Tessa VirtueConheço Scott desde criancinha, a mãe dele era treinadora de patinação no gelo, nos conhecemos quando minha mãe quis me matricular nas aulas. Meu pai é jogador de hóquei e eu queria ser uma jogadora assim como ele, apesar que o mesmo agora está aposentado da carreira de jogador campeão e agora treina uma liga de uma Universidade.
Queria ser tão incrível quanto ele, então minha mãe me colocou nas aulas com a senhora Moir e logo de início ela quis me pôr na patinação em dupla, a mãe de Scott viu algo em mim e minha mãe apenas concordou. Fazendo de mim uma patinadora artística.
No início foram pequenos treinos e então competições infantis, Scott me odiava e era mútuo. Ele pisava no meu pé quando estávamos no treino de balé nas outras salas, apertava minha mão com força no gelo, simplesmente o odiava também, era tão chato e mesquinho.
Depois minha mãe me colocou no mesmo colégio que ele, para estudamos juntos e ser uma dupla melhor, ele puxava meu cabelo e eu lhe dei um ou dois olhos roxos até ele parar com o bullying.
Então simplesmente quando estávamos com 12 anos , ele me pediu em namoro em uma feira da cidade, estávamos comendo algodão doce quando ele do nada perguntou.
- Quer namorar comigo? - Disse o Scott criança.
- Quero. - Respondi inocentemente. Então ele me beijou e foi estranho, primeiro um selinho e depois baba, nos afastamos achando nojento e limpando a boca, depois rimos e ele pegou na minha mão.
E simples assim Scott Moir foi meu namorado até os 14 anos. Quando descobrimos que namorar era mais que andar de mãos dadas, assistir filmes e dar selinhos. As coisas foram esquentando entre os adolescentes e eu e Scott terminamos.
"nossa mas porque? "
Por que somos parceiros de patinação e sabíamos que o namoro igual todo mundo da nossa idade estava fazendo, não era para a gente. Poderíamos acabar brigando por bobagens e isso acabaria com a nossa carreira.
Começamos bem nossos campeonatos Juniors, sempre medalhas de ouro e as vezes uma medalha de prata e um ou outro de bronzeAs coisas complicaram quando fomos para os sêniors o que faz apenas dois anos.
Começamos a ser empurrados para quarto e sexto lugar, parece que algo esta faltando e não sabemos.
A temporada acabou assim como o inverno, terminamos em sexto lugar no nacional e não fomos para o Mundial, surpresa? Nenhuma. Agora iríamos seguir com treinos e preparação.Esta manhã acordei a todo vapor, ainda Moro na casa da minha mãe, melhor para pagar as contas mas faço questão de pagar pelo wifi e ajudo nas compras. Sai do quarto já com a minha mochila de treino, usava calça legging e um body vermelho com um casaquinho por cima, passo pela minha mãe na cozinha pegando uma maçã verde após fazer minhas higienes matinais.
- Oi mãe, tchau mãe.
- Opa! Mocinha, não vai tomar café da manhã? - Minha mãe me para na saída da cozinha, ela estava pronta para levar meu irmão caçula no treino de futebol dele. Já tinha todas as laranjas e mexiricas cortadas bem tipico de mãe.
- Preciso chegar cedo no rinque hoje, eu e Scott vamos treinar um giro novo.
- Tome cuidado, por favor. - Minha mãe e eu sorria a ela, saindo de casa pensando que cuidado era uma coisa que iríamos precisar.
Entro no meu carro, gostaria que ele fosse elétrico mas é uma versão híbrido que servia bem até para o meio ambiente. Dirigindo o coitado velhinho até chegar no rinque, saia indo para o vestiário, guardo minhas coisas e vou encontrar Scott na sala de balé. O mesmo estava diante o espelho tentando ficar na ponta dos pés.
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