Obrigado por existir | Kth + Jjk

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- Yuna- a chamo, quando viramos a próxima página- Você sabe o que é homofobia?

- A professora falou, que era um tipo de preconceito, mas ela não explicou muito bem.

- Eu e Taehyung somos dois homens, certo?- Ela assentiu com a cabeça- isso na maioria da visão humana, é errado, tanto homens com homens, quanto mulheres com mulheres, pessoas que trocam de gênero, ou pessoas que gostam dos dois sexos.

- Mas papai, por que é errado? Eu achei que o importante, eram as pessoas terem amor no coração, e não serem de sexos diferentes- sorri com sua fala, Yuna era uma criança muito esperta.

- Você está certa meu amor, mas algumas pessoas não amam ao ponto de entender isso.

- E você e o papai Taehyung, o que fizeram?- Ela diz olhando uma foto minha, e de Taehyung com camisetas coloridas.

- Esse foi o dia em que mostramos que, independente da homofobia, nos ainda nos amávamos.

*

-Taehyung, é proibido afeto na escola- digo, pois Taehyung estava me abraçando, e dando beijinhos em minhas bochechas.

- Jungkook, atrás daquele muro do refeitório, tem várias pessoas se comendo, todos sabem, inclusive o diretor, mas não fazem nada, por que são casais heteros.

Kim estava certo, as pessoas sempre iam lá para ficar, ou até transar, e todos sabiam disso.

E sem fala nada, Tae voltou a me beijar e eu acabei me deixando levar.

- Vocês dois, na minha sala, agora!- o diretor aparece em nossa frente, colocando a mão no meio com uma intenção de nos separar.

Caminhamos normalmente para a sala do diretor. Que ao chegar, trancou a porta nos olhando de cara feia.

- Vocês dois, podem me explicar aquele ato obsceno no pátio?

Eu estava nervoso, ao contrário de Taehyung, que deu de ombros e falou;

-Por que os outros casais que estavam fazendo a mesma, coisa não estão aqui também?- eu juro que vi os olhos do diretor pegarem fogo.

- Eles são casais normais, vocês não.

- Espera aí- eu falei- "casais normais" para você, são casais heteros?

Eu não estava acreditando.

- Meninos, entendam, ser gay não é normal, vocês precisam de um psicólogo, e a nossa escola pode fornecer isso para vocês.

- Eu não vou aceitar essa humilhação gratuita- foi a vez de Tae se pronúnciar e sair me puxando- como que você pode dirigir uma escola, com esses pensamentos de merda?

Ele não espera o diretor terminar e sai me arrastando para fora da escola.

Naquele dia, contamos para minha mãe o que havia acontecido, e ela nos fez ir para a escola com uma camiseta da cor da bandeira LGBT, que estava escrito "I love a man, and this is not a problem". Eu e Taehyung achamos graça no começo, mas ao ver que ela falava sério, não discordamos em usar.

Por incrível que pareça, a escola toda ficou do nosso lado.

*

- Fico feliz que o plano da vovó deu certo papai- Yuna diz sorrindo.- Papai Taehyung não levava desaforo para casa- Ela riu e eu a acompanhei.

- Você é idêntica à ele.