Eu não seria capaz

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-Thomas, podemos conversar amanhã? Não quero interromper o velório.

- Podemos sim! Muito obrigado por enquanto.

Retornei para perto do caixão de Daiana e continuei ao lado dele até o final do velório.

Enquanto Daiana estava ali comigo ainda estava suportável a dor, mas quando me disseram que eu tinha apenas dois minutos para me despedir, meu mundo desabou. Caí de joelhos ao lado do caixão meu coração estava em pedaços, a dor era insuportável. Mas infelizmente eu tinha que me despedir.

- Amor, amor por que você? Eu te amo tanto. Eu vou descobrir quem fez isso com você, seja lá quem fez isso mas irá pagar nem que seja com a vida.
-

Adeus meu amor, te amarei para sempre.

Me levanto e caminho em direção a minha mãe.

Ainda chorando minha me pergunta - Como você está querido?

A encaro por um tempo e respondo - Estou destruído, ela era o amor da minha vida.

- A meu bebê, tão grande mas ao mesmo tempo frágil. Amo você querido.

- Mãe!

- Sim querido.

- Vamos para casa, preciso lhe contar uma coisa.

Caminhamos em direção ao carro, iniciamos uma longa viagem do cemitério à minha casa.

Duas horas de viagem depois chegamos em casa, mamãe se senta no sofá e me encara.

- Filho o que você quer me contar?

- Mamãe, não foi um acidente!

- Como você sabe disso, querido não é possível.

- Lembra que fui até a saída da igreja pois havia um homem me encarando?

- Sim, eu me lembro!

- Aquele homem era um detetive, ele quer conversar amanhã comigo.

- Querido isso é horrível!

- Eu irei descobri quem fez isso com Daiana. E eu  lhe garanto essa pessoa vai pagar. Nem que seja com a vida!

- Querido não diga isso! Você não assim. A justiça será feita.

- Me desculpe mamãe, estou tão cansado. Na verdade exausto.

- Querido vá se deitar um pouco e descanse.

Vou para meu quarto tiro minha roupa e caio sobre a cama. No mesmo momento estou em um sono profundo .

O alarme de meu celular está tocando, levanto- me para desliga-lo. Já são oito  da manhã. Ainda estou indisposto mas preciso me encontrar com aquele detetive.

Abro a porta, caminho em direção a cozinha.

- Bom dia querido!

- Que susto mamãe, havia me esquecido que você estava aqui.

- Querido seu café está pronto. Beba-o e vá se vestir.

- Tá mãe. - Dou uma piscadela para ela e ela sorri.

-  Que bom que você já está melhor.

- Eu preciso ser forte.

- É assim que se fala filho.

O café está uma delícia, fazia anos que não tomava um café assim. Bom desde a morte de meu pai.

Onde está meu celular? Me lembro que o coloquei no balcão, levanto- me e o pego.
Droga está acabando a bateria! Tenho que carrega-lo.
Não estou encontrando meu carregador. Ótimo agora até meu carregador sumiu.
Tenho uma leve lembrança de quando abria a gaveta para pegar o remédio e lá havia um carregador. Caminho em direção a gaveta e lá estava.

ENTRE A VIDA E A MORTEOnde histórias criam vida. Descubra agora