❌CONTOS DA SHORTFIC CHOICES❌
⚠ Leia "Balloons" e "Choices" para poder ler essa⚠
Um conjunto de contos do que aconteceu depois dos eventos de Choices.
Capa por: @sixjoon
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O som do tiro parece atravessar meu coração, meus ouvidos começam a zunir. Jungkook grita, um som triste e doloroso de se ouvir. É como se suas cordas vocais estivessem sendo partidas em milhões de pedaços. Sua voz rouca some rápido, restando apenas gemidos e choramingos por parte do garoto.
Taehyung levanta cambaleando, uma bagunça de sangue e massa encefálica suja o canto da cabine. O que restou de Jimin está caído no chão, seu rosto parece mais uma massa irreconhecível de pele e sangue.
Seguindo o plano, pego a faca em cima da mesa. Minhas mãos se movimentam involuntariamente, mal noto quando já abri os três pacotes de balões e os espalhei na mesa. Olho para Taehyung esperando que ele me chame para cumprir o resto do que foi dito mais cedo.
— Está feito! — ele fala, sua voz não passando de um sussurro rouco. Taehyung vira na minha direção, seu rosto está coberto de sangue, tanto dele quanto de Jimin. — Alice. — não é preciso que ele me chame outra vez. Sem pensar, já estou atravessando a cabine e parando na sua frente.
Ele entrega a arma para mim, sangue suja minhas mãos, me pergunto brevemente de quem é.
— Vai fazer direito, não vai? — assinto em concordância. — Desculpe não poder te levar também. — ele passa a mão ensanguentada pela minha bochecha, sua testa encosta na minha por um momento. — Preciso que você faça isso, vai ficar tudo bem com você, só... por favor, faça direito. — ele se afasta. Seu rosto ainda está próximo ao meu. Os olhos de Taehyung estão mortos, cinzas, não há nenhuma expressão em seu rosto.
Ergo a pistola até a testa dele. Taehyung fecha as duas mãos em concha na minha. Suas palmas quentes apertam o cano da arma na própria testa, como se quisesse sentí-la melhor. Um único gesto de cabeça e sei que a hora dele chegou. Puxo o gatilho ouvindo o estrondo da bala e do corpo de Taehyung caindo aos meus pés, seu rosto agora tão estraçalhado quanto o de Jimin. Seu sangue metálico espirra no meu rosto. Sinto o líquido escorrer pelo meu lábio.
Meu cérebro se desliga outra vez, só sei o que estou fazendo porque já fiz várias vezes. Viro o corpo de Taehyung o deixando com o peito virado para cima. Com a faca corto sua pele do peito até o umbigo. O sangue ainda quente encharca minhas roupas e meus braços. Vou retirando seus órgãos, um a um, uns saem com mais facilidade do que os outros. Uma imagem aleatória passa pela minha mente: eu, em um sala de aula enquanto dissecava um sapo.
Coloco os balões dentro do corpo de Taehyung. Quase escorrego no sangue ao me levantar, vou até a mesa e pego a agulha. A linha grossa já foi posta, me ajoelho e sem pressa costuro a carne de Taehyung. Por fim, analiso meu trabalho, feito, como ele pediu. Talvez ele esteja agora com os pais. Duvido muito.
