Capítulo 3 - Verdades

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Como era de se esperar de um acontecimento sigiloso ocorrido numa faculdade, todos já estavam sabendo da história.

Ao entrar na sala de aula Gabriela foi bombardeada por várias pessoas incluindo seus amigos fazendo diversas perguntas: Você está bem? Quem era o cara que te atacou? Me contaram que era um ex namorado seu, é verdade isso? Já soube que foi uma briga de gangue e que você estava bem no meio dela. É verdade? Quem foi a mulher que te salvou? Me falaram que ela é linda que parece um anjo?

 A paz de Gabriela só voltou ao normal quando o professor iniciou a aula, mais foi quando o diretor da faculdade e um homem bateram na porta da sua sala pedindo para falar como ela.

Inicialmente ficou assustada mais logo percebeu que era um policial que queria informações sobre o ocorrido no dia anterior. O que gerou ainda mais murmúrios entre os alunos.  

Quando estavam se dirigindo para a sala do diretor, Gabriela avistou Jackiellyne conversando com uma aluna e pareciam estarem discutindo feio.

Ao avistarem o diretor indo em direção à elas pararam de discutir.  Os olhos de Gabriela se encontraram com os de Jackie que perguntou para o diretor: - Está tudo bem senhor? E ele calmamente respondeu:

- Sim. Só estou levando essa aluna para esclarecer sobre o fato ocorrido ontem. Ah! Quero você daqui a pouco na minha sala também Jackellyne, preciso ter uma conversa com você.

- Sim, Senhor. Respondeu Jackie.

Na sala do vice diretor Gabriela sentou-se em uma cadeira e o policial na sua frente. Depois de quase 2 horas de depoimento ela foi dispensada, achou que nunca mais aquilo fosse acabar. Estava com uma baita dor de cabeça, mais aliviada ao saber que o homem que a perseguiu estava preso e em breve seria transferido para outro presidio fora da cidade, pois o homem possuía uma lista enorme de delitos e era procurado pela policia por estupros na região. 

Quando estava no corredor ligou seu celular novamente, de imediato diversas notificações começaram a chegar, tinha notificação de SMS, aviso de 17 ligações não atendidas, 32 novas conversas de what's e tinha até solicitações de amizade no facebook e instagram. 

- Mais que diabos é isso tudo? Se perguntava Gabriela incrédula.

Parece que ela virou celebridade da faculdade agora. Mais a primeira e única pessoa com quem ela queria conversar naquele momento era a mulher que salvou sua vida, Jackellyne.

Olhou as conversas do what's, vendo que uma delas era da Jackie.

Que por sinal, parecia bem preocupada com ela pelo que escreveu: "Liga pra mim quando terminar - 15:10"; " Tudo vai da certo é só dizer o que aconteceu com você- 15:13"; " Você já saiu da sala do diretor? – 16h"; "Porque seu depoimento está demorando tanto?- 16:20"; "Acabei ter uma conversa com o diretor e estou na minha sala reservada que fica no 4 andar - sala 28, espero você lá. Beijos – 17:10".

Era 17:20, fazia pouco tempo desde o último envio da mensagem, Gabriela apresou o passo indo se encontrar com ela.

Quando chegou ao quarto andar percebeu que estava sem a chave que Jackie lhe dera mais cedo. Então, bateu na porta ouviu uma voz suave mais séria perguntar:

- Quem é?

- É aqui que fica a sala da minha salvadora? Gabriela sorria com o canto da boca.

Ouvindo um som forte de cadeira se afastando, não demorando muito para a porta se abriu com tudo. Jackie a olhou com uma cara de alívio, Gabriela se aproximou pegando delicadamente em seu rosto.

- Estou bem querida, só quer..

A frase foi interrompida por um beijo terno com Jackie a puxando pela cintura para dentro da sala trancando a porta, a empurrando tranquilamente contra a mesa fazendo Gabriela sentar nela que por sua vez envolveu suas pernas nas de Jackie, ficando assim por uns 2 dois minutos.

Quando Gabriela ouviu:  - Eu te amo!

Gabriela olhou para Jackie com alegria e espanto ao mesmo tempo. Pensando, não é muito cedo para um " Eu Te Amo".

- Gaby, preciso te contar como eu sabia que você estava em perigo.

- Pois bem, eu estava de olho em você. Aliás, eu estou de olho em você a um bom tempo já. Mais nunca tive coragem de me aproximar de você com medo da sua reação. Ontem eu tinha tomado coragem e resolvi ir atrás de você no laboratório.

Gabriela estava calada prestando atenção.

- Mais quando cheguei estava fechado, foi quando eu ouvi seu grito e a vi passando correndo pelo o corredor paralelo. Quando avistei aquele homem indo atrás de você, eu corri pelo outro lado para a única saída para te ajudar e o resto você sabe.

- Desde quando você está a fim de mim? Quis saber Gabriela.

- Desde que me mudei há 6 meses. Te vi da varanda do meu quarto tomando banho de piscina, você estava linda, mais não percebeu que estava te olhando. Tentei conversar com você uma vez mais te vi beijando um rapaz e pensei: Deve ser o namorado dela não quero atrapalhar! Então, fui cuidar da minha vida. Mais voltei a prestar atenção em você novamente quando te vi na festa dos finalistas de fisioterapia.

-Peraí! Você estava naquela festa?

- Sim. Minha prima era uma das finalistas. Você estava arrasando naquele vestido bordado e sinto muito pelo que aconteceu.

Gabriela queria esquecer aquela festa, pois, ela foi traída e humilhada na cara dura pelo seu ex-namorado.

- Já passei por alguns traumas por me declarar para algumas meninas e tive medo da sua reação quando fizesse isso também. É difícil de acreditar mais eu sou tímida. Mais desde ontem as minhas atitudes tem sido diferente, me sinto mais confiante, brincalhona e que posso fazer tudo quando estou perto de você.

- Boba, eu não sou esse tipo de pessoa. A propósito você fez uma apresentação em grande estilo se quer saber, dando aquele golpe no homem. Aquilo foi demais!!! Você parecia o Bruce Lee!! Onde aprendeu a fazer aquilo?

- kkkkkkkkkk.... Bruce Lee foi boa essa!!!! Eu aprendi com meu pai ele era lutador de judô e começou a me levar para as aulas dele e aprendi a lutar, o que me ajudou muito a ter concentração, disciplina e músculos fortes apesar de não aparentar. ( Risos)

Depois daquilo tudo Gabriela sentou no colo de Jackie fazendo carícias em seu braço.

- Eu posso jantar na sua casa hoje?

Jackie pediu desculpas mais não podia aceitar, pois sua mãe não gostava quando levava meninas para sua casa.

Gabriela ficou pensativa, voltando a falar:
- Pois bem, vamos marcar para amanhã na minha casa! E o melhor de tudo, minha mãe não vai está lá. Dando um sorriso sapeca para Jackie a beijando.

- Mais o que sua mãe vai dizer quando souber que vou jantar na sua casa?

- Vou dizer que você é minha "amiga".

- Amiga é ? Jackie sorria.

- Uma linda, atraente e minha amiga colorida. Hahaha

- Hahaha... Okay. Vamos pra casa amor?

- Ahhhhh.... Diz de novo?

- O quê?

- Ai a palavra amor, né.

- haha.. Boba. Vamos pra casa meu amor? Dando um selinho em Gabriela.

- Simmmmm...

Deram mais um beijo demorado e apaixonado antes de saírem. Jackie trancou a sala, saindo conversando alegremente mais o que elas não imaginavam é que não estavam sozinhas alí. Alguém descobriu o segredo das duas e ia usar aquelas informações para tirar proveito daquela situação.   

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