Escrevo essa carta com as mãos cansadas, pois já escrevi várias, só não quis entrega-las. Espero que ao menos você esteja bem, não vou falar como estou, isso nunca importou, de qualquer jeito eu já me acostumei.
Hoje uma lágrima tentou escapar do meu olho, ontem briguei comigo mesmo de novo, mesmo motivo de sempre, nada de novo, é tão difícil lidar comigo mesmo, com o passar do tempo eu percebo que meu ombro é meu próprio leito. Uns dias atrás quis explodir o mundo pra acabar com os problemas, em seguida quis abraça-lo, porém pensei "nenhum esforço vale a pena".
Curvas, caminhos cruzados, asfalto, terra... lutas, fracassos, obstáculos, guerra interna... coragem é tudo o que me resta, sem melancolia eu colho todos os frutos, saboreio cada um sem repudio, o presente foi à alguns milésimos agora é o futuro. Sabe, as vezes eu me apego ao passado, olho pra escada e conto todos os degraus, não estou tão alto, acho que eu nunca quis estar de fato.
Complicado, me sinto mau por não saber se estou bem e ao mesmo tempo me sinto bem por não saber, como já disse palavras atrás, estou acostumado. escrevi isso a toa, eu sei, afinal, você me conhece melhor do que ninguém.
Bom, preciso ir, vou novamente pro teatro que fica no zoológico, fingir que estou feliz, mas eu volto, eu sempre volto, depois escrevo outra carta, eu só não vou entrega-la.
De: Leandro
Para: Reflexo
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Versos Versáteis
Poetry~ 2° Lugar na categoria Poesia no concurso Write It out. Este livro contém textos, poesias e poemas feitos por mim, todos rimados ( alguns com jogo de palavras e trocadilhos ) podendo conter temas polêmicos e palavras de baixo calão, porém, eu prete...