Palavras Cortadas (parte 1/3)

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Meus sussurros percorrendo o inferno
Fazendo do paraíso meu ápice poético
Lápides preenchidas com versos
Erros são velórios e o mundo é um cemitério.

Chuva são lágrimas que molham as roupas
Gotas de mágoas que afogam as pessoas
Caminhamos léguas com Guarda-chuvas furados
Um triste fato, estamos todos molhados.

Carona com Caronte, olhem onde chegamos
Esperança em coma e já faz muitos anos
Nada mudou e nós também nunca mudamos
Tanto tempo passou e ainda nos matamos.

E essas são só minhas rezas sem auxílio de velas
As paredes escutam, mas além de mudas são cegas
Aconselho sussurros para àqueles que berram
Demônios nos cercam porque anjos também pecam.

Mais uma poesia... Não. Um atestado de óbito!
Sem autópsia enxergo um universo em seus olhos
Sem discurso de ódio, eis aqui os meus votos
Que todos descansem em paz enquanto eu converso com os mortos.

Por: Leandro Félix.

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