Mais um esqueleto sem nome.

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Tudo me foi tirado;
Desde a fome até mesmo a sensação de frio.
Não sinto o sangue correr por esse corpo banal,
Muito menos a saliva que engulo para não me engasgar.
Mas de que adianta? Eu não morreria.
Me foi tirado também o livre arbítrio para a morte.

Malditos sejam os céus que me atiraram a esse inferno de vida,
Essa que sequer escolhi.
De prazer não mais se alimenta minha carne
E nem de carne vive o meu estômago.
Nem mesmo uma lágrima derramo,
Assim como uma gota de água não desejo.

Me arrancaram sentimentos tão profundos
E nem ao menos chegaram a tocar meu coração.
Certa vez você me disse que a lua era o brilho mais bonito que já havia visto,
Mas olhe só o que ela me causa e diga o quão horrível eu posso ser.

A ganância me trouxe muita coisa,
Nada do que eu queria.
Hoje eu não mais me preocupo com o tempo,
Mas vivo uma vida vazia.

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