Assassino de Aluguel

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Assassinos todos sabem que existem, afinal, várias pessoas são assassinadas todos os dias. Gângsteres Estadunidenses levam a cabo assassinatos, principalmente de membros de grupos rivais ou indivíduos suspeitos de serem informantes da polícia, por exemplo.

Mas e aqueles assassinos que ninguém vê? Que fazem um trabalho rápido e limpo? Aqueles dos filmes de Hollywood que desaparecem do mesmo jeito que apareceram, do nada. Eles existem?

Nos filmes é muito fácil contratar um deles, não? Precisa-se somente de um problema que ele resolva sem deixar nenhum vestígio. Dependendo de quão bom ele é no ofício de assassinato, pode até parecer que foi um suicídio.

Os “Hitmans”, como são chamados possuem diferentes posições dentro de um ranking no crime organizado. Uma das maneiras de provar o seu valor para a organização é realizar ou participar de um assassinato. Ironicamente, alguns assassinos possuem valores éticos, como não matar crianças menores de 16 anos.

Para se contratar um destes assassinos de aluguel você precisa de basicamente duas coisas: um alvo e dinheiro. É relativamente fácil contratar um destes assassinos e existem sites dedicados para o assunto na Deep Web, como Unfriendlysolution (Soluções Hostis), ou o C’thulhu, que funciona como uma casa corporativa para estes matadores.
Porém, algum destes sites somente atuam na Europa ou nos Estados Unidos; outros já atuam mundialmente, ou seja, isso também inclui o Brasil. O valor do aluguel depende do alvo e das informações que você tem sobre ele.

Por exemplo, custa mais caro matar um jornalista do que um paparazzi, mas se você quer matar sua esposa ou seu marido, vai depender do trabalho que ele tem e o cargo que ele possui.

Estes assassinos profissionais são muito perigosos, por isto reze para nunca ser um de seus alvos. Eles se escondem nas sombras mais escuras para que ninguém os veja, para não serem reconhecidos.

Qualquer pessoa pode ser um deles, desde a pessoa com que conversa na fila do banco, o indivíduo que senta no banco da praça e fica olhando os outros passarem, aquele familiar que não gosta muito de se entrosar ou aquele que conversa com todos e faz amizades rapidamente. Tenebroso, não?

Há um ditado que diz que as pessoas possuem três faces. A primeira face você mostra para o mundo. A segunda face você mostra para os amigos mais próximos e familiares. A terceira face, você nunca mostra para ninguém. É o reflexo mais verdadeiro de quem você é.
Mercado da morte

De acordo com a equipe do site, o marketplace é uma plataforma mantida por uma máfia presente em vários países ao redor do globo, com destaque para Estados Unidos, Europa e Albânia. Os assassinos disponíveis para contratação não fazem parte necessariamente desse grupo criminoso organizado, mas são testados e recrutados para prestar serviços em seu território de origem.

Após se registrar, o cliente preenche um formulário determinando a missão que deseja cumprir. Matar alguém custa de US$ 5 mil (para casos simples) a US$ 9 mil (quando é necessário forjar um acidente). Espancar alguém é mais barato: US$ 500 para uma surra básica ou US$ 2 mil para quebrar ou cortar partes do corpo da vítima. Também é possível ordenar a queima de carros e casas, comprar armas, fazer empréstimos ou contratar um hacker.

O pagamento, obviamente, é feito antecipadamente e por bitcoin, que é uma moeda anônima e cujas movimentações financeiras são impossíveis de rastrear. A quantia fica presa na carteira do marketplace e só é transferida para o assassino quando este completa a sua missão com sucesso (algo parecido com o que acontece em plataformas como o Mercado Pago). Os administradores do site ficam com 20% do lucro.
Um caso real que foi registrado foi os dois assassinos de Suzano perambularam pela Deep Web frequentando fóruns organizados por grupos de ódio. Segundo informações, até chegaram a consultar e trocar ideias por lá ? o que indica que a ação pode ter sido incentivada e até mesmo planejada com o auxílio de extremistas que usam a Deep Web para organizar movimentos e, nesse caso, até mesmo atos que podem ser considerados terroristas. O Olhar Digital foi o primeiro veículo brasileiro a visitar a Deep Web, mais de 9 anos atrás. De lá para cá, essa porção da internet ganhou manchetes mundo afora ? especialmente em função das ações do FBI, nos Estados Unidos para desmontar o Silk Road, um site da Deep Web que se transformou num dos maiores entroncamentos digitais para distribuição de drogas. Recentemente, nossos repórteres voltaram à Deep Web, para conferir o que havia mudado nesses quase dez anos.

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