Vermelho Sangue

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Desde que Resolvi vir morar com a Suzan me tornei uma pessoa completamente diferente.

Ela me ensinou a ser mais durona e não ter medo das coisas, parar de chorar por tudo.

O que me ajudou bastante aliás, pelo menos não saio mais correndo chorando quando estou entrevistando alguém e a pessoa diz algo rude pra mim.

Facilitou bastante meu trabalho aprender a por as pessoas contra a parede, ou então descobrir coisas sutilmente, de forma que a pessoa nem saiba que está sendo interrogada.

Tudo graças a Suzan.

Não somos irmãs biológicas, o pai dela me adotou quando eu ainda era um bebê.

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- Mas que saco! Já tem dias que não tenho nem uma novidade pra apresentar no meu estágio! Nem uma fofoquinha se quer...

Afundo minha cabeça entre meus travesseiros bufando.

Suzan: Tenho uma festa pra ir hoje, caso você tenha interesse. - Ela diz enquanto lixa as unhas sem sequer olhar na minha cara.

- Não, obrigada, esses seus eventos com aquelas piruas plastificadas sempre são sem graça e entediante.

Suzan: Não é um evento da agência, o Sr. Mason me convidou para uma festa de gala com famosos e todas aquelas breguices de gente rica...

Levantei a cabeça mais do que de pressa em direção a ela.

- O Sr. Mason??? O dono das empresas Mason&Glory??

Ela simplesmente assentiu com aquela cara de indiferença dela de sempre.

- Cê tá de zoação com a minha cara! Como diabos você conhece o Sr. Mason??

Suzan: Na verdade ele quem me procurou, dizendo que gostava do meu trabalho. - continuou lixando as unhas.

- Trabalho? Que trabalho? Você não lava nem louça. O máximo que cê faz é desfilar em passarelas usando 5cm de pano no corpo. O que um belo par de peitos nao fazem hein....

Ela tacou uma almofada em mim e eu comecei a rir.

Suzan: Você tem roupa pelo menos? Tá pensando em usar o que?

- Ah, o básico, uma calça, camiseta, tênis...

Suzan: Aaaah mas é nem morta que você vai em um evento desses parecendo uma mendiga!

- Hey!! Minhas roupas não são de mendiga!

Eu e a Suzan sempre fomos diferentes em tudo: a aparência, personalidade e principalmente no gosto pra roupas. Ela sempre amou vestidos, saltos, brilho e glamour... Já eu sou bem mais o meu bom e velho All Star...

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Suzan: Mas não é possível que você não tenha UM VESTIDO! - ela diz enquanto revira o meu guarda roupa.

- Eu te disse, eu não gosto desse tipo de coisa. Desiste de procurar, porque você não vai encontrar nada aí...

Suzan: Eu te empresto um então.