Capítulo 10 - Passado...

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Zack P.O.V.

Passamos pela porta e havia um longo corredor, que merda parece que esse lugar não tem fim! Enquanto ando o sons de passos da Ray vão ficando mais baixos, me viro e Ray está muito pra trás.

"Hey! Que lentidão é essa?"- eu grito da onde estou-" Temos que andar rápido!"

"Certo, estou indo"- ela responde com sua cara sem expressão.

Continuo andando, mas os passos dela pareciam ficar mais lentos, eu parava e andava de novo, é sem dúvida, ela está indo muito devagar! Me viro e vou até ela.

"Que foi? Você está muito devagar!"- pergunto impaciente.

"Está tudo bem, pode ir andando eu já te alcanço"- ela responde.

"Nem fodendo! Se nos separarmos, aquela vadia pode aprontar algo! E podemos nos perder!"- eu reclamo.

"Eu... estou um pouco tonta"- ela fala lenta.

O veneno, deve ter afetado muito ela...ela parece mais pálida que o normal, droga, não podemos caminhas desse jeito! Eu penso no que fazer, ando um pouco a frente e vejo um espaço do lado esquerdo do corredor como um encostando, olho nos cantos, sem câmeras, ótimo, volto para Ray que me olha confusa.

"Vem"- pego no pulso dela a puxando pro canto, faço ela ficar na parede, eu fico em uma que ta de costas para o caminho do corredor-" aqui a câmera não pode nos ver, aproveite para descansar"

Ray me olha e se senta no chão, em alguns minutos ela já estava dormindo, eu a observo, ela parece um anjo...sua pele é branca e seus cabelos são longos e loiros, seu rosto também é delicado, ela é tão...linda...antes que me dê conta eu estava sentado na frente de Ray a encarando, ela se mexe e eu me jogo ao seu lado pra que ela não me veja, então seu corpo tende para meu lado e ela deita em meu ombro, meu coração bate rápido, mas que porra é essa?! Por que tô tão nervoso? Olhando ela agora lembro de tudo o que temos passado, ela tem me ajudado bastante, ela tem sido incrível, cortou bonecas e criou até uma bomba caseira e quando ela pulou em mim...ela é tão pequena, parece frágil, mas está longe de ser frágil! Eu não sou inteligente como ela, sou apenas um monstro que sabe cortar, mas irei sair daqui, com ela junto!

Acabo caindo no sono junto, e então, um sonho, ou melhor dizer, um pesadelo...

- Flashback on -

Estava chovendo e eu estava em um canto afastado da sala, comendo e comendo, enquanto aqueles dois estavam, o velho sentado no sofá com sua TV ligada e a velha em pé, estava conversando.

"Aquela criança chegou a um mês, só percebi pelo cheiro e quando vi estava morta!"- a mulher dizia.

"Enterre-a oras!"- o homem diz-" Ninguém vai vir aqui ver crianças que conseguimos por alguns trocados"

"Eu estou cansada de enterrar corpos!"- a mulher suspira.

"Ah, por que não põe aquele moleque pra fazer isso?"- o homem dá ideia-" Assim seria uma peste cuidando de outra peste!"

Eu paro de comer e olho a mulher que agora está atrás de mim.

"Venha"- ela me chama, eu me levanto, vamos até a cozinha e ela me entrega um saco preto grande e pesado.

Fomos pro quintal atrás da casa, a mulher estava atrás de mim, ela estava usando guarda-chuva enquanto eu enterrava aquele saco preto...

-Flashback off-

"Zack?"- escuto Ray me chamar, abro os olhos.

Ray levanta a cabeça e pisca algumas vezes, ela me olha, pelo seu rosto não consigo perceber se ela esta surpresa de eu estar ao seu lado, esse olhar morto, não da pra entender nada!

"Se sente melhor?"- pergunto sem olhar mais em seu rosto

"Sim"- ela boceja.

"Consegue andar?"- me levanto irritado-" Graças a você tive um pesadelo que me deixou irritado..."

Ela acente e se levanta, continuamos andando.

"Sabe, Zack"- ela começa-" achei que você iria morrer naquela cadeira elétrica"

Chegamos a uma porta no final do corredor, eu paro e a olho por cima do ombro.

"Precisa muito mais do que aquilo pra me matar"- eu digo orgulhoso.

Abro a porta, era um corredor com jaulas, como um corredor de uma prisão.

"Me...ajude..."- uma mão saia de uma jaula, Ray se abaixa.

"Ei Ray, deixe ele ai!"- eu reclamo.

"Ele já está morto..."- ela suspira.

"Ora oraaaa, olá! Parecem que vocês estão se ajudando não? Estão funcionando como ferramentas um do outro né?"- escutamos a voz da vadia sádica.

"Cala a boca!"- eu grito.

"Mas quem será a principal ferramenta de quem ai?"- ela ri.

Eu bato minha foice na parede irritado com as lembranças que vem na minha cabeça, maldita vadia, ela sabe! Ray está me olhando confusa.

"Zack?"- ela se aproxima.

"Vamos"- digo grosso.

Abrimos uma porta e era uma sala onde havia uma casa de bonecas e uma estante com uma caixa cheia de gavetas com um livro em cima. Haviam dois tapetes, um era o trabalhador e o outro o diretor. Me aproximo da casinha de bonecas, não, não pode ser!

"Olá olá! Parabéns por terem conseguido chegar até aqui! Agora vocês terão que encarar essa punição para passarem!"- a sádica aparece numa televisão-" Um de vocês será o que faz e o outro que dá ordens, qual será quem hein? Huhuhu"

"Eu fico aqui"- Ray fica em cima do tapete escrito diretor que estava de frente para a cômoda.

"Tá!"- eu reclamo, olho aquela casa e cada um de seus componentes, essa vadia sabe, ela sabe, quando eu a vir irei fatia-la por fazer isso comigo! Meu corpo está tremendo.

Escuto um som e uma gaveta abrindo.

"Charadas..."- Ray diz.

"Divirtam-se!"- aquela vadia sádica sorri.

Angels of Death - O Anjo e o MonstroOnde histórias criam vida. Descubra agora