Destino Inalterável→ J. Hale

seis

ERA A PRIMEIRA CONSULTA DE ELISE e ela estava extremamente nervosa,jasper estava ao seu lado tentando lhe acalmar com o seu dom

Mas aquela mulher conseguia mexer mais com ela,do que ele com ela.

E ela estava ali,com uma mão agarrada as raízes castanhas dos cabelos encaracolados enquanto sua outra mão se ocupava com o volante cor de rosa que era um pequeno detalhe em toda a imensidão prata.

Seus olhos estavam brilhando,mas os seus dentes estavam cravados na carne de seus labios,que estavam avermelhados com a ajuda do batom,e do que ela estava fazendo.

– Anny? – A garota olhou de relance para Jasper,que a lançou seu sorriso lateral,que a fez sorrir,e voltar a olhar a estrada envergonhada. – Não precisa ficar nervosa,isso vai lhe ajudar a controlar tudo que está guardado ai dentro, princesa.

Ela respira fundo,puxando todo o ar que pode de seus pulmões,e os segurando por milésimos de segundos,os soltando,e olhando para jasper com o seu sorriso feliz de sempre.

– Só não estou acostumada,Jasper. – Ela relaxou no banco de couro completamente branco,encarando a cidade que se aproximava. – Você me acalma,acho que foi por isso que te chamei,me desculpe por te usar.

– Estou aqui para ser usado sempre,Anny-Elise. – Ela riu com a fala do loiro,que a acompanhou,e observou ela novamente,dessa vez calma e decidida,com os olhos fixos e brilhantes na estrada,um sorrisso lateral — que ela nem percebeu— no canto dos lábios,e a mão com as unhas douradas sobre o volante ,ao som de sua sua música favorita.

Ele podia realmente estar perdidamente apaixonado por aquela garota brasileira?

Mas,se ele nao estivesse apaixonado,o que era aquele calor—que não podia ser do coração— que se estabelecia em seu peito toda vez que ela sorria,a mente embaralhada e doido para a alegrar quando a vê deprimida.

Ah,ele estava derretido em si próprio,e por ela.

– Sabe,Jazz. – Ela parou por um momento,o lançando um rapido olhar,e o voltando pra estrada. – Posso te chamar assim,certo?

– Eu nao perguntei se podia te chamar de princesa. – Jasper deu de ombros,e ela remexeu os ombros,sentindo sua alto estima se elevar mais do que o normal.

– E eu não sou de qualquer jeito? – Ela sorriu,e ele amou o que aconteceu com seu corpo e na sua mente naquele momento.

Ele nunca achou que um dia Edward não o conseguiria o decifrar.

Mas naquele momento,vendo ela sorrir daquele jeito,com os perfeitos dentes brancos,a pele lisa e morena,o nariz com os lindos traços de sempre.

Ele nem sabia o que estava pensando.

– Você é. – E com aquela voz rouca,lhe falando isso enquanto os olhos dele estavam admirando aquela linda obra de arte na sua frente,ela ficou puramente vermelha.

E putz,ele pensou que o coração tinha acelerado.

Mas ainda estava parado.

Já eram 3 horas da tarde e Elise ainda estava dentro da sala médica,e sem ter a intenção,Jasper acabou ouvindo mais do que realmente deveria.

Agora ele sabia que ela havia perdido a mãe quando era pequena,que perdeu o ex-namorado aos 16,e que desde cedo ela amava estudar,que gostava de dançar e que se sentia bem com os amigos ao lado,que sempre foi boa nas condições financeiras,mas que não se sentia muito importante por causa disso. Ele sabia tambem que ela ja tivera pneumonia,que pegou já havia pego Dengue,e que ficou internada por um bom tempo,sabia que ela ja quase arrancará o pulmão fora pela gravidade que chegou seu problema.

Mas que se curou,e hoje estava bem.

E quando ele deu por si,ela ja estava parada a sua frente,sorrindo como uma criança enquanto seus olhos brilhavam encontrando os seus.

– Vamos Jazz? – Ela estendeu a mão para o ajudar a levantar da cadeira,e por educação ele a segurou,ficando em pé.

– Como foi lá,princesa? – Jasper lhe ofereceu o braço,e ela aceitou,segurando enquanto eles andavam.

– Bom,acho que me sinto mais leve,parece que tomei um banho de sal grosso.

– Como? – Jasper franziu as sobrancelhas,e Anny riu.

– Coisas do Brasil.

Os dois se manteram quietos por algum minutos,sorrindo um para o outro,e naquele momento Elise sentiu seu peito esquentar,como se o sol estivesse nascendo dentro de toda a nevasca que esteve a cobrir seu coração.

E ela amou isso.