CAPÍTULO 2

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Me lembro da inveja que eu tanto sentia das outras meninas, não sabia ao certo o porquê de tanta inveja, mas acredito que qualquer outra em meu lugar, sentiria também!
Levei anos para entender várias coisas que aconteceram, coisas na qual eu sentia, como o desejo obsessivo de menstruar, a inveja das meninas, a tal "brincadeira" que meu primo tanto fazia comigo. E eu tive que entender sozinha, amadurecer sozinha, por um fim nos abusos sozinha... tudo isso com apenas 12 anos de idade.
Conforme os dias iam passando, eu ia percebendo cada vez mais que não seria fácil parar meu primo, o quão nojento e cínico jeito dele, me causava repulsa, ódio, dor e mágoa, aquele grito que só eu ouvi, me acordou e me pôs tão cedo nos trilhos da maturidade.
Enquanto ele gozava mais uma vez, eu me preparara cada dia mais para pôr fim, nessa merda que ele tanto dependia.
Aos 13 anos de idade, o que eu mais precisava como arma contra ele, veio a tona, eu menstruei, e eu nunca me senti tão aliviada por ter acontecido algo em minha vida, como me senti naquele dia!
Então mais uma vez à presa foi tentar conversar com o caçador, implorando para não ser devorada mais uma vez
Contei a ele a novidade, ele não gostou nenhum um pouco, a final que criança gostaria de perder seu brinquedinho favorito?
Mas ele foi obrigada à parar, e quando enfim eu achei que estava livre, estava 7 palmos à baixo do chão da liberdade. Aconteceu mais dois abusos. Ele me manipulava psicologicamente tão bem, que não precisava de muitos esforços físicos para me manter vulnerável e sempre lá... a "bonequinha obediente", ovelha frágil!
O último abuso me recordo tão bem, e isso é completamente torturante. Me lembro de estar na mesma casa que ele, pois o mesmo estava morando temporariamente na casa de meus avós, e aos finais de semana eu sempre dormia lá, após vários finais de semana seguidos eu posando lá, ele estava na dele, não tentou fazer nada comigo, isso fez com que eu relaxasse um pouco, o suficiente para ele entrar em ação. Em uma certa madrugada de sábado para domingo, deitada já em meu quarto, recebo mensagens dele, me convidando para ir até seu quarto assistir filme; parte de mim sabia que não haveria filme outra parte se deixou levar na inocência, mas as duas partes tinha em comum o desejo de em anos não ser a escrava sexual daquele menino nojento, queria poder 1 vez em anos ser mais forte que ele, por fim de vez em tudo, rebaixar ele ao nível de presa, e então me tornar o caçador, e ver aqueles olhinhos de presa amedrontados implorando por arrego! Eu topei o filme, em 5 min estávamos no mesmo quarto, ele como não é bobo, tentou me cobrir com a mesma coberta que usava, um pouco mais rápida puxei imediatamente outra coberta para mim, e em 15 min de filme, ele puxa minha coberta e salta encima do meu corpo. Eu queria poder ter feito algo, mas única coisa que meu corpo foi capaz de fazer, foi entrar em transe. Tudo ficou tão lento e doloroso, e em questão de minutos eu acho, eu voei para longe da realidade, não estava mais vendo ele encima de mim, não estava mais sentindo ele dentro de mim, eu estava apenas em transe, mas por milagre talvez, eu consegui acordar, voltei à ver ele, voltei à sentir e olhei para baixo, sai imediatamente de cima dele, ele ejaculou nos lençóis, e lágrimas em meus rosto desciam como tempestade, peguei minhas vestes e fui para o meu quarto, no restante daquele madrugada eu chorei.
No outro dia, quando tive forças para sair do quarto, ele não estava na casa, havia saído mais cedo, eu pude então respirar um pouco.
As 16:00 ele chega, eu estava na cozinha com meu avô, minha avó estava na sala, e eu preparava um brigadeiro de colher; tão cínico, escuto à voz dele tentando interagir comigo, me perguntando o que eu estava fazendo, sorrindo como um anjo angelical. Mas só eu sabia o demônio nojento que era!
Eu respondi fria e seca, terminei o doce, coloquei na geladeira e voltei para o meu quarto, e tudo que eu sentia a partir dali era nojo, raiva e culpa.

De submissa à dominadora Onde histórias criam vida. Descubra agora