Capítulo 1 - A Filha da Vizinha

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Pi! Pi! Pi! Pi! Pi! Gabriela acorda para mais um dia ao som do despertador, ainda estava cansada da noite anterior devido a um bendito trabalho de Biomecânica que um professor havia passado e também pelo que havia ocorrido no dia anterior com ela.

Levantou da cama indo resmungando para o banheiro e quando estava começando a se arrumar ouviu sua mãe gritar do andar debaixo:

— GABRIELAAAAA...!!!!

— É Gaby mãee... Repreendeu sem muita paciência.

- TEM UMA MENINA AQUI CHAMADA JACKELLYNE ATRÁS DE VOCÊ!!

Ao ouvi aquilo olhou para o relógio de pulso que estava no seu lado, observando que já se passavam das 7:30 da manhã.  Gritando: DROGA!!! Despertador maldito!! Vou chegar atrasada na aula!!

Arrumou-se o mais rápido possível, jogou as coisas que estavam na cômoda dentro da mochila, saindo às presas do quarto descendo as escadas correndo quando ouviu uma voz doce dizer: " Bom dia Gaby!!"

Fazendo-a perder a passada, quando estava quase caindo sentiu uma mão macia e firme ao mesmo tempo a segurar pelos braços.

- Ei! Cuidado sua desastrada! Eu vou te dá uma carona para a faculdade e não para o hospital!

- Que bom que está sempre por perto para me salvar né Jackellyne! Dando um sorriso largo ao falar aquilo.

- Eu já disse para me chamar de Jackie.

Gabriela ainda estava pensativa com as coisas que aconteceram no dia anterior. Parecia que conhecia Jackie á mil anos, mais na realidade tinha menos de um dia e foi da forma mais estranha que Gabriela já conheceu alguém na vida, mais estava muito feliz de tela conhecido.

Flashback do dia anterior

Gabriela havia acabado de sair do laboratório e estava tarde, então, os corredores do campus estavam totalmente desertos. Ao chegar a uma das saídas que dava acesso á parada de ônibus um homem a abordou dizendo coisas sem sentido.

Com medo, ela não deu muita atenção e tentou se afastar o mais rápido possível, mais o homem a segurou com força pelo seu braço a puxando para um canto. Gabriela deu um grito e um soco com toda a sua força no rosto do homem quebrando o nariz dele, com o golpe ele soltou seu braço, então ela correu o mais rápido que pode pelos corredores do campus.

Ao chegar a um enorme corredor paralelo ela deu uma diminuída para tomar fôlego, foi então que percebeu que o homem mesmo com o nariz quebrado estava a seguindo, gritando: "Foge não princesa! Vamos nos diverte um pouco!!"...

Voltando a correr, quando fez a curva para o próximo corredor ela esbarrou em uma garota, Gabriela começou a dizer: Ttemmm.... um cara me seguindo! Ele tentou me agarrar!!

E para a surpresa dela a mulher respondeu: "Eu sei!" a empurrando para à parede ao ouvir os passos apressados cada vez mais perto, Gabriela rebateu. " Mais que diaabos! Ouviu somente um "Shiii!!"

O homem dobrou o corredor a toda não vendo quando a mulher esticou o braço fazendo-o cair desacordado com tudo no chão. Gabriela nunca tinha visto aquilo, parecia cena de filme de ação mais foi real e na frente dela.

Logo em seguida os guardas do campus chegaram algemando o homem.

Gabriela ainda estava em choque com tudo aquilo, tremendo da cabeça aos pés.

A mulher se virou pra ela perguntando: "Você está bem?", "Ele machucou você?", "Qual é seu nome?".

Gabriela tentou falar mais só saiu.. eu.. eu... eu... Começou a chorar. Imediatamente sentiu um calor a envolvendo, aquele abraço era tão bom, transmitia uma tranquilidade e segurança ao mesmo tempo, uma sensação que Gabriela nunca havia sentido antes.

Nessa hora, Gabriela ouviu uma voz doce no seu ouvido: Meu nome é Jackellyne, mais pode me chamar de Jackie. Qual é seu nome? Tirando o rosto que estava encostado no ombro da mulher a olhando nos olhos, dizendo: Meu nome é Gabriela, mais pode me chamar de Gaby se preferir.

- Muito prazer Gabriela.

Nesse momento uns guardas se aproximaram fazendo um monte de pergunta para ela e para sua surpresa aquela mulher a defendeu.

- Vocês não estão vendo que ela está abalada ainda e que não consegue dizer nada. Amanhã ela dará o depoimento para a segurança do campus. E levem logo esse homem daqui!!!"

Foi então, que Jackie perguntou para ela:

-Como você vai pra casa?

- Vou de ônibus.

- O QUÊ?!? Não vai mesmo! Não assim! Vou levá-la para casa. Vamos indo para o meu carro. Então, onde você mora?

- Eu moro no residencial Kycia, na rua City Park.

- É sério isso?

- Sim. Porque? Gabriela possuía uma cara de interrogação.

- Porque eu moro lá também e na mesma rua que a sua! Qual o número da sua casa?

Gabriela respondeu entrando no carro: - É no número 86.

- O que? Começou a rir ao ouviu o número da casa de Gabriela.

- Qual é a graça?

- A graça, é que eu moro na casa ao lado da sua. Eu sou sua vizinha ou melhor a filha da sua vizinha, isso tá cada vez mais interessante... kkk

- Como assim interessante?

- Ah, tudo! Qual é a probabilidade disso acontecer?  1 em 1 milhão!?!

Depois disso, foram para casa ouvindo um pouco de música, falando um monte de bobagens e rindo muito das besteiras que contavam uma pra outra. Gabriela nunca tinha se divertido tanto com alguém antes.

Quando finalmente chegaram Jackie colocou o carro na garagem e quando saíram do veiculo, se despediu com um beijo inesperado bem na região entre a boca e bochecha, fazendo coração de Gabriela bater mais rápido do que trio elétrico no carnaval.

- Foi um prazer enorme te conhecer mesmo que não tenha sido da melhor maneira, me diverti muito na volta pra casa hoje. Se você quiser eu te dou carona para faculdade amanhã. Pode ser? Jackie tinha uma sorriso estonteante de derrubar um boing.

Gabriela respondeu que sim com a cabeça.

- Legal! Então, 7:25 passo na sua casa ou melhor vou na sua casa para te pegar. Boa Noite. Saiu caminhando tranquilamente.

No seu pequeno trajeto para casa passava um turbilhão de perguntas na cabeça de Gabriela.

Quem é ela? Ela trabalha no campus ou é aluna também? Como ela sabia que estava correndo perigo? Desde quando ela era vizinha dela? Porque se sente tão bem na companhia dela? Porque seu coração está batendo tão forte? Que diabos foi aquele beijo? Porque quer tanto beijá-la agora? Será que está afim dela?

Mas uma coisa Gabriela tinha certeza, iria conseguir as respostas para todas aquelas perguntas.  

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