CAPÍTULO 1

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Uma das coisas que mais me encanta em uma criança é a sua inocência, à torna tão pura, mas ao mesmo tempo tão fraca. É horrível pensar em uma tempestade destruindo seu jardim, uma ventania derrubando seus lindos vasos de flores, uma catástrofe que em um momento destrói tudo, além de trazer grandes consequências no dia seguinte.
Aos 7 anos me lembro de adorar brincar no vasto quintal da casa de meus avós, amava os desenhos, as bonecas, as panelinhas de brinquedo, as borboletas, as flores...
Me lembro do meu primo também, quando o relógio marcava 17:00 em ponto, ele abria o portão e então brincávamos até as 19:00 (horário em que a avó dele o buscava). Ele sempre foi 3 anos mais velho que eu, e  suas brincadeiras comigo nunca foram maliciosas, mas nem tudo que é  bom permanece bom por muito tempo, ele que tão jovem, mas tão curioso em aprender coisas novas, aprendeu no Colégio com os seus amigos coisas sobre: "sexo e beijos", tão curioso, tão esperto, havia em seu coração um desejo enorme de se satisfazer, pondo em prática seus conhecimentos novos.
Eu com 7 anos de idade, criança, inocente, e frágil, acreditava estar "brincando", mas na verdade aquilo que ele chamava de "brincadeira", era abuso, e eu era sua bonequinha quase de porcelana, na qual ele se via no direito de me usar para se satisfazer.
A brincadeira não durou minutos, horas ou dias, ela durou anos, e a cada ano que se passava além deu estar crescendo, eu estava começando à entender que aquela merda não era uma brincadeira. Tão nova e tão tola, tão frágil... acreditou estar brincando por anos, mas na verdade estava servindo de boneca sexual!
Quando eu completei 11 anos de idade , (ele já estava com 14) em uma das "brincadeiras" eu senti dor, muita dor, e eu nem se quer sabia, que naquele momento ele viera tirar minha virgindade.
Quando eu fiz 12 anos de idade, algo dentro de mim gritava, como corpo vivo pegando fogo, um grito que só eu ouvi, um grito de socorro. Decidi por um fim na "brincadeira", mostrar para ele que eu havia cansado, tão inocente e besta conversei com ele, e me lembro até hoje, as palavras que usei na tentativa de afastar ele de mim, foram:

"Eu cansei dessa brincadeira, podemos ser primos agora?"

Me lembro dele concordando de uma maneira tão gentil e meiga, mal sabia eu que em 30 dias tudo voltaria a se repetir.

De submissa à dominadora Onde histórias criam vida. Descubra agora