2. "Você pode ficar?"

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- B-Bem...eu...eu...eu acho que...não estar bem é...é algo ruim. E...vai atrapalhar o nosso trabalho.

- Eu não quero fazer o trabalho. - Ela diz.

- Ah...não quer? - Por achar que ela realmente estava se sentindo mal, me surpreendi um pouco quando ela disse que não queria fazer o trabalho e pensei na conversa de hoje com meu irmão. - Mas precisamos...

- Jimin.

Minha barriga gela ao ouvir ela chamar meu nome em um tom sério.

- S-Sim? - Respondo.

- Você quer me ajudar? - Ela pergunta. - Não estou nem um pouco bem, pra ser sincera. Não posso fazer o trabalho por isso.

- Ah, é...tudo bem. Sim. Eu quero ajudar. - Respondo, me ajeitando na cadeira assim que me sinto mais seguro.

- Não estou dispersa de verdade. Sinto que estou presente demais, até. No meu mundo real e nas coisas que eu preciso lidar. E isso tudo me tira a vontade de estudar. Sinto que preciso me livrar desses sentimentos ruins primeiro. - Alice se vira de frente pra mim e explica enquanto brinca com o lápis que deixei do lado dela.

- Hm, entendi. Você deve estar com a cabeça muito cheia. - Ela sorri. Eu sorrio de volta, me sentindo um pouco em graça. - Olha...se você quiser...podemos deixar essa pesquisa pra outro dia. Ainda temos tempo. Começamos cedo. Não temos que fazer exatamente agora. Você pode voltar pra sua casa e tentar relaxar a mente um pouco.

Assim que eu termino de falar, o semblante dela muda de novo um pouco. Ela parece um pouco estressada e ao mesmo tempo triste.

- Não. Não posso voltar pra casa agora. - Ela diz, ainda mexendo com o lápis.

- Não pode? Por quê não? - Pergunto, virando a cabeça de lado um pouco. Qual é o problema com a casa dela?

Alguns segundos se passam e ela não fala nada. Eu estava começando a sentir que entrar no assunto da casa dela seria intromissão demais da minha parte. Tinha algo sobre isso que fazia da coisa um assunto delicado. E eu não queria perturbar ela.

- Quer saber? Tudo bem. - Ela me olha. - Não precisa ir pra casa agora. Pode ficar aqui por enquanto pra relaxar um pouco e depois você pode ligar pra uma amiga e talvez conversar com alguém que você conheça melhor. Eu vou...lá embaixo pra pegar alguma coisa pra você comer, pode ser? Eu volto já.

Quando ia me levantar da cadeira, sinto uma mão na minha perna me impedindo. O toque me passa um calor repentino que me constrange, e olho rapidamente pra Alice assim que o sinto.

- Ah...o-o que f-foi? - Pergunto.

- Você quer saber como pode me ajudar de verdade?

- Ah...quero? - Respondo sem muita certeza, por temer o que ela diria a seguir. Uma das suas mãos ainda estava na minha coxa e seria de grande ajuda se essa mãozinha saísse dali. E eu não tinha coragem de pedir. Não queria falar sobre isso e demonstrar que estava constrangido.

Sua outra mão de repente agarra o tecido da minha camisa e me puxa pra perto dela com uma força que eu não estava esperando. Na rapidez do movimento, me inclinei muito na direção dela e com receio de me desequilibrar, tentei pelo menos me apoiar em algum lugar. Cada uma das minhas mãos foram parar do lado de cada perna dela, segurando na cadeira que ela estava sentada. Assim que me segurei no lugar, abri meus olhos que fechei no susto e encontrei os olhos dela, olhando diretamente os meus.

Senti meu coração batendo muito rápido no peito e minhas mãos tremendo na cadeira. Como o assento não era muito largo, minhas mãos estavam encostando nas coxas dela também, e isso não estava me ajudando a me acalmar.

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