GRAVIDADE

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Às vezes

Me pego pensando

No silêncio

Que há no espaço


O quão pequenos nós somos

E quão minúscula

É a nossa insignificância


Viajo espaço adentro

Em uma sensação sem lógica

É muito fácil se perder assim


Em um mundo onde nada faz sentido

Onde habita a imensidão do silêncio

Me torno uma onda

Em busca de um meio de propagação


O vácuo se torna meu único impedimento

Me tornando mecânico

E se mostrando uma barreira

Para preencher o meu vazio


A liberdade da angústia

Que ofusca o grito das palavras

E se torna pensamento

Em forma de corpo celeste


O que será que ele quer dizer

Ao não dizer palavra alguma

Ao me deixar refletir

Sobre o eco que se tornou o meu ser?


A consciência infinita

Dentro do vasto número de habitações

Dispostos a serem explorados

Porém muito distantes


Sem o ar não há som

E a força da gravidade

Se tornou um peso difícil de suportar

Por mais belo que seja o espaço

Aqui o tempo flui diferente.

PóstumoOnde histórias criam vida. Descubra agora