Capítulo 11

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Domingo, um dia não tão surpreendente pra mim, muitas famílias se reúnem de domingo em volta de uma churrasqueira, com um pagodinho animado, outras optam em se reunir em volta da mesa e almoçar juntos, e tem aqueles que visitam familiares distantes, no meu caso não é assim, minha mãe Eloise como todos sabem é médica/cirurgiã de um dos hospitais mais bem vistos da grande São Paulo, Albert Einstein, ou seja ela trabalha todos os dias da semana com direito a duas folgas por mês, sim é um trabalho muito puxado… e como hoje não é a folga dela decidi almoçar com Tereza e Ricardo na sua casa que não fica tão longe do prédio onde moro.

Como sempre o som é agradável, vim com um vestido florido que dava até metade do joelho, bem confortável para o ambiente ali, um pagode do menos é mais toca no rádio e eu reconheço de imediato "melhor eu ir", começo a sambar porque simplesmente amo essa música, e não sou de ferro, fecho os olhos sentindo a melodia da música, quando Miguel filho de Tereza puxa a barra do meu vestido.

-Lela vem dança cumigo, pu favozinho - ele faz cara de cachorro que acabou de cair do caminhão de mudança e eu sorrio com aquilo, me abaixo ficando em sua altura, já que ele tem apenas cinco anos

-mais você é pequeno demais -digo e ele cruza os braços

-mais, um dia eu vo se muito gande e você vai quere namora cumigo -ele diz e acho fofo o quanto ele é apegado a mim.

-Você acha que tem como? Eu tenho dezessete anos e você só tem cinco. -digo já preparada pra uma resposta bem afiada da sua parte

-num ligo pa idade, Helen disse que idade não é documento, vou casar com você sim!- não me aguento e começo a rir, e rio muito, quando termino de rir me levando o puxando pra mais perto do rádio

-Okay, mais você sabe sambar não é? -pergunto e ele ergue a sobrancelha

-nasci sabendo Lela -ele pisca pra mim e começa a sambar, fico embasbacada com a facilidade desse garoto de se comunicar com as pessoas.
Ficamos um tempo dançando juntos até que seu primos chegaram e ele simplesmente me largou, continuei dançando, até ouvir alguém me chamar, Helen tem os cabelos castanhos com uma trança na lateral, um vestido justinho preto que vai até metade de seus joelhos, e usa nos pés um tênis All star branco.

-Lela - Helen está de mãos dadas com um rapaz, que logo se separam pra ela me cumprimentar, vem correndo em minha direção

-Helen -digo a abraçando, eu e Helena somos muito amigas, convivemos muito tempo juntas isso facilitou muito o trabalho de dona Tereza no meu apê, já que ela conhecia crianças tão bem, virou nossa babá quando nós mudamos pra cá.

-minha mãe não me disse que você viria. -ela diz erguendo uma sobrancelha e dando risada

-Queria fazer surpresa. -minto, na verdade meus planos eram de passar a tarde com Alice, mais não estou pronta pra encarar o Erick tão cedo depois de ontem.

-Mentira, ela não quer ver o Erick - Ricardo aparece no nosso meio e com a declaração de seu pai Helena cruza os braços raivosa.

-Ricardo -digo envergonhada

-Tereza, amor você me chamou- ele finge demência -já estou indo, já volto garotas- ele deposita um beijo na testa de Helen e vai atrás da Tereza

-não me diz que é o irmão da Alice. -Helen pergunta me tirando de meus devaneios

-Sim é ele mesmo… ele me beijou ontem em uma tabacaria e eu não resisti, ficamos, e o Nick acabou descobrindo - ela arregala os olhos e me puxa pelos braços, entrando na casa dela comigo

-Onde estamos indo Helen? -pergunto irritada por estar sendo puxada com tanta força, ela se vira e diz

-Quero saber tudo, mais não quero que outras pessoas escutem, então vamos pro meu quarto, vem -ela pega novamente em meu braço e continua me puxando, subimos as escadas e entramos na primeira porta do corredor. Na casa de Helen tinha três quartos, ou seja ela não dividia com o Miguel e isso a animava toda vez que vinha visitar ela aqui.
Ela senta na cama e a acompanho

Meu Recomeço (Em Andamento)Onde histórias criam vida. Descubra agora