4. "Não é mais"

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Ela parecia surpresa com o meu pedido.
Sinceramente, eu também estaria. Mas eu precisava pedir isso. Fico contrariado ao pensar que é possível que ninguém nunca tenha demonstrado paixão pra ela. Então queria que ela me ajudasse a fazer isso.

- Jimin, você é chocante pra um garoto tímido. - Ela responde.

- Por que? Eu só...ah, sei lá, eu...queria te deixar feliz. - Digo, provavelmente ficando vermelho. - Se falar assim vou acabar sem coragem de novo.

- Tive pouco tempo pra analisar, mas acho que ambas atitudes suas, tímido ou corajoso, não vão me incomodar nem um pouco. - Alice responde, olhando pras nossas mãos. Fico sem graça com a menor demonstração de afeto e aprovação.

- Mas eu...quero ser corajoso agora, Alice. Me guie pelo seu corpo, por favor. - Peço falando baixo, e Alice sorri.

- Pedindo dessa forma como eu posso dizer que não? - Sorrio. - Mas vai ter que competir comigo em quem dá mais prazer. Acha que aguenta, novato?

- Farei o possível...pra...te passar o que eu tenho dentro de mim. - Digo, empurrando uma confiança que não tenho, principalmente depois dela falar algo assim.

Segundos em silêncio passados, ela fica sentada confortavelmente na minha cama me observando sem dizer nada, e eu fico sem saber o que dizer. Achei que ela ia me ensinar e me guiar. Não sei o que fazer sozinho. Só continuamos a trocar olhares. Os dela, fortes e cheios de desejos longe de estarem ocultos, e os meus, sedentos de certa forma, mas apagados por uma timidez e inquietação que se recusa a me deixar.

- Você quer que eu comece, fofinho? - Ela pergunta.

- Eu...não. Eu vou. Mas estou tenso. Não sei o que fazer. - Digo, descansando as mãos nos joelhos.

- Hmm. - Seu jeito de murmurar como se quisesse rir zombava de mim por si só. - Vou te dar uma pequena ajuda, então.

Ela vem na minha direção, e meu coração que tinha se acalmado dá um pequeno pulo. Alice então agarra a gola da minha camisa, e me puxa lentamente pra frente, me fazendo engatinhar na direção dela até estarmos nariz com nariz. Sinto sua respiração quente e seu perfume, suficientes pra me inspirarem sensações impróprias. Tão doce. Tão atraente.

Quando estava perto demais pra me aguentar, beijei seus lábios. A beijei apesar da timidez nos ombros, puramente por querer muito. Eu precisava dela e dos seus lábios macios e beijos úmidos, quentes. Consigo toda energia que preciso quando os toco, com o choque gostoso do contato.

Alice toca meu rosto dos dois lados, controlando o beijo. Como é bom quando ela toma a liderança. Ela guia suas mãos até a minha nuca e me puxa mais pra frente. Ela quer mudar de posição. Conforme eu me aproximo mais dela, ela se inclina pra trás, e logo ela está deitada, e eu, em cima dela. Com uma visão perfeita da Alice deitada na minha cama de sutiã. Meu rosto esquenta ao vê-la.

- Jimin...? - Ela se ergue rapidamente, posicionando o rosto perto do meu ouvido.

- S-Sim?

- Já está na hora dessa camisa ir embora... - Ela diz, passando as mãos por debaixo do tecido, por cima da minha pele. Sinto um arrepio quente subindo. Suas mãos nas minhas costas dão uma sensação tão boa...

Alice não precisa disso pra me enlouquecer, mas ela continua acariciando as minhas costas enquanto eu derreto nos braços dela, até ela realmente passar suas mãos para frente e começar a desabotoar minha camisa. De botão em botão, de baixo pra cima. Sempre lentamente, ela a abre. Quando desabotoa o último botão, debaixo do colarinho, ela me puxa com força por ele e caímos os dois na cama, suas pernas enroscam ao redor do meu quadril, me forçando contra ela. Nem um gemido pode escapar quando senti aquele contato quente, porque meus lábios foram roubados mais uma vez. De forma extremamente sedenta, como se ela não tivesse ninguém com quem dividir esses momentos a meses.

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