Foi uma longa viagem de carro até Luisiana. Eles passaram por um pequeno hotel barato, apenas para tomar banho e comer um bolo delicioso que vendia ali perto. Agora estavam no carro que alugaram, ouvindo a playlist de Noah, que Any tivera que admitir: odiava. Ela lembrou como era maravilhosa as músicas que ele fazia, porém seu gosto musical não era como o dela.
- Você vai amar lá, muita gente, muita festa e está em alta temporada - disse ele, animado. Sorrindo em direção ao destino, estavam perto da entrada de Luisiana, três da madrugada.
- É, tenho certeza - disse ela, sentia um pouco de calafrio quando lembrava daquela história toda com a Sina, a ex namorada dele. - Disseram que é a cidade brasileira, então...
- Ah, não sei o que quer dizer com isso, mas... ok.
Ela colocou o cinto e virou o rosto para dormir, estavam em uma rodovia, mais duas horas até chegar lá. Ele parou no meio do caminho para abastecer.
- Obrigado - disse o frentista do posto
- Eu que agradeço. Ah, perdão você sabe me dizer se Luisiana fica muito longe daqui?
- Rapaz, se você quer chegar lá tem um caminho que é bem mais rápido que você pega caminho por aquela ponte, ali emcima - disse o rapaz, apontando para uma enorme ponte que atravessava um rio bem longe da vista deles, estava passando muitos carros. - Por ali corta o caminho, se for direto, vai demorar mais tempo.
- Tudo bem, obrigado de novo
- De nada.
Ele então demorou muito para enxergar a ponte, mas 10 minutos depois a encontrara. Estava ansioso por ver aquela cidade maravilhosa de novo. Sentia falta de uma boa festa. Any acordara quando eles estavam atravessando a ponte de carro.
- Bom dia dorminhoca
- Bom dia - responder ela bocejando e esfregando o olho. Ela olhou para o lado e perto dos pés dele, duas latas de energéticos vazias e mais uma cheia.
- Dirigiu a noite toda? - perguntou ela
- Mas é claro. Por sorte achei um caminho mais rápido, estamos chegando amor.
Ela limpou o olho, sorriu e comeu um frigels.
Não demorou muito para chegar em uma rodovia e depois em uma trilha de trem na beira da estrada, com duas linhas. Eles deixaram o carro na mesma concessionara onde alugaram o carro, só que em Luisiana, com a placa dele, RG do Noah e confirmaram a devolução do carro com a loja e dez minutos depois fizeram e confirmaram o restante do pagamento. Foram para a estação ferroviária, já estavam exausto mas por sorte, não era muito longe dali. Mesmo assim estavam exaustos.; Noah principalmente. Carregavam cada um duas malas. O efeito dos energéticos havia passado e agora ele quem dormia no ombro dela no trem à caminho de New Orleans. Ela lendo seu livro a garota que roubava livros, muito concentrada.- Wake up baby - chamou Any - o moço disse que a próxima estação é a nossa.
- Oh, yeah - ele despertou depressa. Ela deu um beijinho na bochecha dele e ele sorriu, olhando para ela todo apaixonado. Desceram do trem aos empurros, sendo jogados por outros passageiros. Desceram da plataforma e Any já ouvia barulho de festa ao longe, bem baixinho.
- Chegamos - disse ele - só precisamos andar mais um pouco.
- Ai, estou cansada.
- Anda, não seja preguiçosa - disse ele, indo na frente dela. Ela não pôde fazer outra coisa a não ser segui-lo. Já vira de longe as casas, barulho de trombone e pessoas gritando.
- Meu Deus, parece carnaval no Brasil
- Eu te disse - disse Noah, rindo, meio convencido.
Era tudo muito lindo, as pessoas lindas e também muito animadas, ao som de Jazz. Any passou por todos sorrindo.
- Oh, olha só quem está aqui - disse um senhor gorducho de mais ou menos um metro e sessenta de altura, com um tambor amarrado ao corpo, segurando dois taquinhos, parou de bater quando viu o Noah no meio daquela multidão de gente. Ao som de Uptown Funk, tocada por trambones e quem cantava era a própria multidão. As casas pareciam ter sido combinadas para serem feitas daquelas formas, pois todas eram de dois andares e sempre com uma cor escura. Eram simples mas bem bonitas. Se os Estados Unidos é uma escola, provavelmente Nova Orleans é a turma do fundo que sempre faz festa. Noah segurou a mão de Any e foi até o senhorzinho cumprimentá-lo com um abraço e um beijo na bochecha.
- Oi senhor Felton - disse Noah, tentando falar mais alto que a multidão
- Ai que bom ver você por aqui meu garoto... - ele grudou os olhos em Any - quem é essa moça bonita que está ao seu lado?
- Ah, bem... essa é...
- Noah? - perguntou uma garota baixinha com cabelo preto e mechas roxas, tentando reconhecê-lo, se aproximando - É você mesmo?
- Oi - disse ele, sorrindo
Ela o abraçou e acenou de leve para a Any depois.
- O que está fazendo aqui? - perguntou o Sr. Felton
- Bom, eu... vim passear um pouco... com a minha namorada - disse ele, agarrando o ombro de Any, que sorriu simpática para a garota que ela ainda não sabia o nome e para o Sr. Felton.
- Seja bem vinda - disse a garota - prazer, Lia
- Oi, prazer Any.
- Bom, venham comigo - disse Felton e Noany o acompanhou entre a multidão, ele levou as duas malas dela e Lia continuou onde estava. Eles chegaram em frente ao que parecia ser uma pensão, uma porta pequeninha e uma escada apertada.
- Nossa, aqui não mudou nada - comentou Noah
- Sua tia Lorenza vai ficar muito feliz em vê-lo - disse Felton, animado.
Any achou aquela situação toda muito estranha, olhou desconfiada para Noah, que piscou um olho para ela. Eles subiram 20 degrauzinhos e Any ficou impressionada, como uma portinha daquela podia dar para uma casa tão bonita e arrumada. Feita de madeira, mas uma madeira que parecia ser importada, muito bonita.
- Nossa - disse ela, sem conseguir conter que estava perplexa. Parecia aquelas cabanas de floresta de filme de terror, que é muito bonita para atrair as crianças e a bruxa fazer sopão deles. Eles estavam na sala, com uma linda cortina preta, tapando a janela, um sofá sem capa, de cor nude com uma teve de frente, um lustre pindurado no teto no meio da sala, muito rico em detalhes e cheio de velas. Uns quadros lindos, e um fake da Monalisa pendurado entre duas janelas que eram as únicas que estavam abertas. Um piano no canto direito, perto de uma porta. O Senhor Felton foi até lá e bateu de leve. De lá, saiu uma moça com um jaleco branco.
- Ela pode receber visitas agora, não pode?
- Claro que posso - disse uma voz rouca, de velha, que vinha de dentro daquele cômodo.
- É a tia Lorenza, tem um sério problema com álcool desde que o marido a largou, sofreu um acidente e agora precisa de acompanhamento da fisioterapeuta para se recuperar aos poucos.
- Ah, querida, Noah está aqui
A Dra saiu pelas escadas.
- Noah? - a voz dela soava de surpresa e felicidade - mande entrar, anda!
E ele entrou, Any apenas se aproximou da porta, juntando-se ao tio Felton.
- Oi titia, tudo bem?
- Tudo, ai meu Deus, quanto tempo - ela segurou o rosto dele - você está lindo, com certeza é o sobrinho mais bonito dessa família toda.
Ele riu do comentário. Ela estava deitada numa enorme cama, naquele quarto, parecia uma verdadeira rainha no seu trono e Noah era o príncipe que estava sendo mimado. Ele se sentou perto dela.
- E aí, como está meu garotinho?
- Estou bem, muito bem.
- Ele sempre fora carinhoso com ela - sussurrou Felton para Any - E você? Perdão perguntar mas... como é sua vida?
- Eu? Ah bom... eu... trabalho no Tribunal
- Jura? como?
- Cuido de causas do dia a dia, sabe?
- Ah sim... Uau, Noah é tão sortudo!
Ela ficou olhando ele e a sua tia conversando baixinho. E a pergunta que não saía da sua cabeça era: Quanto tempo eles não se falavam? Eles souberam do acidente do Noah? Nunca me falou deles e nem mencionara uma tia em Luisiana.
- Sua mãe é uma vadia mas eu amo vocês, sinto falta da minha Melissa também - falou a velinha, com a voz muito rouca e Any pensou que talvez ela tivesse alguma briga mal resolvida com a irmã. Ela pensou em perguntar ao Felton, mas seria muita indelicadeza... perguntaria ao namorado mais tarde.
- Quero que conheça uma pessoa - disse ele, se levantando e levando Any até a Lorenza pela mão.
- Tia Lorenza, Any, minha namorada e Any, essa é a minha tia Lorenza.
-Oi, prazer - disse Any apertando a mão dela e sorrindo
- Prazer minha querida, você é muito linda
- Ah, obrigada. - disse Any, meio tímida. Noah sorriu orgulhoso das duas. Lorenza de repente olhou para o Noah.
- Oh, meu Deus... Lia deve estar chorando no quarto agora.
Noah desmanchou o sorriso que tinha em seu rosto e agora parecia meio desconfortável com aquela frase. Any também desmanchou o sorriso e olhou para ele.
- O que foi? Não sabia? - perguntou Lorenza - Lia era apaixonadinha pelo meu Noah
- O quê? Sério? - perguntou Any
- É sim. Bom, dizem que primo não é família... ela e Noah foram pegos uma vez dando uns amassos no quarto dela, a primeira vez que ele veio para No...
- Tia Enza, por favor... - disse Noah, implorando para ela parar.
Any ficou meio desconfortável.
- Oh minha querida, se você soubesse o quanto nossa família tem a vida amorosa amaldiçoada.
Any arqueou as sobrancelhas.
- Tudo bem, ah... - interrompeu-a o Felton, entrando no quarto - Porquê não vão tomar banho enquanto eu cuido dela? Sério, podem deixar as malas no quarto de hóspedes, Noah, você lembra onde é, não é? Leve-a para lá. Quando for hora do jantar nós os chamamos. Vocês precisam de privacidade agora, porque são um CASAL. - disse ele, dando ênfase na última palavra, como um recado para Lorenza.
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A Couple of Legends
Fanfiction[CONCLUÍDA] Any sai de seu país de origem para realizar seu sonho de fazer um intercâmbio, durante um ano. Mas os problemas com sua Host Family acaba mudando completamente seu rumo. Any | Me perdoa por isso mas eu preciso te deixar para viver a minh...