⚠️ ESSA OBRA É DE TOTAL AUTORIA MINHA! Adaptações só serão aceitas com minha permissão!⚠️
108 dias antes...🕰️
Sem revisão.
Busan; Coréia - 10:32am.
Na imensa igreja era possível ouvir apenas duas coisas: Choro e a suavidade de um violino velho.
Na cidade pequena os boatos circulavão por todos os cantos.
Dentro das casas a notícia passava nos jornais durante o dia inteiro.
No mundo, todos queriam entender o que havia acontecido com aqueles jovens.
Quatro mortes sem história, sem rastros, sem sangue.
Inexplicável.
Eles foram arrebatados?
Havia quatro mortes no mesmo local, mesmo horário, e nenhuma resposta.
Amélia se levantou daquele banco duro pela milésima vez, com os olhos inchados. Estava usando um vestido longo, e seu chapéu preto combinava com sua elegância na vestimenta. A mulher subiu ao altar e olhou o filho pela última vez no caixão aberto.
— Filho.
Ela o chamou baixinho, mas não conseguiu continuar, seu rosto já estava em prantos novamente. Soluçando alto. O marido correu para tirar-lá daquele local.
A família estava abalada. A missa de despedida foi em silêncio, o velório e sepultamento foram de dor e desespero.
Agora, na volta pra casa, era possível ouvir a palavra da repórter no rádio do carro.
— Hoje, dia 15 de Outubro de 2000; às 10:30 da manhã, os Jovens: Jung-Hoseok; Jeon Jungkook; Choi Young e Kim Taehyung foram velados. Os quatro amigos tiveram uma morte que ainda é inexplicável para a polícia.
E a mulher repetia e repetia as mesmas coisas que todos os jornalistas não deixaram de falar durante esses dois dias.
O tempo estava ensolarado, mas Amélia não sentia vontade de sair. Gostaria até que estivesse chovendo, pra sua melancolia combinar.
Seu filho estava morto.
As lembranças do seu primogênito vinheram com tudo em sua mente, como um balde de água fria. Se lembrou da primeira palavra, primeiros passos, a primeira vez que ele tentou andar de bicicleta, seu primeiro machucado.
— Amélia?
Seu marido a chamou. Seus pensamentos acabaram se perdendo, e o homem, carinhoso, tratou de secar as lágrimas que escorriam pelo seu rosto todo.
— Nós chegamos!
Ela sorriu fraco, retirou o cinto e saiu do carro. Estava preparada para enfrentar a demanda de policiais prontos pra interrogar ela e o marido.
Entrou em sua casa e se jogou no sofá branco, e voltou a chorar.
E foi assim durante três dias.
Três longos dias de choro.
E hoje ela tomou coragem de entrar no quarto do filho. Abriu com delicadeza a porta. Olhou o ambiente. Estava do mesmo jeitinho que ele havia deixado.
A cama com lençóis bagunçados, que ele disse que arrumaria no outro dia pela manhã, o netbook aberto em cima da escrivaninha, alguns cabides jogados pelo chão. Sua chuteira rosa florescente em cima da gaveta, — que quando ela via, tratava de brigar com o garoto. — Seu uniforme da universidade pendurado na porta do guarda-roupa azul.
Amélia rodou o quarto inteiro. Cheirou as roupas, a cama, o travesseiro. Abraçou cada retrato e foto.
Foi a prateleira de livros. Ele estava no quinto período de direito. Estava quase lá.
Ela se lembrou de quando ele conseguiu seu primeiro caso como um simples estagiário. Sua voz dizendo "Mãe, mãe, eu consegui. Ganhei o caso.".
As lembranças afligiam a mulher.
Jungkook se foi. Jungkook foi, mas ela não conseguia aceitar.
Deu outra observada no quarto, secou as lágrimas e saiu do ambiente.
Desceu as escadas, encontrando seu marido com dois policiais, que ela já conhecia bem. Eles estavam conversando no sofá. Ela chegou perto e sentou ao lado do marido.
— Vocês querem beber algo?
Sua voz saiu chorosa. Não sabia se controlar quando o assunto era emoções.
— Não, senhora Jeon. Obrigada. Nós estamos aqui pelo caso 008. Do seu filho.
— Vocês acharam algo? — Dessa vez foi seu marido á perguntar. O homem lançou um olhar esperançoso ao policial, que apenas abaixou a cabeça.
— Infelizmente não. E esse é o problema. Os quatro foram mortos. Mas não temos absolutamente justificativa pra isso. Não tem marca de violência, tiro, estupro, droga. Nada.
— Esse caso está sendo investigado. Mas não há nenhum indício de como eles morreram. Nem sangue eles perderam. O coração deles simplesmente parou. A mídia está levando isso como uma morte fantasma. — O outro policial ruivo comentou agora.
Os pais da vítima estavam se segurando pra não chorar.
Ter um filho morto, e nem saber o que aconteceu, é doloroso.
Eles não tinham resposta alguma.
E a pergunta que não quer calar: Por que eles estavam dentro de um cemitério aquela hora da noite?
Ninguém sabia, mas, num mundo abaixo da terra — em um lugar quente, que cheira a enxofre e é dominado por um homem que não tem papas na língua — lá estava eles. Os quatro.
Jung-Hoseok.
Jeon Jungkook.
Choi Young.
Kim Taehyung.
Eles estavam vivos, mas vivos no inferno.
🕰️
[NOTAS FINAIS]
Primeiro capítulo curtinho, mas é só pra dá uma remexida legal, no próximo os meninos veem com tudo! Se preparem!
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Bebam água e lavem as mãos! Amo vocês!❤️
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110 dias no Inferno.
HumorJeon Jungkook e seus amigos acreditavam poder acessar o submundo. Estavam encantados com a magia negra, e pior, estavam enfeitiçados pelo Diabo. Em uma noite de sexta-feira 13, os meninos decidiram se reunir no cemitério da cidade, em busca de desc...