SENTIMENTOS PERIGOSOS

245 36 27
                                    

-Quer dizer então que você deixou a sua namorada brava?

Lex perguntou depois de ouvir da sua irmã o que havia ocorrido noite passada e a morena suspirou apenas em lembrar.

-Não foi a minha intenção...

Murmurou de volta.

-Eu sei! Eu sei que Kara é uma... Espécie esquisita de amiga para mim, tendo em vista que eu sinto vontade de beijá-la, tocá-la... Mas nós não fizemos nada de errado! E eu percebi que ela é muito mais do que ela acha que é. Eu só quero fazê-la bem. Eu só quero fazê-la se sentir especial, dá-la bons momentos e estar por perto para poder presenciá-los.

Lex fez uma expressão confusa, pareceu ponderar o que iria falar a seguir, como se tivesse caçando as palavras corretas.

-E se... E se você estiver apaixonada pela Kara?

Lena o fitou de imediato com um olhar assustado.

-O quê?

Perguntou com um sorriso confuso.

-Eu não posso Lex. Não seja exagerado.

O homem suspirou e umedeceu seus lábios, certo de que aquele assunto era delicado para a sua irmã.

-Lembra quando você me falava dela fisicamente? Que tinha uma queda nela... E então, aqui está você falando de coisas como estar perto, fazê-la bem e se sentir especial... Isso parece uma coisa simplesmente carnal para você?

Não. Não parecia. A expressão de derrota que Lena Luthor fizera fora visível: Ela parecia concordar com o irmão. Antes, ela vira o exterior de Kara e sentiu-se atraída pelo que via, mas agora? Ela parecia se sentir atraída pela sua alma, como se olhasse para ela também e não mais apenas para o corpo da loira. Ia muito mais além do que o físico, Lena constatou ao pensar que fazer Kara feliz era algo viciante.

Que quando a Danvers dava aquele belo sorriso por alguma coisa que ela lhe fizera, ela sempre queria fazer mais e mais para fazê-la sorrir novamente. Como? Como aquilo foi acontecer? Como ela se deixou apaixonar por sua cunhada? Como se deixou se apaixonar por Kara Danvers? Lena mordeu seu lábio inferior olhando para um ponto fixo no chão. Que confusão fora arrumar, tivera de rir internamente de si mesma. Não importa como, a sua vida amorosa sempre acabava metendo-se numa confusão.

-Oh eu não posso... Eu namoro a irmã dela! E gosto da minha namorada. Samantha foi a primeira pessoa para quem eu dei uma chance depois de anos amargando a perda da Carol e fechada para qualquer tipo de relacionamento!

-Você quer saber? Não se cobre tanto! Apenas viva e deixe para se lamentar depois.

Aquele era um dos concelhos mais loucos que Lena já ouvira, de fato. E seu irmão não era mesmo um dos melhores conselheiros do mundo, mas ela gostava de contar com ele. Ele não a julgava e embora do seu jeito, tentava ajudá-la no que podia. No dia que se seguiu Lena tentou focar o máximo em seu trabalho, não ligou para Samantha. Não falava com ela desde a discussão, mas acabara tendo uma surpresa no horário do almoço.

-O que faz aqui?

Ela perguntou ao ver Samantha Arias escorada em seu carro. Samantha suspirou e comprimira seus lábios, ela tinha uma expressão de quem parecia estar arrependida. Mas a expressão de Lena continuava impassível.

-Eu vim... Almoçar com você.

-Vai ser assim? Você dá aquele ataque todo e depois quer almoçar comigo como se nada tivesse acontecido?

Samantha dera um passo à frente relevando o tom levemente indignado de Lena. Porque ela realmente sentia que havia perdido o controle naquela noite.

Dangerous Feelings • SuperCorpOnde histórias criam vida. Descubra agora