Atordoado Fernando pegou a chave do carro após trocar de roupa e foi até a casa dos pais.
Margarita: Que foi, filho?
Fernando: A Lu me abandonou, terei que criar a minha filha sem ela. (Olhos marejados).
Margarita: Eu posso te ajudar a criar a Sophia e a mãe da Lucero com certeza vai ajudar a cuidar da pequena.
Fernando: Precisarei, pois tenho que trabalhar pra dar uma boa vida pra minha filha.
Don Fernando: Sua sina é morrer sozinho, Fernando.
Fernando: Por que me odeia tanto?
Don Fernando: Você é uma decepção, devia ter morrido junto com sua família original. (Sai).
Margarita: Não liga pro que o seu pai fala é tudo da boca pra fora.
Assim alguns meses se passaram e Sophia foi pra casa, mas Fernando mal tinha tempo de ficar com ela, a menina passava dos avós paternos pra avó materna.
Médico: Lucero, seu câncer está sendo contido.
Lucero: Espero que ele desapareça logo, quero voltar pro meu marido e pra minha filha.
Médico: Vamos ver como vão proceder as coisas.
O tempo começava a passar e Fernando trabalhava e quase não tinha tempo pra filha, até mesmo a barba ele deixou crescer e Sophia estava completando 6 anos.
Sophia: Vovó, por que a minha mamãe me abandonou?
Dona Lu: Eu não sei os motivos da sua mãe pra ela ter sumido, mas ela te ama, ela te amou desde o momento que descobriu que estava grávida.
Sophia: Queria ter ela ao meu lado, mas vou odiar ela pra sempre por ter me deixado.
Dona Lu: Não pense isso, amorzinho.
No dia seguinte, Sophia foi pra casa dos avós paternos.
Don Fernando: Você deve odiar muito a sua mãe, por ter te abandonado é culpa dela do seu pai não ter tempo de ficar com você.
Sophia: Eu não guardo ódio ou rancor no meu coração, nem da minha mãe e nem do senhor, mesmo sabendo que me odeia. (Vai pro lado da avó).