Park Jimin

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Hospital de Custódia Bujang Sanatorium's

— Uau, por essa eu não esperava! Perdoe meu traje antiquado, e queira me desculpar pela inconveniência do lugar, mas é tudo que temos pra hoje

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— Uau, por essa eu não esperava! Perdoe meu traje antiquado, e queira me desculpar pela inconveniência do lugar, mas é tudo que temos pra hoje.

— Boa tarde, Taehyung. — me sentindo perdido, sento no sofá cinza que está vazio. Vê-lo novamente faz meu estômago se revirar. De início pensei que o encontraria diferente, mas não é preciso de muito para saber que não mudou. Os mesmos cabelos castanhos, dessa vez, chegam na altura de seu queixo, tento não pensar no cabelo de Jungkook enquanto o olho. Taehyung está visivelmente mais magro, mas apesar disso, não parece ter envelhecido um dia sequer. Eu certamente não daria vinte e quatro anos se o estivesse conhecendo pela primeira vez. Os mesmos olhos escuros percorrem meu rosto, também me observando. Quando se dá por satisfeito, ele fala:

— Já terminou a inspeção? — me remexo na sofá. Ele permanece imóvel, quase inacessível. Seu pescoço está rodeado por um aparelho que lhe dá descargas elétricas baseadas em movimentos que podem ser considerados bruscos. Me pergunto quantos choques ele já levou.

— Você não mudou nada. — digo por fim.

— Isso é um elogio? — ele olha para as unhas, a algema está firme em seus pulsos. — É bom que seja.

— Não é. — ele ergue os olhos pra mim. — É só uma observação. — Taehyung inclina a cabeça para o lado. Seu cabelo escuro acompanha o movimento, caindo em uma cascata sobre sua testa.

— Soube que ontem foi seu aniversário. — comento.

— Espero que tenha trazido meu bolo, vou ficar muito decepcionado se estiver de mãos vazias. — Taehyung sorri, amargo. — Balões, balões, balões, voam sem parar, chame a mamãe e o papai e vamos todos brincar... — estreito os olhos, sem paciência.

— Sem bolo, lamento. Soube também que você lê livros para passar o tempo. — empurro a caixa de livros que eu havia empacotado do meu apartamento. Taehyung nem sequer a olha.

— Você parece estar sabendo muita coisa sobre mim, por favor, não diga mais nada, vou começar a me sentir especial! — diz sarcasticamente.

— A palavra especial passa longe do que você realmente significa pra mim.—  ele fica sério.

— O que veio fazer aqui? Sentiu saudades? — reviro os olhos.

— Não sei bem por que eu vim. — dou de ombros me acomodando no sofá. — Como está sendo sua vida aqui?

— Ótima, me sinto um príncipe! — ele retruca, mal-humorado.

— Sabe que está no lugar que merece. — cruzo as pernas. Taehyung ri baixinho observando meu movimento, mas não consigo entender por quê.

ᴀғᴛᴇʀ | ᴄᴏɴᴛᴏs | + ᴋᴛʜOnde histórias criam vida. Descubra agora