Neste quarto com lençóis forrados
ao chão
o meu corpo pelado.
Olho pro lado,
acendo um cigarro,
penso, daria um quadro!
O bonito as vezes se torna escrachado de apelações ao vício
como um convite ao suicídio
que beleza essa,
dessas que condensa sentimentos,
a frieza do chão, o ventilador, o teto...
Gastando células pra passar o tempo,
enquanto nua, com tetas pra fora,
irradiando um pouco de energia do agora,
o agora, já não me importa.
Se vou ou não abrir a porta
pra fumaça sair do quarto,
manhã de quarta-feira, já no quarto cigarro;
Meu corpo já exala nicotina,
essa é minha sina,
sinal de por quês que nem foram questionados.
Sinal de por que tudo é tão parado
neste lado esquerdo do peito
acaricio,
arrepio,
bate forte o coração.
Acho que os 7 anos de fumante
me fez amante,
mas meu pulmão não.
O vento bate
e lá fora o cachorro da minha vizinha late,
ta tocando passinho na praça,
e eu no passinho de estar calada,
faz tempo que não me observo no silencio.
Refletir as vezes dá medo,
silencio a musica,
e dessa vez eu digitei,
parei o que tava fazendo e me escutei.
Quando acendi o quarto cigarro
nesse quarto,
pra contar nos ponteiros do relógio,
e o tempo passando com o piscar de olhos.
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Isso é amoRal
PoetryE se a minha vida for um livro, o meu é sem moral meu caos é uma poesia única sem começo , meio e final.