Por Mirella
Olho para minha direita e também a esquerda, há árvores por todos os lados e parece que estou sozinha mas…
Aonde eu estou?
Alguém pode me explicar!
Bem ao longe encontro Nick e meu pai, tento correr até eles mas me sinto pressa ao chão. Mas que merda está acontecendo? Começo a me debater tenho a impressão que estou sendo puxada contra a maré, tento correr mas só piora, começo a chorar compulsivamente, e nesse momento uma mão toca em meu ombro e consigo, por fim, me desvencilhar de meus pés pressos ao chão e ficar em pé.
-Senhorita Mirella, está na hora. - reconheço aquela voz tão melodiosa, Padre Robert, o mesmo que fez o casamento dos meus pais, e o batizado de Nicolas. Mas mudando de assunto, “está na hora de que?”.
-Padre Robert, o Senhor poderia me dizer o que já está na hora – pergunto tentando ser menos ansiosa do que já sou.
-Mas é claro querida, chegou a hora do sua Homenagem– Ele diz todo amigável… homenagem pra quem? Isso só está me confundindo ainda mais.
-Senhor Robert, não estou conseguindo te compreender – digo
-Venha comigo querida – ele segura em meu braço esquerdo e me acompanha até uma casinha onde havia várias pessoas vestidas de preto. Percebi que o local se referia a uma capela, há frente da capela havia uma estátua enorme de Jesus crucificado, que cobria boa parte da parede, já a frente do altar havia um caixão. Oi, caixão? Quem morreu?
Não pude pensar duas vezes e muito menos olhar para as pessoas que me abraçavam forte, mas reconhecia de longe a minha família, meu pai Joseph e Nicholas, choravam muito e me assustei, que está naquele caixão?
Me desvencilho daquele abraço tão aconchegante e vou até o caixão, olho dentro do caixão e me espanto.
-MAMÃE! -grito
Acordo assustada gritando pela minha mãe, como assim! Ouço passos no corredor e a porta do meu quarto se abre com um rompante.
-Lela, minha filha está tudo bem – minha mãe vem ao meu encontro e segura meu rosto entre suas mãos trêmulas, ela está assustada, com certeza – Mirella me responde! O que houve?
-Não aconteceu nada mãe, só tive um pesadelo – Digo tentando me acalmar, minha respiração estava acelerada.
-E você quer me contar com o que foi? - Ela pergunta
-Não à nada a se preocupar, eu estou melhor mamãe – Digo tentando acalmar ela, vejo que mesmo com a pouco iluminação, minha mãe está se acalmando aos poucos.
-Tudo bem – Ela coloca o cabelo atrás da orelha e vai se levantando da cama – Se acontecer alguma coisa me chama, pode gritar também se quiser. - Dei uma risada e assenti com a cabeça, ela se debruçou e disse como um sussurro
-Te amo muito querida!
-Também te amo muito mãe.
Ela se afastou e fechou a porta, olhei no relógio que estava na minha cabeceira que marcava 03:25 da madrugada. Virei para o lado da janela e decidi dormir, já que estava cedo demais. Demorou por um tempo mas logo o sono me consumi.
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Meu Recomeço (Em Andamento)
Teen FictionMirella Bittencourt Santiago é uma garota de apenas dezessete anos, que não sabe ao certo o que fará da vida depois que o ensino médio acabar, como vários adolescentes do seu colégio. Uma garota que possui muitos talentos e um deles é o canto, tími...