Continuando..... ❤
—Veja, veja com seus próprios olhos, eu não estou mentindo. – Ao devolver o abraço, passeia sua mão por suas costas e o tecido fino é tão leve que ele sente todos os seus contornos e ouve um gemido baixinho que faz seus pensamentos tomarem outras proporções.
— Acalme-se, eu estou aqui. – Ela fica o observando com os lábios entreabertos e ele está tão perto, que a jovem se afasta sentindo um calor súbito nortear todo corpo e seus seios a entregam por causa do seu estado, o que não passa despercebido pelo experiente e libertino Marquês, que sabe muito bem como uma mulher reage. — Vou verificar as janelas. – Ao olhar de uma em uma, ele percebe que todas estão mal fechadas, de maneira que até o vento é capaz de as abrir, e sendo assim, passa a trava em todas, reforçando com um ferro de segurança entre elas. – O vento não vai mais te assustar. – Volta até Cath que está sentada na sua cama e senta-se ao seu lado.
— Obrigada. – Puxa seu lençol e tenta se cobrir um pouco, pois se ela mesma estava vendo os seus seios ganhando vida própria e tão aparentes, com certeza Benjamin também estava. — O que você está fazendo aqui? – Sua voz sai baixinha, envergonhada ao olhar para baixo seus cabelos lisos caem um pouco em seu rosto e Benjamim os afasta para poder olhar nos seus olhos.
— Ontem à noite te observei até você dormir, hoje eu precisava te olhar mais de perto e dizer o quanto você é linda. – A declaração pega Cath de surpresa e eles ficam cada vez mais próximos. — Eu preciso te beijar, sentir cada centímetro dos seus lábios nos meus. – As palavras diretas do Marquês penetram em seus ouvidos com tanta força que Cath se levanta rapidamente, de forma que até esquece do lençol que disfarçava suas reações.
— N-não podemos.
— Podemos e você também deseja o mesmo. – Ele vai em sua direção. — Por um acaso estou enganado? Desde que nos olhamos pela primeira vez que algo aconteceu. – Cath sabe que é verdade, que anseia dar o seu primeiro beijo no homem que mexe com suas estruturas, mas teme estar dando mais liberdade do que deveria. — Você é linda, eu não consigo parar de pensar em ti. – Ela já não tem forças para se afastar.
— Eu também penso em você. – Ele traz o seu corpo ao seu encontro, a segura e já não restam dúvidas. — Beije-me, por favor, Ben. – Achando que consegue frear uma paixão, ela permite que os lábios do Marquês que tanto a encantou desde seu gesto heroico, encostem-se nos dela. Sendo bastante ousada abre um pouco a sua boca ao sentir a língua de Ben a acariciando e como se estivesse prestes a entrar em combustão, se perdem em um abraço cheio de mãos ousadas e um beijo molhado capaz de umedecer e esquentar uma parte íntima que ela acaba de descobrir o quanto está viva.
Intercalando as posições dos lábios entre a direita e esquerda, Ben deixa seu corpo livre para demonstrar seu desejo enquanto passeia as enormes mãos pelo corpo de Cath e ela geme baixinho sentindo arrepios que a enlouquecem, até que ouvem batidas na porta e se afastam.
— Ó céus, quem deve ser? – Ele protesta baixinho. — Não quero estragar a reputação de quem eu tanto estimo. – Ela pede para que ele vá até o quarto de banho e apressada vai até a porta, onde encontra sua dama de companhia.
— Ouvi um grito, senhorita. E estou aqui para assegurar que estás bem, prometo que dormirei esta noite no sofá. – Sem deixar sequer espaço para qualquer argumentação, Marta vai até o móvel, ajeita uma almofada, deita-se e em alguns minutos adormece, então na ponta dos pés, Cath levanta-se e vai até o quarto de banho, onde encontra um Marquês sentado no chão e com muito sono.
— Ben, vá para o seu quarto, Marta adormeceu. – Abaixa-se ao seu lado e sussurra no seu ouvido e o implacável e insaciável a puxa para o seu colo e a beija mais uma vez, deixando o corpo da linda jovem notar o quanto ele está afetado.
Após pelo menos três despedidas de deixar osdois ainda mais aquecidos em pleno quarto de banho, o Marquês se retira doquarto pisando na ponta dos pés o que diverte bastante Catharina e volta para oseu aposento lamentando não poder ficar.
No final da tarde seguinte, após um dia cheio de formalidades e um chá da tarde, reunida na sala rosa cheia de damas desesperadas por um casamento, ao caminhar para a sala de jantar, o olhar de Cath procura o Marquês a todo momento e quando o encontra, seu coração dispara de forma que até tem medo que as pessoas notem e ele visivelmente encantado caminha ao seu encontro, mas nem ao menos conseguem trocar meia dúzia de palavras, pois mais uma vez são cercados por várias pretendentes.
— É verdade que amanhã no baile o senhor vai pedir uma das donzelas aqui presente em casamento? – A filha de um bem-sucedido comerciante, sendo um pouco ousada, faz a pergunta que todas anseiam pela resposta.
— E esta jovem está por aqui? – Outra afortunada curiosa lhe pergunta e o coração de Cath se enche de esperança.
— Ela não está. – A resposta do Marquês pega a todas de surpresa, Cath fica desolada e sem saber disfarçar caminha em direção a saída lateral da mansão e ao olhar para trás, vê que Benjamin está a acompanhando, mas acaba sendo interrompido por mais uma dama.
— O que eu fiz? – Toca em seus lábios quando ultrapassa a porta lateral e recebe uma rajada de vento bem frio, chega a se abraçar e neste momento lembra-se de cada toque que recebeu na madrugada. — Tola, mil vezes tola. – Sente um pingo gelado na sua face e dá meia volta para adentrar a residência, mas a porta encontra-se fechada.
Sentindo outro pingo gelado de chuva e o vento forte que dificulta até seu caminhar, começa a dar meia volta na enorme mansão e a cada porta que tenta entrar, não consegue, pois todas parecem estar trancadas.
Por outro lado, Benjamin vê quando um serviçal fecha a porta que Catharina acaba de sair, livra-se da sua prima que está eufórica por causa do baile, vai atrás da jovem que norteia todos os seus pensamentos e fica bastante aflito ao sentir o vento frio e as gotas de chuva que cada vez ficam mais fortes.
— Cath. – Chama uma vez e como não a encontra, preocupado decide dar a volta na mansão. — Cath. – A chuva despenca dos céus com toda sua força e só então ele a vê, correndo com dificuldade por causa do vestido molhado, indo em direção a casa anexa que um dia já servira de escritório para administração de todas as terras e vai atrás. — Cath – Chama mais uma vez, ela não o ouve e apressando seus passos, aflito por saber que sua linda escolhida está molhada, correndo riscos de ficar doente, adentra o espaço e a encontra espremendo o vestido na tentativa de se secar.
— Por que veio atrás de mim e deixou sua futuranoiva na mansão?
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Baile na mansão Blenheim
ContoIntegrante de uma família humilde esquecida pela sociedade, Catharina nunca foi convidada para os grandes bailes mesmo já tendo idade para ser cortejada. Entretanto, em um dia de outono, o inesperado acontece e Cath finalmente recebe um convite par...