tinha que parar de perguntar sobre ela. Seus olhos estavam arregalados e implorando, implorando para que ele entendesse antes que ele resmungasse e se escondesse em seu quarto.

Ela voltou a trabalhar no Boxing Day, de volta ao bar e de volta ao balcão. Não foi a primeira vez que ela teve que trabalhar durante o feriado, e ela quebrou seis copos naquela noite e derrubou quatro garrafas de cerveja.

August se aproximou dela no final de seu turno, perguntando se ela estava bem, mas tudo o que Emma ofereceu foi um sorriso indiferente e um aceno de cabeça antes de limpar sua última bagunça e voltar para casa o mais rápido que pudesse para passar um tempo com seu filho.

Era o quarto dia das férias de Henry e ele insistiu que não precisava de uma babá e que preferia ficar sozinho.

- Dia ruim? - August perguntou cautelosamente, assim que Emma invadiu seu escritório e se jogou no sofá para descansar a mente.

- Henry me odeia - ela murmurou para si mesma.

- Não, ele não odeia.

Ela tirou o braço do rosto e inclinou a cabeça para encará-lo.

- Eu sou uma mãe ruim?

- Não - ele disse com firmeza, saindo de trás da mesa para puxar uma cadeira e sentar ao lado dela. - O que está acontecendo?

Emma olhou para o teto, em seguida, sacudiu a cabeça enquanto tentava se sentar.

- Nada.

August empurrou-a de volta no sofá e deu-lhe um olhar que dizia que ela não ia a lugar nenhum.

- Vamos lá, você quer que eu te mande para casa mais cedo?

- Talvez - ela disse para o teto.

- Talvez? - Ele repetiu com um olhar curioso.

- Henry está crescendo - ela pensou consigo mesma.

- Geralmente, é o que as crianças fazem.

Emma nivelou um olhar para ele antes de respirar fundo.

- Você sabia que eu quase me atrasei para a sua apresentação de Natal? - August permaneceu em silêncio e ela continuou. - Regina acabou pegando ele e me salvando. Eu cheguei pouco antes de sua turma subir no palco.

- Você não é uma mãe ruim, Em - August consolou. - Henry sabe...

- Eu sempre prometi a mim mesmo que nunca deixaria meu filho crescer como eu - ela interrompeu. - Quando ele nasceu, eu jurei que cuidaria dele e me certificaria de que ele nunca estivesse sozinho.

- Você está fazendo isso.

Ela se sentou, passando a mão pelo cabelo.

- Ele cresceu tão rápido quanto eu. Sim, ele é esperto, e sou grata por isso, e poderia ter sido muito pior, mas...

Meet me HalfwayOnde histórias criam vida. Descubra agora