Capítulo 2

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Kalleu.

Meu dia foi o pior da semana. Em plena quarta feira, eu tive que lidar com uma senhora maluca que insistia em dizer que roubei a receita de bolinhos de mirtilo de sua mãe, um cachorro faminto que sempre roubava minhas baguetes recém colocadas na estante e um entregador idiota, que se acha melhor que todos, por ser musculoso. Urg! Esses eram os piores.

É duro manter uma padaria. Eu amo cozinhar, isso move minha vida, é minha verdadeira paixão, me motiva, não é a toa que estou acima do peso. Droga, tudo que eu como vai para minha barriga e bunda, isso não me ajuda muito na questão relacionamentos.

Mulher alguma quer o grande gordinho em suas mãos.

Suspiro entrando no bar de Bull, eu realmente ficaria mais feliz com as suas costelas, purê de batata e alguma cerveja gelada.

Suspiro e sinto algo em cima de mim, quando entro, então olho para cima e porra!

Essa é a mulher mais linda, sexy, gostosa e perfeita que eu já vi em toda minha vida.

Ela é nova por aqui, sim, eu conheço todos, e todos se conhecem, mas esse pequeno pedaço de paraíso? Oh, não. Nunca.

Seus olhos estão em mim, sua boca vermelha está levemente aberta, e seus olhos grandes em contraste em seu rosto fino. Então, sei que ela está olhando para mim, e isso me deixa envergonhado. Ela não deveria estar olhando para mim, e sim para Autins ao lado dela.

Sim, os dois fazem um belo casal. Até um cego veria isso.

Então abaixo a cabeça e caminho até onde Bull está servindo algumas cervejas.

- Alguma coisa quente, Léu? - Ele pergunta sorrindo, e aceno.

- Eu ficaria feliz com algumas costelas e um pouco de purê, por favor. - Me sento ainda sentindo minhas costas queimarem.

Provavelmente a coisinha doce nunca viu um homem gordo. Sim, ela deve estar rodeada de caras como Autins, e até mesmo como Bull, os grandes e barbudos.

- Oi. - Escuto a voz doce e alegre e me viro assustado. A coisinha rosa está me olhando com um grande sorriso, seus olhos brilham, e ela parece minúscula perto de mim. Mesmo com os saltos enormes em seus pés. Seus olhos são lindos, seus lábios são de um vermelho cheio, e seus cabelos escorrem negros sobre suas costas, até sua cintura fina, batendo na pequena bunda empinada.

- Ah... - Eu fico perdido, ela é linda demais, de longe e de perto.

Como uma rosa.

- Eu sou Sconse, prazer. - Seu sotaque, talvez russo, me deixa duro. Oh não porra!

Eu não respondo, eu nem poderia se quisesse, eu com certeza gaguejaria, e Deus, humilhante.

Bull me entrega minha sacola, e olho entre eu e Sconse, com um sorriso fraco.

- Esse é Kalleu Cooper. - Ele diz e sinto vontade de socar sua cara.

Minhas mãos começam a suar, e eu tento olhar ao redor, tudo, menos para ela que continua me olhando e sorrindo.

Nossa, como é linda! Não, perfeita. Oh! Ela brilha, sim, com certeza.

- Olá, Kalleu. - Ela diz meu nome como se fosse algum dos meus doces, e ela gostasse. Realmente saboreasse a coisa toda.

Aceno e sinto minhas bochechas queimarem, enquanto pego minha sacola e coloco alguns dólares na mesa, então me levanto e saio.

Ela é linda demais, perfeita demais, nada para mim. Nunca.

Escuto seus passos atrás de mim enquanto vou até minha camionete, me viro quando chego e sinto seu corpo bater contra o meu.

Então, ela simplesmente circula os braços contra minha cintura, e se espreme mais contra meu corpo, que começa a tremer dado a proximidade.

Ela cheira a rosas, seu cabelo é macio e eu abaixo o rosto para sentir seu cheiro.

- Tão macio. - Escuto ela sussurrar contra minha camisa e tenho que prender a respiração.

- Sconse... - Falo sem saber o que fazer. Eu devo afastar ela?

- Janta comigo amanhã? - Ela se afasta ainda com o grande sorriso.

Então tudo se ajeita, mesmo que eu ache que ela fica perfeita contra meus braços, eu me sinto despedaçar.

- Eu não sei que tipo de jogo doentio você está acostumada, mas o grande gordinho aqui, não vai fazer parte da peça. - Me afasto e entro no meu carro, louco de raiva. Saio do estacionamento sem olhar para trás.

Há! A grande piada da garota gostosa jogando com o grande cara gordo.

Eu ja fiz esse papel, e porra se vou cair de novo.

Não mesmo.

Chego em casa e fecho a porta, coloco minha comida na mesa da cozinha e me sento, olhando para o nada.

Meu pau está duro. E isso é loucura, oh droga, eu ainda sinto seu corpo espremido contra o meu. Ela parecia tão macia, fofa mesmo. Eu tive que me controlar em não embalar seu corpo contra meus braços e beijar seus lábios vermelhos.

Me levanto e vou até o banheiro, tiro minhas roupas e entro no chuveiro, sentindo a água fria bater nas minhas costas, meu pau implora por liberdade então aperto minha mão contra o cumprimento duro. Gemo e começo a esfregar minha mão para cima e baixa baixo, cada vez mais rápido. Então gozo quando a imagem de Sconse passa por minha cabeça, seus olhos, boca e porra, aquele pequeno punhado de peitos.

Ofegante eu vejo meu esperma escorrer pelo ralo, então olho para minha barriga e gemo, pensando em como sou patético em apenas achar que poderia ter alguém como Sconse.

Ela é a mulher mais linda que eu já vi em toda minha vida. E isso quer dizer problemas.

No Conforto De Seus Braços Onde histórias criam vida. Descubra agora