PRÓLOGO

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Dezembro de 2021

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Dezembro de 2021



Any

Já estou na sala de desembarque

Ok, estou aqui fora te esperando


  Bloqueei a tela do celular e desencostei da parede indo para mais perto da saída da sala de desembarque e consegui ver Any esperando suas malas. Demorei um pouco para reconhece-la já que ela estava usando uma máscara e óculos escuros, além de seu cabelo estar para dentro do capuz do moletom preto que usava. Tive vontade de rir, porém lembrei que estou praticamente do mesmo jeito.

  Observei ela passando pela porta olhando para os lados, procurando por mim. Quando seus olhos pararam em mim eu acenei e ela veio em minha direção arrastando o carrinho com suas malas. Quando parou em minha frente eu sabia que ela estava sorrindo mesmo por trás da máscara. Abracei fortemente ela sentindo o tecido de sua roupa.

-Quanto tempo! –Ela disse brincalhona. Fazia uma semana desde que acabou o último bootcamp do Now United, o próximo seria em meados de janeiro.

-Eu sei que você morreu de saudades da minha presença. –Respondi lhe dando uma cotovelada, provavelmente ela teria me mostrado língua se estivesse sem máscara.

  A abracei de lado e começamos a andar para a saída do aeroporto. Meu carro estava estacionado no início do estacionamento, então foi não demorou tanto para já estarmos dentro dele.

-Oi. –Eu disse tirando os óculos e a máscara. Ela fez o mesmo e abaixou o capuz revelando sua juba cacheada bagunçada.

-Oi, Noah. –Sorriu cansada.

  Dei partida no carro e logo estávamos a caminho de minha casa. Vi Any apoiar a cabeça na janela, ela estava cansada da viagem e provavelmente chochilaria. Depois de um tempo de viagem em silêncio, Any me olhou.

-Não estava dormindo? –Perguntei.

-Não, só descansando. –Ela passou os olhos pela rua que estávamos. –Noah, onde estamos indo?

-Para minha casa. –Respondi óbvio.

-Esse não é o caminho da sua casa. –Estreitou os olhos para mim. –Está me sequestrando Urrea?

-Sim, Gabrielly. –Digo seriamente. –Terei que te vender.

-Sempre desconfiei que era um criminoso. –Ela se finge assustada.

-Oh, merda, não disfarcei bem! –Digo dramaticamente e ela ri de mim. –Mas, sério, eu mudei de casa e estamos indo para minha mais nova moradia.

-Está morando sozinho? –Perguntou um pouco confusa. Acenei com a cabeça afirmando. –Animado, viu?

  A questão é que não tem porque morarmos sozinhos. Com o Now United sempre estamos viajando e ficamos poucos meses em casa. Morar sozinho é gastar dinheiro atoa já que nem moramos realmente na casa. Só Heyoon, Sabina, Krystian, Diarra e eu moramos sozinhos.

-Estava impossível morar com meus pais. –Respondo.

-Era uma região muito acessível para os fãs, não é?

-Sim. Agora, essa casa é em um condomínio fechado. –Aponto para a entrada do condomínio mais a frente. –Ele é pequeno, com um preço ok e só tem idosos praticamente. É perfeito.

  Já dentro do condomínio estacionei o carro em frente a minha casa. Ela é simples, porém perfeita. Tem três quartos, sendo um para mim, outro de hóspedes e outro totalmente para presentes de fãs e lembranças de shows.

-É a sua cara. –Any diz observando a casa. –Acho que nem preciso perguntar do porque não estacionar na garagem.

  Rio de seu comentário e vou destrancar a porta da entrada. Assim como na casa dos meus pais, a minha garagem é meu estúdio. Deixo a porta aberta e pego duas malas da Any e ela pega as outras duas. Deixamos as quatro no quarto de hóspedes.

-Vem, vou te mostrar a casa. –A chamo.

  A casa toda tem uma decoração vintage, então a paleta de cores condiz com a decoração. No "quarto de fãs", Any ficou totalmente encantada. Tinha um armário transparente que tomava uma parede inteira, nele estavam os presentes. Na parede oposta do armários tinha uma prateleira onde ficavam os presentes maiores feitos a mão, como bonequinhos. Na parede da janela um mural ocupava ela toda cheia de fotos com fãs. E na parede da porta estava um gaveteiro longo cheio de pastas com cartas de fãs.

-Ainda separa as pastas por países? Eu comecei a organizar assim depois que você deu a idéia. –Any fala passando a mão pelos gaveteiros.

-Sim, aliás eu tenho muito mais pastas do Brasil do que qualquer outro país. –Comento e ela sorri orgulhosa nem um pouco surpresa. Nossa maior fã base continua sendo o país dela.

  Por último fomos para a garagem. O estúdio estava praticamente igual ao outro, só que maior. Any passou a mão na bandeira do Brasil que eu trouxe do outro estúdio e sorriu para mim.

-Essa é sua melhor decoração.

-Claro. –Rio arqueando as sobrancelhas. –Quer comer ou dormir?

-Dormir, preciso urgentemente dormir. –Ela boceja e sorri preguiçosamente. –Boa noite, Noah Ureia.

  Reviro os olhos com o apelido e dou um abraço rápido nela.

-Boa noite, Ana Gabriela.

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