1 - O início do fim

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Olá pessoal!
Esta é a primeira vez que escrevo uma estória do gênero, e bom, nunca esperei que uma redação escolar fosse me render uma ideia dessas. Espero que gostem, boa leitura!


   Os pequenos flocos de neve caíam pelas ruas da pacata cidade de Oriana. As pessoas andavam todas trajando seus melhores casacos, o som da orquestra na praça central tomava conta, enquanto casais apaixonados patinavam no lago congelado. O clima perfeito para aquele inverno de 1965.
   Naquela noite, na cidade que nunca em sua história tinha registrado um crime terrível, o inesperado aconteceu. Tal façanha amedrontou todos que lá viviam, mas o mistério era: quem cometeu tal ato? Aquela noite, a família Skies tinha sido cruelmente assassinada, e apenas a jovem filha do casal havia restado, o que de súbito foi estranho. O dia treze de março daquele ano foi marcado com um acontecimento extremamente assustador para os moradores daquela cidadezinha pacata.
  A bela Aurora Skies estava inconsciente. Sua família possuía marcas horrendas pelos corpos; iam de arranhões até cortes que formavam desenhos desconexos, e a hipótese da polícia da cidade agora, era de que a menina matou toda sua família para tomar posse dos bens, e depois, dopou-se em seu quarto para não causar suspeitas. Seria essa a verdade?
   A garota acordou em um local desconhecido por si, e logo deu-se conta de que estava na cama de um hospital. Olhou em volta, procurando algo ou alguém que lhe fosse familiar, e nada encontrou, a não ser um dos policiais que costumava conversar animadamente todas as manhãs com seu pai. Aliás, onde estava seu pai?

— Senhor Carson? – sua voz soou fraca – O que aconteceu? Por que estou aqui?

— Que bom que acordou... – o senhor de meia idade por fim falou, ainda com seu semblante triste – Bom é... Aconteceu algo muito grave, Lola. E esperávamos que você se lembrasse de alguma coisa.

— O que? Bom, eu não consigo lembrar de nada, nada... – a garota sentiu fortes dores em sua cabeça, enquanto revirava as lembranças nebulosas que tinha – Eu apenas lembro de ouvir papai gritando, mamãe me mandando ficar no quarto, e o David... O David chorava, assim como a vovó pedia para ele se esconder.

— E o que aconteceu depois disto? – para aquele senhor, tudo soava duvidoso.

— Eu não lembro, só lembro de sentir meu corpo pesado, e logo após isto, eu apaguei. Não sei exatamente o que houve. – ela suspirou pesadamente.

— Aurora, sua família foi encontrada morta em sua casa ontem durante a noite. – ele fez uma pausa antes de começar – A senhora Johnson quem comunicou a polícia, ela estranhou a ausência de vocês na festa da cidade, e contou que tudo estava aberto. Você estava inconsciente em seu quarto e, a polícia, está tentando solucionar o caso.

    Naquela hora, a jovem deixou com que as lágrimas escapassem. A realidade tinha lhe dado uma bela facada, não sabia ao menos o que fazer e pensar ela nem perto chegava. O que diabos era tudo aquilo?
   De repente, todo o seu mundo encantado tinha desmoronado, sem pestanejar e sem lhe dar tempo de salvá-lo da destruição. Seu coração doeu, e sua cabeça, parecia explodir a qualquer momento. Para onde irei? O que eu devo fazer? Pensou.

— Não, isso é mentira! – a garota praticamente gritou – Isso não pode ser real, eu me nego a acreditar. Como isso pôde acontecer? E como isso aconteceria em uma cidade minúscula como essa e logo com a minha família?

— Aurora, acalme-se. Você não tinha como imaginar tudo isso, eu entendo – o homem acariciou sua barba, levantou-se do banco e andou até perto da cama da garota – Eu também me nego a acreditar em toda essa história, o seu pai era e sempre será meu melhor amigo, e tive a honra de ver você e David crescerem. Para a polícia, você é a culpada, porém, eu sei que não, eu sinto isso. Eles querem te levar pra um lugar horrível, e eu estou fazendo o que posso para tentar impedir, mesmo que seja pouco, já que sou apenas um oficial sem um cargo alto.

Os Contos de GrandhillOnde histórias criam vida. Descubra agora