Capítulo 7

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Depois de todo sofrimento, ver meu filho crescer saudável é o meu melhor presente.

Jimin.

Voltar para casa dos meus pais me ajudou muito, me deu a segurança e o carinho que eu precisava pra me recuperar do trauma que o casamento deixou.

Logo que meu pai chegou, foi imediatamente me procurar, já chorando por saber de tudo que sofri nas mãos do Jungkook. O vi sair de casa furioso, logo, entendi que ele tomaria uma atitude drástica, que só iria piorar o que já estava péssimo.

Entro no meu carro, vi que não chegaria a tempo de impedi-lo.

Assim que cheguei no prédio, deixei o meu lobo dominar, entrei correndo no apartamento pouco antes do meu pai atacar o Jungkook, entrando em sua frente. Fiz um carinho em meu pai, nós dois em forma de lobo, mostrando pra ele que eu estava bem.

Por um breve momento, olhei para o Jungkook, o bebê, mexia em meu ventre com a proximidade do pai, soltando seu cheiro, se mostrando para ele.

Saímos da casa do Jungkook. Entrei no meu carro com meu pai e fomos para a nossa casa.

Ao chegar em casa, expliquei para meu pai meus motivos.

" Segundo o obstetra, eu preciso da presença do Jungkook para o meu próprio bem. Meu filho é Alfa Lúpus. Eu não queria, mas agora ele já sabe do bebê, não vou poder impedir sua aproximação. Além de que irei precisar dele nesse momento."

Meu pai lê a mensagem, me abraça e responde:

"Por mim, ele estaria preso... Eu entendo sua necessidade. Essa aproximação será sob nossa supervisão. Só concordo desta maneira."

"Tudo bem pai, será da forma que for mais segura pra mim, eu também prefiro assim." - respondo.

Meu pai escreve:

" Eu mesmo entrarei em contato com ele. Darei minhas condições. Se ele aceitar poderá dormir ao seu lado. Tudo bem?"

Eu concordo e ele sai da sala com o celular no ouvido.

JungKook.

Estou sentado na varanda, tentando decifrar aquele olhar que o lobo do Jimin me deu. Não sabia se era medo, tristeza, mágoa. Acho que era tudo misturado...

Meu celular toca, eu atendo rápido, pois é meu pai.

— Oi, pai? — digo ao atender.

— O Sr. Park acabou de me ligar, disse que é pra você ir pra casa dele imediatamente — o meu pai explica — Aproveita essa chance que Jimin está te dando pra fazer a coisa certa, pois não haverá outra, pode certeza disso.

— Estou indo agora mesmo — me sinto eufórico — Pode deixar que vou fazer o meu melhor.

Tomo um banho rápido, visto uma roupa confortável e saio de casa o mais rápido possível.

Ao chegar na casa do Jimin, sou recebido pelos pais dele.

— Entra, precisamos ter uma conversa muito séria — o Sr. Park diz assim que abre a porta — Vamos para a sala.

— Sim — entro e o sigo até a sala, me sentando no sofá que ele indicou — Pode falar...

— Meu filho está esperando um filho seu, é um menino, um Alfa Lúpus. Devido a sensibilidade dos Ômegas Lúpus, ele precisa da sua presença para sobreviver a gestação — o Sr. Park está visivelmente emocionado, apesar de bastante irritado — Somente por isso, eu vou permitir que você durma ao lado dele. Ele não consegue dormir, com muitas dores e além da inquietação do bebê, ele também sente muito frio, necessita do seu calor e carinho. Essa aproximação será somente sob nosso teto e sob nossa supervisão, para não correr o risco de você o maltratar novamente. Caso você venha usar sua voz lúpus dentro da minha casa, eu te mato, estamos entendidos?

— Sim, senhor! — concordo — Estou realmente muito arrependido por tudo o que fiz.

— Arrependimento não trás a voz e a audição do meu filho de volta, tampouco vai tirar as lembranças malditas que suas atitudes causaram! — o Sr. Park diz irritado, mas ao mesmo tempo tentando se controlar para não usar a voz lupina — Prove o seu arrependimento cuidando muito bem dos dois, o ajude a recuperar aquilo que você tirou.

— Vou fazer o melhor pra vê-lo recuperado — afirmo seguro — Eu posso vê-lo?

— Sim, ele está em seu quarto — o Sr. Park ainda não parece muito satisfeito com isso — Estarei de olho em você !

Seguimos até o quarto do Jimin, o Sr. Park pega o celular e escreve uma mensagem e o Jimin abre a porta algum tempo depois.

— Coloca o número do seu celular no celular dele, só assim vocês conseguirão conversar — o Sr. Park diz me entregando o celular do Jimin — Salva o dele no seu. Não se esqueça que estarei de olho em você!

Fiz o que foi pedido, logo o Sr. Park se retira e eu devolvo o celular para o Jimin.

Escrevo uma mensagem curta só pra iniciar uma conversa.

" — Oi, você está bem?"

Jimin vai em direção a cama, olhando para o celular. Senta e responde:

" — Agora estou bem."

Dou um sorriso sem mostrar os dentes.

" — Eu fiquei muito preocupado quando não te encontrei em casa. — escrevo — Mas fiquei muito feliz em saber do Bebê. Eu quero lhe pedir perdão por tudo que eu fiz com você!"

Jimin me olha e responde:

"- Tenta me mostrar através das suas ações. Afinal suas atitudes tiveram consequências graves. Eu só permiti essa aproximação por causa de uma recomendação médica, já que por mim, eu ficaria o mais distante possível de você."

Balanço a cabeça concordando com o que ele disse e recebo uma nova mensagem.

" — Não havia necessidade de me maltratar daquele jeito, era só você seguir com a sua vida e me deixar quieto. Eu não tocaria em você ou nas suas coisas, bastava dizer o que você queria que eu fizesse ou não. A sua crueldade, me deixou marcas profundas e irreversíveis. Seu arrependimento não vai mudar em nada a minha situação."

Ele tem todo motivo de estar magoado comigo. Eu nem merecia estar aqui agora. Eu preciso reverter tudo o que eu fiz. Vou mostrar a ele que eu posso sim, ser diferente.

"- Eu te compreendo, sei que eu fui um monstro com você. Sei também que você nunca fez nada pra merecer aquele tratamento. Eu fui muito cruel, tenho consciência disso. No dia que você foi embora, eu havia decidido que mudaria as minhas atitudes com você, que te trataria melhor. Quando eu vi que você havia ido embora, eu entendi que você estava tentando proteger alguém muito valioso pra você. Eu fiquei feliz, não por você ir embora, mas por saber que você estava esperando um bebê."

Jimin sorri fraco, colocando a mão na barriga, ainda pequena.

"— Quer sentir o bebê? Ele já é bem agitado."

Sorrio e digito:

"— Posso?"

Jimin tira a mão da barriga e eu coloco a minha, o bebê faz um movimento próximo a minha mão. Eu olho para o Jimin e sorrio. Fico um tempo acariciando sua barriga. Olho para o Jimin e percebo que ele está com os olhos fechados, curtindo o carinho, então eu continuo. Pego na sua mão, e levo até sua barriga, pousando a sobre a minha.

Senti que ele demonstrou medo.

Me ajoelhei na sua frente, com uma das mãos em sua barriga, e com a outra, eu acariciava sua mão sobre a minha. Aos poucos sinto ele relaxar.

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𝐍𝐚̃𝐨 𝐝𝐞𝐯𝐞𝐫𝐢𝐚, 𝐦𝐚𝐬 𝐭𝐞 𝐚𝐦𝐨! (𝐀𝐁𝐎)  Onde histórias criam vida. Descubra agora