6. "Lar doce lar...ou talvez não"

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Alice POV

Sorrio ao escutar da mãe de Jimin que já ouviram falar sobre mim muitas vezes antes.

- Ouviram mesmo? Isso é novidade pra mim. - Digo enquanto nos aproximamos da mesa e sentamos lado a lado. Sua mãe sorria pra mim.

- Muito! Acho que é uma pessoa muito querida pra ele, já que seu nome não sai da sua boca. - Ela continua.

Olho para Jimin e vejo sua expressão de constrangimento, não olhando na minha cara ou na da mãe.

- Mãe...por favor... - É tudo que ele diz, enquanto enchia um copo de suco.

Ele me passa o copo sem dizer nada ou me olhar e depois enche o seu próprio.

- Então, Alice, quando poderemos ter a honra da sua visita novamente? - Sua mãe volta a falar.

- Bem...não sei. Depende do Jimin me convidar. Se eu for alguém realmente agradável, acho que ele me chama de novo, não? - Digo, olhando pra ele.

- Isso depende. Será que ele vai se acovardar ou vai ir atrás do que ele quer? - Um garoto mais jovem que imagino ser seu irmão o provoca, sentado do outro lado dele, enquanto cutuca seu braço.

- Cala essa boca, Jihyun! - Jimin dá um tapa no braço dele e Jihyun apenas ri e tenta de defender.

Jimin respira fundo antes de falar.

- Você pode vir. Quando quiser. Ainda temos que terminar o trabalho da escola mesmo. - Ele diz, bebendo seu suco.

- Que frieza! É pelo trabalho? Depois de tudo que ela fez hoje por você? - Sinto vontade de rir e Jimin quase cospe seu suco.

- Já falei pra ficar quieto!! - Jimin grita e volta a bater nele.

Seus pais não parecem estar tão longe de deduzir o certo sobre o que ele estava falando. E apesar de ficar um pouco sem graça, não ligo tanto. Foi tudo bem rápido e audacioso da nossa parte hoje. Deve estar quase na cara o que aconteceu. Sem contar que é uma casa pequena...provavelmente escutaram alguma coisa do lado de fora. E se o Jimin fala tanto de mim quanto parece, mesmo que só Jihyun tenha ouvido, os pais já deviam esperar algo. Não me importo muito, sinceramente. Minha vida sexual é casual e aberta. Apesar de não termos intimidade, tudo parece uma brincadeira e eles mesmo não parecem ligar muito. O filho gosta de mim e eles estão brincando com ele, afinal de contas. Então tudo bem.

- O que ela fez por você hoje? - Seu pai pergunta em um tom divertido. Jimin parece congelar sem saber o que dizer.

- Jimin um pouco preso com a ideia inicial do trabalho. Mas no caminho pra cá tive uma boa ideia e fiz uma sugestão que ajudou bastante. Acho que o trabalho está encaminhado da melhor forma possível. - Digo, e Jimin me olha como se me agradecesse devendo sua vida. Sorrio em resposta.

- Ah, que boa notícia. Então foi de grande ajuda mesmo! Parece ser uma menina muito inteligente! - Seu pai diz, me olhando e parecendo genuinamente feliz. Talvez até...orgulhoso? Ou pode ser só impressão minha.

- Ah, obrigada...não é tudo isso. Mas fico feliz em ajudar. - Digo, olhando para o meu prato vazio.

Mais tarde, depois de alguns copos de suco, pedaços de bolo e pão com mortadela deliciosos, percebo que preciso ir embora. Não posso chegar muito tarde em casa. Se não terei problemas. O que não seria novidade pra mim. Então me despeço de todos e Jimin me leva até a porta da sua casa.

- Você...quer que eu te deixe em casa? - Ele pergunta. E não posso aceitar isso.

- É...não. Obrigada. Não precisa se incomodar. - Respondo, com um sorriso tenso.

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