Capítulo 4 - Hipóteses Se Tornam Fatos

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Ao começo da noite, quando o céu passava do carmesim ao azul estrelado, o jantar estava pronto e servido. Diego e Danielle, antes de servirem-se, solicitaram que Sophia descesse do quarto. Como isso não aconteceu, Diego pediu gentilmente que eu fosse à porta de Sophia para reforçar o chamado. Subi as escadarias. O quarto de Sophia era o segundo cômodo a direita de quem subia.

Fechei minha mão, bati na porta e falando com um tom de voz um pouco mais alto que o normal:

-"Sophia, sua presença dela era requisitada na sala de jantar."-

Não escutei nada, nada se não silêncio mais ensurdecedor e preocupante de toda a minha vida. Foi quando decidi abrir instintivamente a porta, e quando o fiz, fiquei pasmo ao ver que o quarto estava vazio.

Apesar de nenhum ser habitar o cômodo onde eu me encontrava, eu podia sentir algo vivo, como um sopro quente de vida no vazio eterno. Olhei, e sobre a cama havia a caixa das fotos da mãe biológica de Sophia, todas próximas de um nem um pouco discreto diário felpudo purpúreo. As fotos estavam dispersas pela cama de maneira aleatória, como se ela tivesse as espalhado num ato de fúria, amargura e tristeza, de alguma forma eu podia sentir a cena em minha mente, se repetindo várias vezes.

A única reação que consegui ter naquele momento foi gritar escandalosamente alto. Diego subiu as escadarias, seguido por Danielle. Ao chegarem na porta escancarada do quarto de Sophia e não a encontrarem, suas feições eram de medo, espanto e que logo se
transformaram em desespero. Danielle começa a procurar pela casa em busca de Sophia, enquanto Diego liga para a polícia enquanto se dirige ao andar térreo. 

Minha Irmã: Sophia ValverdeOnde histórias criam vida. Descubra agora