O Capitão do time

"O melhor final de semana" - Parte II

O dia foi bem relaxante, já é 17:00 e daqui a pouco vamos ver o por do sol na ponte que tem no lago, onde todos estão tomando banho, curtindo, sei lá é como se todos se amassem, o que definitivamente não é verdade, ou talvez seja e eles sabem esconder muito bem.
– Ei Matt – Diz Lucca

– Ei Lucca, curtindo até agora?

– Demais ­– Ele fala soltando um sorriso cativante – Olha eu vim te falar pra você me encontrar hoje aqui na ponte ás 02:00, eu tenho uma surpresa pra você

– Pra mim? O que é? – Pergunto curioso
– Se eu falasse deixaria de ser surpresa (risos) – Diz ele dando uma piscadinha e indo falar com o Alec

Abby e Martin estão na água também, me levanto e vou me juntar a eles, ás 18 horas competimos quem chegaria nadando até a ponte primeiro e sem surpresa nenhuma Martin ganhou, ele faz natação desde os cinco anos de idade, seria difícil eu ou Abby o vencermos, ele sobe na ponte e nos ajuda subir também.

– Amigos, é lindo demais – Fala Abby eufórica batendo palminhas

– É mesmo amiga!
E realmente era, o sol se escondendo atrás das montanhas como se estivesse caindo de sono, as vezes não paramos pra perceber como a natureza é perfeita, voltamos pra água e quando saímos já está tudo escuro, e estamos tão enrugados quanto um bebê que acabou de sair da barriga da mãe, vou até a barraca e pegar nossas toalhas, depois nos trocamos e vamos jantar, Martin olha no relógio e já passam das 20:00, o pessoal fez strogonoff, rápido e simplesmente perfeito, é uma das minhas comidas favoritas.

Depois de jantar fizemos uma roda em volta da fogueira que o sr. Richard acendeu, o professor de Educação Física, a gente conversa demais, credo (risos), os alunos foram indo deitar aos poucos até sobrar somente eu, Abby, Martin e o professor, mas como a gente não aguentava mais escutar sobre a vida inteira dele, do nascimento até o planejamento do seu falecimento, fomos nos deitar também.

Já tinha um tempo que a gente estava na barraca e Abby e Martin dormiam como anjinhos, se eu não fosse gay, e se Martin não fosse como meu irmão, era certo eu me apaixonar pelos dois, olho no relógio de pulso de Abby e já são 1:57, então eu saio da barraca com o maior cuidado possível pra não acordar os dois, quando olho para a ponte lá está Lucca com aquele sorriso FDP dele, passo ao lado do lago e chego até ponte

– Boa noite, Sr. Matteo

– Boa noite, Sr. Lucca, seu bobo – Ele sorri

– Vamos?

– É..., vamos pra onde?

– Só me segue cara (risos)

Ele me guia até o inicio da floresta, até uma rocha onde ele puxa a minha cintura e começa a me beijar, apertando a minha bunda, ele desce beijando o meu pescoço, tira a minha blusa, eu tiro a dele, em um beijo ardente ele morde meu lábio inferior, me puxa e nossos corpos ficam grudados, dando pra sentir tudo, ele me leva ao delírio, eu abro os olhos e vejo algo se mexendo atrás da árvore

– Tem algo... tem algo atrás da árvore – Digo sem parar de beija-lo

– Deixa não deve ser nada demais

– Não, tem alguma coisa, é sério – Tento tira-lo

– Esquece isso, deve ser coisa da sua cabeça

– Não, não é, sai mano – tento empurra-lo, mas é em vão – O que você tem? ME LARGA – Grito

Martin aparece e dá um empurrão em Lucca que o faz cair no chão

– Lucca, o que você estava fazendo? Se eu e Martin não tivéssemos chegado, o que ia acontecer? – Pergunta Abby

Quando olho, realmente tinha algo atrás da árvore, era Alec

– Alec? que porra você ta fazendo aqui? – Olho pra mão dele e tinha uma câmera – O quê...O quê você ta fazendo com isso?

Ele sai de trás da árvore com passos curtos

– Olha não é nada disso que você ta pensando

– Ah não? Eu acho que é exatamente o que eu tô pensando

– Lucca me ajuda aqui – Diz ele

– Lucca? Lucca você sabia que ele estava aqui? – Pergunto já com os olhos cheios de água

– Claro que não – Diz ele ainda no chão

– Não? Como assim não sabia? Ta querendo deixar a culpa nas minhas costas?

– Lucca, do que ele ta falando? - Pergunta Abby

– Diz Lucca, conta que eu tô aqui, pra comprovar que você ia cumprir o seu desafio

– Desafio? – Pergunto já chorando

– Isso mesmo, desafio, eu desafiei o Lucca logo que eu soube que ele viria morar aqui, era pra ele tirar a sua virgindade, se ele conseguisse eu teria que fazer algum que ele mandasse, e sabe porque ele não te comeu na casa da tia dele? Porque eu precisava estar presente. Não pensa que você ia me deixar sozinho nessa não seu cuzão

– Como é que é? Então quer dizer que eu sou só mais um desses desafios idiotas de vocês?

– Eu sinto muito Matt – Diz Lucca

– CALA A BOCA – Grito, indo com todo ódio pra cima dele, mas Martin me segura antes que eu chegue nele – Me solta Martin, Me solta, você não ouviu o que esse FDP acabou de dizer?

– Calma Matt, não vale a pena, não suja suas mãos com ele, você não é assim

Eu começo a chorar e abraço Martin, Abby começa a bater palma e diz:

– Parabéns Lucca, espero que você esteja ciente de que amanhã mesmo a minha mãe vai estar sabendo dessa palhaçada

– Eu...Eu quero ir embora – Digo com esforço

– Vamos amigo, vamos voltar pra barraca

– Não, eu quero ir pra casa, agora

– Você que sabe

– Vou avisar o professor e chamar meus pais, eles vão vir - Diz Abby

Depois que saio de lá, sento num banco e Martin fica abraçado comigo, já era cerca de 5 da manhã quando a mãe da Abby chega com o carro, Abby já tinha contado tudo que tinha acontecido, ela sai do carro me dando um abraço e falando pra eu me sentar no banco da frente, eu falo com Martin e Abby que eles podiam ficar lá, que eu já estava bem, o que não era verdade, eu estava destruído

– Lucca, entra no carro, agora – Ela grita com ele

Ela grita o caminho todo com ele, eu não consigo dizer uma palavra, quando chegamos, eu agradeço e quando saio do carro olho no fundo dos olhos dele e vou para casa