Cap 12

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Any pensou consigo mesma; eu estou com saudade mesmo com ele estando tão perto de mim. Queria estar mais perto do que já estava, ficar abraçada com ele a noite toda. Esta manhã eles iriam ao pequeno parque, estava nervosa mas muito feliz, por estar perto dele, a sós e àquela hora, só haviam eles, mais um casal e outras duas meninas, de outra escola, provavelmente, ja que Any nunca as vira na sua. Eles foram na montanha russa; ele segurou forte seu braço, pois tinha medo e só foi por insistência dela. Ela gritava como louca e ele só queria o chão da terra de volta. Quando finalmente acabou, ela saiu de lá super feliz, quase rouca e ele, tremendo, morrendo de medo. Depois foram no carro-céu. Na roda gigante, quando parou lá em cima, ela estava mais tranquila, não tão eufórica e admirava a vista sorrindo e ele a admirava pensando "uau, que mulher linda, obrigado deus por trazê-la até mim". Quando ela o encarou de volta, ele virou o rosto... e apertou a mão dele.
- Obrigada por tudo - disse ela.
Ele não falou nada. Apenas sorriu e massageou a mão dela com o polegar. Ao fim de tarde, os dois voltaram sozinhos, a pé para a casa, ela comendo um algodão doce. Ele falou, esfregando a mão direita na nuca com a outra mao no bolso do jeans, meio tímido.
- então... - começou ele
- então... - disse ela
Ele riu, tímido
- o que eu te disse antes... aquilo que a gente conversou... bom... já que...- ele não queria ficar de rodeios e foi bem direto - acho que deveríamos aproveitar o momento.
Ela parou de andar e olhou para ele, meio perplexa. Por um instante ele se arrependeu do que acabara de falar. Mas aí ela abriu um sorriso lentamente.

No quarto dele, ele estava encima dela, beijando-a como se há 5 anos não fizesse aquilo. Segurando a coxa dela, pressionando-a, trazendo para mais perto. Ela segurando forte seu cabelo, quase arrancando. Eles não ultrapassaram disso, Any não achou que era o momento e Noah a respeitou, apesar da imensa vontade. Depois de duas horas assim, apenas tomaram banho juntos e se deitaram abraçados, concersando sobre a escola, a família de Any... Acabaram dormindo juntos, ela deitada no peito dele. A mãe chegou às 23:00 e foi até o quarto de Noah, quando viu eles dois juntos, não disse nada. Apenas fechou a porta bem devagar, já sabia da possibilidade de isso acontecer, conhecia bem o filho, eles dois eram jovens, solteiros e atraentes. Ficou levemente brava, mas não ligou, conversaria com o filho no dia seguinte.

Na manhã de sexta, Any estava no quarto escovando os cabelos, tentando não fazer barulho para acordar Mel. E Noah estava lá embaixo, colocando o café no copo, sozinho. Quando se virou de costas para o balcão, viu sua mãe de pé, com os braços cruzados, o rosto sério e tomou um susto, quase derrubara o café do copo.
- pode me explicar o que foi que eu vi lá emcima?
- o quê? - ele respondeu, sem entender nada... Mas aí se tocou - ah mãe...
- Noah, eu avisei a você: não se envolva com nenhuma garota por enquanto; se vocês acabarem fazendo alguma besteira. O que as pessoas vão pensar de você meu filho
- eu não me importo. Nós gostamos um do outro, não quer ver seu filho feliz?
- quero sim, mas ela não vai ficar aqui para sempre e você vai se sentir mal com isso - eles agora estavam a falar um pouco mais alto, não muito mas o suficiente para que Any pudesse ouví-los lá do segundo andar - ela tem uma vida em outro país e não irá largar por você, ela não pode fazer isso pq não é dona de si ainda
- a gente não vai casar, 'tá bem, mas me deixa aproveitar o momento - retrucou ele - Any saiu do quarto bem devegara agora para poder ouvir melhor - eu gosto dela e ela de mim, não há problema nisso
- você viu o que aconteceu da última vez? da última vez foi exatamente assim seria "apenas um romancezinho"- disse ela, fazendo aspas com os dedos - e olha o que acabou acontecendo... você ficou destruído por dentro, quer que isso aconteça outra vez?
Os olhos do garoto agora estavam marejados e ele olhou para a mãe muito bravo, teve um breve silêncio...
- Aquilo não foi culpa minha
- Nã-não meu filho, não foi isso o que eu quis...
Ele pegou a mochila e foi andando às pressas em direção a porta.
- Noah volte aqui!
Any estava paralisada, não sabia o que fazer, a única coisa que veio a sua mente num momento como aquele foi esperar um pouco, descer bem devagar com a mochila e sair escondida, como se não estivesse escutado aquela discussão. Não foi para a parada esperar o ônibus, foi atrás de Noah.

Encontrou-o sentado no balanço, com os fones de ouvido e um cigarro na boca. Quando viu ela parada, olhando para ele, tirou-os do ouvido e ficou admirando-a. Depois de um constrangimento momentanio, se sentou no outro balanço, ao seu lado.

- Oi - disse ela
Ele não respondeu, apenas deu um sorriso e ficou sério logo depois.
- Você ouviu tudo de camarote né?
- Não deu para não escutar...
- Desculpa, não é nada com você, te juro
Os dois ficaram em silêncio por um tempo, mas ela não pôde se segurar por muito tempo.
- Quem era?
- Ninguém importante, ela só não quer que eu me magoe com garotas de novo... Coisa de mãe
Ele então olhou para ela, que estaav com uma sobrancelha arqueada.
- o nome dela era Sina
- É? e o que aconteceu.
- ... Ela foi... minha primeira namorada. A gente tinha 13 anos. Conheci ela na internet, ficamos trocando mensagens, começamos a namorar e...
- E?
- Ela me largou por outro, foi isso.
A conversa terminou ali, para ele. Pois Any estava com a pulga atrás da orelha. Ele nunca falou de nenhuma ex, nenhuma Sina, nem quando eram apenas amigos e ela já contara a ele sobre meninos. Quando ela perfuntava, ele dizia que só tinha namorado uma vez e havia ficado com outra menina.

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