Eu queria desvendar os mistérios
das curvas entrelaçadas dos teus cachos
mais enrolados que essa relação
por vezes me contento
em sentir o suor da tua pele parda
e teu cheiro natural.
Mais uma vez que não quis falar de amor
é que por vezes me pego contradizendo
o que tanto falo sobre amar.
Me contento em contar sobre você,
em pensar na minha boca viajando sobre teu pescoço,
deixando mais marcado que suas cicatrizes ,
sim é perceptível que já passastes por tanto
e não tens ainda o que mereces ter.
Queria tanto matar essa sede
nos teus lábios
me contento em imaginar cada volta que ele dá
quando me beija,
sim eu sou mais uma louca romântica
que por vezes se pega imaginando intimidades nossas.
Teus olhos
se escondem quando sorrir
olhos que atrai
feito o mar que me afogou
olhos de ressaca da sexta feira
na rua da feira
tomando pitu
olhos de capitú.
Eu te observo,
eu me contento em ter o teu afeto.
Quando tô longe de ti ,
eu fico moralmente amoral
implico pra depois explicar
toda aquela história de amor
e de paixão
fecho os olhos pra não me hipnotizar
e por vezes choro
com a sensação de querer o paraíso
tudo isso me da pavor.
Enquanto a chuva cai lá fora
as gotas escorrem como lagrimas em minha janela,
sou esse livro escrito em madrugas frias
e com certeza minha anedota não é a melhor
como pede o roteiro
me contento com o preço
da distancia dos corpos
vez ou outra me tira de tempo
E quando estou aqui
a insônia deita ao meu lado querendo conversar
eu tento evitar, mas ela é persistente
e sabe meus pontos fracos.
Até eu me levantar,
e dizer ao sono, não vai rolar!
E dessa vez
me contentei em escrever sobre você,
até a chuva parar de escorrer
e o sol nascer.
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Isso é amoRal
PoetryE se a minha vida for um livro, o meu é sem moral meu caos é uma poesia única sem começo , meio e final.